Grupo Feminista expõe dados sobre a Cultura do Estupro
No espaço destinado a Tribuna Livre, a Câmara de Vereadores recebeu na Sessão desta segunda-feira o Coletivo Feminista Entre Elas, organização criada em março deste ano e que visa, principalmente, a igualdade de direitos e o respeito entre homens e mulheres.
Através da fala de Josiane Tainara Hanke da Rosa, apresentou-se o grupo que conta com a colaboração de cerca de 40 mulheres. A paridade de direitos entre gêneros é uma luta batalhada por anos pelas feministas, conforme explica a representante. Através de estudos e discussões o Coletivo busca mudar pensamentos patriarcais, padrões de beleza ou a cultura do estupro. Esta última apontada como a mais preocupante.
No Brasil, em 2018, foram registrados 180 casos por dia de violência sexual, sendo mais da metade deles com crianças de até 13 anos de idade. A banalização do crime ou a inversão de valores entre vítima e agressor são as causas mais comuns na expansão da cultura do estupro. Segundo dados apresentados na sessão, 75% dos agressores pertencem ao vínculo social ou familiar da vítima.
Diante dos dados, o Coletivo Feminista Entre Elas busca enfrentar os abusos propondo a educação sexual nas escolas visando a orientação do jovem sobre seu corpo, e mais políticas públicas de prevenção em áreas como Assistência Social, Segurança Pública, Saúde e Educação.
De encontro a essa explanação, Josiane manifestou uma nota de repúdio a 5ª Câmara Criminal do TJ-RS que em segunda instância absolveu um motorista acusado de estupro de passageira por não haver provas de falta de consentimento por parte da vítima.