Ata 4368 – 06/05/2024
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: Sr. Davi de Almeida.
Às 18h o senhor presidente vereador Davi de Almeida assume a direção dos trabalhos. Presentes os seguintes vereadores: Calebe Coelho, Clarice Baú, Cleonir Roque Severgnini, Eleonora Peters Broilo, Felipe Maioli, Gilberto do Amarante, Jorge Cenci, Juliano Luiz Baumgarten, Mauricio Bellaver, Sandro Trevisan, Tadeu Salib dos Santos, Thiago Pintos Brunet, Tiago Diord Ilha e Valmor Vargas dos Santos.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Boa noite a todos. Declaro aberto os trabalhos da presente sessão ordinária. Dada a verificação do quórum informo a presença de 14 vereadores nesta sessão do dia 6 de maio de 2024; ausente o vereador Tiago Ilha. Convido a todos para que de pé façamos um minuto de silêncio as vítimas das enchentes que tem assolado o nosso Estado. (UM MINUTO DE SILÊNCIO) Solicito ao vereador Felipe Maioli, 1º secretário, para que proceda à leitura do expediente da secretaria.
EXPEDIENTE
1º SEC. FELIPE MAIOLI: Boa noite a todos. Expediente do dia 6 de maio de 2024. Ofícios Secretaria Municipal de Gestão e Governo – nº 69/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 25 /2024; nº 70/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 26/2024; nº 71/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 27/2024; nº 72/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 28/2024; nº 73/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 29/2024; nº 74/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 30/2024; e nº 75/2024 assunto: resposta ao pedido de informação nº 31/2024. Pedidos de Informação de autoria do vereador Juliano Baumgarten: nº 42/2024 – assunto: vagas da etapa creche. Pedidos de Providência de autoria do vereador Calebe Coelho: nº 134/2024 – assunto: conserto da via e limpeza do passeio público da Rua Cezar José Francischini, no Bairro Santa Catarina. Indicação de autoria do vereador Calebe Coelho nº 14/2024 – Indicação de projeto de lei que institui e inclui no calendário oficial de eventos do município o evento ‘Festival de Música de Farroupilha’. Senhor presidente, o expediente foi lido, bom trabalho.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Muito obrigado vereador Felipe Maioli. Eu quero cumprimentar as pessoas que estão aqui presentes, representantes da MOAB, as autoridades aqui presentes, aqueles que estão conosco online; cumprimentar a todos nesta noite. Convidamos para fazerem parte da Mesa as senhoras Flávia Wosniak e Josiane Borges, representantes do MOAB/Farroupilha, para explanarem sobre os problemas enfrentados pelos autistas. Senhores, antes de nós passarmos a palavra as nossas convidadas quero colocar para que possamos fazer um acordo de que depois da explanação que elas fizerem nós realizarmos as perguntas de até 3 minutos e que elas possam fazer suas anotações e responder tudo no final para que a gente possa ter um bom andamento do nosso dialogo aqui. Pode ser senhores? Ok então. Então a palavra está à disposição das nossas convidadas pelo tempo de até 30 minutos.
SRA. FLÁVIA WOSNIAK: Boa noite senhores vereadores, boa noite pessoal que está presente conosco…
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Vamos só corrigir o microfone aqui Rose; coloca no microfone do secretário Felipe Maioli para que elas possam ter um bom espaço e uma boa conversação.
