Três mil pessoas esperam por um transplante de órgãos no RS
Para tratar do tempo de espera na fila para doação de órgãos, os vereadores receberam na noite desta segunda-feira a senhora Lurdes Guaragni Zardo. Sua vinda foi estimulada pelo vereador Calebe Coelho, para retratar o cenário de pessoas que aguardam algum tipo de transplante de órgãos.
Lurdes foi acometida em 2010 por uma grave pneumonia que culminou em sequelas pulmonares, vindo a necessitar do uso de oxigênio em 2015. Com a evolução da doença, a senhora entrou, em 2018, na fila para o transplante de pulmão. Desde então, realiza consultas a cada dois meses em Porto Alegre e constantes sessões de reabilitação.
No Brasil, a lista de pessoas que aguardam algum tipo de órgão alcança 60 mil – entre elas- três mil no Rio Grande do Sul. A maior procura no Estado são córneas, seguido de rins e medula, conforme aponta dados fornecidos por Lurdes na Sessão.
A Lei federal que regula a remoção, transplante e tratamento de órgãos explica que a retirada dos mesmos de pessoas após morte encefálica só poderá ocorrer com permissão dos responsáveis legais.
Porém como forma de facilitar o contato da Central de Transplantes com a família de possíveis doadores, o Governo do Estado criou ao cidadão a Declaração de Doação de Órgãos. O documento permitirá que as pessoas registrem gratuitamente nos cartórios o seu interesse de ser um doador, servindo de instrumento à Central para facilitar a entrevista com os familiares. A estratégia está ainda sendo normatizada por parte dos cartórios civis e tabelionatos.
Fila que aguarda pelo transplante de órgãos no RS:
1.705 por córneas;
1.305 por rins;
162 por fígado;
101 por medula;
76 por pulmão;
12 por coração;
03 por pâncreas.