SRA. FLÁVIA WOSNIAK: Obrigado pastor. Bom, então mais uma vez boa noite obrigado pelo convite que partiu do vereador Juliano, obrigado a todos os vereadores pelo espaço, pelo carinho, pela atenção. Obrigada as autoridades aqui presentes, as famílias atípicas que estão conosco presencialmente e online. E eu não poderia iniciar minha fala hoje sem prestar a minha solidariedade a todos os atingidos pelas chuvas pela enchente e pelos deslizamentos que aconteceram no nosso Estado nos últimos dias, em especial eu quero prestar mais sérias condolências aos que perderam alguém que amavam e que faziam parte de suas vidas, isso infelizmente não tem como recuperar. Foi e está sendo um filme de terror uma grande tragédia e angústia todos nós simplesmente por olhar pela janela ver a chuva ainda tá ali. Então a todos os atingidos, aos não atingidos, aos gaúchos e as pessoas que de alguma maneira tiveram qualquer perda os nossos mais sinceros abraços, o carinho, condolências. Mas mais uma vez eu quero agradecer o convite por estar aqui hoje e trazer aos senhores algumas informações sobre o autismo aqui na cidade de Farroupilha. Certamente desde a minha última vinda aqui no dia 17/4/2023 nós tivemos evoluções mesmo que não tantas quanto nós famílias desejamos, mas tivemos; e a gente sabe que o caminho é longo e hoje nós vamos fazer alguns apontamentos não com o único fim de criticar, mas com o objetivo de conversar e construir pontes, procurar soluções. Com relação às pessoas com autismo elas precisam urgentemente ser vistas, atendidas e aceitas; o tratamento contínuo e com base na ciência ABA que é a que comprovadamente traz os melhores resultados em termos de evolução as pessoas com autismo. A terapia precisa ser constante para dar certo e é fundamental o engajamento da família, da escola e da saúde. Tem que ser somando as forças, tem que ser cada um tomando a parte que ele cabe, assumindo a sua responsabilidade e lutando; se não tiver esses três setores de mãos dadas a coisa não funciona. A pessoa com autismo não é mimada, não é mal educada, isso é preconceito. Quem em sã consciência iria querer ficar com dor, ser rejeitada ou apontado, sofrer bullying por simplesmente não conseguir suportar barulhos ou luzes, por não conseguir pedir um copo de água quando tá com sede; e se perde a paciência por não ser compreendido ainda é rotulado de agressivo. Com relação às famílias, por favor, não sejam omissos. Se vocês estão vendo atrasos em seus filhos levem o caso ao médico, se a escola observa que tem algo diferente do usual não ignorem, é seu filho é sua responsabilidade; fazer de conta que não tá vendo não resolve os atrasos no desenvolvimento e quanto mais se espera maior o prejuízo fica. Nós sabemos muito bem como é difícil eu e a Josi somos mães atípicas. Mas eu quero dizer para vocês que não precisa ser um caminho solitário, existem outras famílias atípicas aqui em Farroupilha e nós nos ouvimos, nós nos apoiamos, nós nos compreendemos e nós nos ajudamos. Muitas vezes justamente por viver essa situação que o autismo nos traz nós nos entendemos, outras famílias não poderiam, são situações ímpares trazidas pelo autismo na nossa vida. E agora eu quero falar um pouquinho para vocês com relação ao plano de saúde e o atendimento pelo SUS. E aqui vai abrir um abismo, um abismo. Hoje quem tem plano de saúde consegue ter um pouco mais de acesso, as consultas pediátricas são agendadas com um prazo razoável, as consultas com especialistas como neurologista, por exemplo, com especialidade em TEA são agendadas para daqui 6 ou 7 meses no mínimo, terapias e tratamentos já são prescritos e a família precisa fazer o acompanhamento do médico para fechar o laudo. O laudo não é fechado na primeira consulta. Mas isso não impossibilita as primeiras orientações e intervenções. Às vezes a família consegue sair da primeira consulta e já orientada começar a luta por terapias, horários, clínicas conveniadas; outras vezes ela apenas consegue no âmbito judicial apesar de ser um direito garantido. A realidade de quem depende do SUS é bem mais cruel precisa ser primeiro atendido no posto de saúde depois vai ser encaminhado para o especialista e só depois passa a entrar na fila pelas terapias. Só nesse processo muito facilmente nós perdemos no mínimo um ano. Hoje aqui em Farroupilha temos o CAISME que oferta atendimento por meio de excelentes profissionais, é importante que se diga isso, mas que não tem a constância necessária. Sabe por quê? Por que não existe na sociedade profissional formado para trabalhar com fonoaudiologia, com terapia ocupacional, fisioterapia, psicopedagogia, estímulos. Existe uma fila única de tratamento com fonoaudiólogo, por exemplo, com pacientes com autismo, com síndrome de down, com paciente pós AVC, todos aguardando na mesma fila. Atualmente o profissional faz um pacote de em média 20 sessões que pode ou não ser renovada e no fim dessas sessões o paciente tem que voltar lá no final e aguardar chegar sua vez novamente. E até chegar sua vez novamente mais um ano, um ano aguardando. Pelo Estado tem o ‘te acolhe’, centro de referência com profissionais, terapias, mas Farroupilha é atendida pelo centro de Feliz então fica quase uma hora daqui da cidade. Nós teríamos que pegar a criança fazer uma viagem de 1 hora torcer para a criança não entrar em crise, tem criança que não aguenta uma viagem de uma hora, aí chegando lá tem que regular a criança esperar ela se acalmar entrar no eixo de novo, para daí fazer a terapia e enfrentar mais uma hora de viagem na volta. A criança precisa ser acompanhada durante o trajeto e muitas vezes é a mãe que faz esse acompanhamento, a criança não a mãe não pode escolher nem dia nem horário e com isso se torna muito raro a mãe que consegue se manter trabalhando e acompanhando um filho. Só lembrando que tem um centro ‘Te Acolhe’ em Caxias do Sul e por algum motivo Farroupilha foi destinada a Feliz. Com relação à educação o autismo vem em uma onda crescente e sem previsão de retroceder, a educação inclusiva lei nº 13.146/2015 e a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva de 2008 é um direito do aluno e não pode ser negado; por inclusiva entenda criar ferramentas para que o aluno participe do processo educacional. Incluir não é recolher o aluno dentro do muro da escola da escola e deixando-o livre passeando pelos ambientes; inclusão é diferente de inserção. Atualmente a educação é uma das áreas que mais está sofrendo a presença dos alunos neurodivergentes, os professores estudaram para atuar em sala de aula, mas nenhum deles teve sequer uma fala sobre o autismo na faculdade até ir para a escola de verdade e enfrentar classes que são bem diferentes das analisadas e discutidas na teoria. E assim como mães e pais que também não se prepararam para receber um filho com autismo, mas que precisam ir em busca de informação e capacitação, profissionais da educação igualmente. Desde 2022 falas sobre o autismo voltadas aos profissionais da educação e monitores vem acontecendo aqui em Farroupilha; tantos os professores quanto os monitores primeiro foram expostos à realidade, enfrentaram e enfrentam dificuldades, depois vem a capacitação. Eu posso estar enganada, mas eu acredito que esses fatores poderiam ter surgido numa ordem diferente. Por que não capacitar essas pessoas esses profissionais esses os monitores no início do ano letivo antes do primeiro, dia de aula? Porque esperar começar para depois no meio do ano letivo quando o professor já tá em um momento complicado sem saber o que fazer uma fala. Eu vou passar a fala para Josi.
SRA. JOSIANE BORGES: Boa noite senhores. Eu comprimento todos os vereadores, agradeço ao Juliano pelo convite e assim como a Flávia também me solidarizo porque é assim como eu imagino que todos nós todos vocês aqui eu também estou consternada com tudo que tá acontecendo no nosso Estado e me solidarizo profundamente com todas as pessoas que tiveram perdas e principalmente perdas de familiares. Hoje nós estamos aqui então como a Flávia já bem disse para falar a respeito da questão do autismo, o autismo e todas as debilidades que a nossa sociedade ainda enfrenta né e assim como a Flávia já mencionou a gente tem grande problema em relação a escolas. Os nossos professores eles não estão ainda capacitados embora a gente tá pelo menos eu e Flávia estamos desde 2022 gritando para que todas possam ouvir o quanto é necessário a capacitação desses profissionais porque a gente tem o nosso filho a gente entrega a nossa criança dentro de uma escola e ali a gente espera que eles sejam acolhidos por pessoas que tenham capacidade então para tratar e manejar com eles e que eles possam desenvolver as suas capacidades enquanto educandos. Mas o que a gente vê hoje infelizmente ainda é uma deficiência. A gente enquanto MOAB em 2022 sugeriu uma capacitação para professores e monitores e foi um grande sucesso, mas o que aconteceu a partir dali a gente ainda é um questionamento porque aquela capacitação que aconteceu com o apoio da AMAFA que faz um trabalho belíssimo aqui na cidade e que por falar em AMAFA a gente tem eu agradecer ao poder público porque viabilizou então novas vagas que a gente entende o quanto era necessária. Mas a respeito de capacitar professores e monitores a gente ainda tem esse questionamento: o que está sendo feito, o que está sendo pensado e o que está sendo executado em relação a isso? A gente lembrar realmente enquanto nós estamos hoje aqui falarmos que realmente precisamos capacitar esses profissionais porque assim como nós pais e mães que lidamos com as nossas crianças todos os dias a gente ainda precisar estar estudando, lendo, se informando e esses profissionais também precisam. E se infelizmente talvez não parta do interesse particular de cada profissional a gente enquanto cidade enquanto secretaria de educação o que que nós estamos fazendo em relação a isso? Qual é o projeto? Qual é o plano de execução a curto prazo? Porque assim como a Flávia falou as nossas crianças entram na escola sempre tem uma data certa para elas entrarem e o que e é difícil para a gente pensar e entender o que está sendo feito para que essas crianças ao entrarem no primeiro dia de aula letiva elas sejam recepcionadas por pessoas que tiveram algum curso, algum treinamento, alguma capacitação. A gente precisa, os nossos filhos precisam, a escola precisa. Eu vou citar para vocês um exemplo, a gente tem uma escola aqui em Farroupilha que iniciou o ano letivo com três autistas em uma sala e nesta sala de aula duas crianças tinham que dividir o mesmo monitor; e aí me faz pensar se havia três turmas desta classe por que colocaríamos três crianças autistas na mesma sala. Para mim enquanto cidadã é difícil de pensar um motivo que fosse plausível colocar três crianças afinal de contas a gente tem que levar em consideração não só o prejuízo que essas crianças com autismo vão ter em relação ao aprendizado; a gente precisa levar em consideração também as crianças típicas não é verdade. Vocês imaginam quando uma criança autista dentro de uma sala de aula ela se desregula, chama a atenção tira o foco de todas as outras crianças. E aí quando essa criança número 1 se regula temos ainda a número 2 temos o número 3. Como é que fica o aprendizado dessas crianças autistas e dessas crianças neurotípicas. Então essa é uma questão muito séria que a gente tem que pensar e tem que investigar e ver a fundo como é que tá sendo tratado essas crianças nas escolas. E agora uma outra coisa que eu gostaria de pontuar aqui com vocês, eu sei que na semana passada já foi falado a respeito, a Flávia já introduziu ali a questão que a gente tem em relação aos planos de saúde. No último dia 2 de abril a Unimed-Nordeste ela assinou um termo de ajuste de conduta com o ministério público de Caxias do Sul onde nesse termo eles entenderam que pela ANS eles não teriam a obrigatoriedade de cobrir um tratamento que é importantíssimo para alguns casos de autismo que é o acompanhante terapêutico. O que que é esse acompanhante terapêutico? O acompanhante terapêutico é um profissional ou da área da saúde ou das áreas da educação que vai fazer aplicação ABA para essa criança em ambiente naturalista ou em clínica. No caso a Unimed ela entendeu segundo a ANS que ela não teria a obrigatoriedade de fazer a cobertura desse atendimento quando fora do ambiente clínico e então eles nos deram três meses para suspender o atendimento das crianças que já estavam sendo atendidas então pelos ATs; isso infringe demais, demais, no atendimento e nas capacidades das nossas crianças que estavam sendo atendidas. Para vocês terem uma ideia o meu filho faz uso de um acompanhante terapêutico na escola e o que acontecia com ele antes com um monitor, um adolescente que o município enviava para atender ele, era uma criança autista que ficava passeando pelos corredores, desregulada, não conseguia participar das atividades propostas pela escola, pela professora, porque ele não tem a capacidade de se auto regular sozinho. E quando a gente conseguiu esse assistente terapêutico ele começou a ser moldado pelo ABA; o ABA tem essa capacidade de moldar comportamento inadequado. E com é esse atendimento o meu filho, que é um exemplo que eu trago para vocês, ele começou a render na escola; essa profissional ela consegue manejar com ele, fazer trocas, ajudar ele retirando ele da sala enquanto ele se regula, depois retornam para sala ou para um outro ambiente que a escola oferece, para que ele possa fazer as atividades. Mas eu me pergunto: agora quando a gente vai ter o fim desse atendimento que já tá previsto para o dia 2 de julho o que vai ser da minha criança que é apenas um exemplo que vai perder esse atendimento. A minha criança que antes do atendimento terapêutico a gente ouvia falas de dentro da escola que ele não tinha comportamento compatível com a escola; como se fosse possível para mim retirar ele da escola porque o comportamento não é compatível com o ambiente. Mas assim como ele mostrou que é possível ele conseguir e eu me lembro de uma fala da assistente terapêutica dele no ano passado ao fim, da Aruana, eles dizendo para ela: meu Deus o que você fez com o Pedro? O Pedro continua sendo a mesma criança só que ele estava recebendo atendimento adequado. E agora no dia 2 de julho esse atendimento vai ser cortado e por isso eu agradeço a moção de repudio que foi feito aqui nessa Casa porque realmente o que já não é fácil para aqueles pacientes que têm o assistente terapêutico em sala de aula, que dá um apoio fundamental para essas crianças e de contrapartida também para a professora, porque eu entendo que uma professora ela não dá conta de tudo; por mais esforçada que ela seja ela sozinha ela não dá conta tudo. Nós precisamos oferecer para elas além da capacitação oferecermos braços, braços para elas. E de que maneira oferecermos braços para essas professoras se não colocando pessoas com capacidade para atender essas crianças. Eu entendo que o trabalho que esses adolescentes fazem dentro das escolas é incrível porque eles são só apenas crianças, eles também são crianças e que talvez estão se esforçando ao máximo, mas eles não têm a didática a capacitação para saber lidar com o comportamento inadequado de uma criança autista. Porque o que elas têm de exemplo é a educação que elas veem, a cobrança que elas veem de uma criança atípica; mas com uma criança é autista e diferente. E aí é pouco a gente poder a gente entregar os nossos autistas com todas as debilidades e deficiências que eles têm nas mãos de crianças sem nenhum treinamento. Eu diria até que é uma crueldade com eles porque eles não sabem, muitas vezes eles se frustram, eles têm boa vontade, eles têm um interesse talvez gigante um apego por essa criança, mas só isso não é suficiente. Vocês entendem o quanto é grave e o quanto a gente tá aqui por um objetivo, não é apenas e simplesmente vir aqui falar bem ou falar mal do que está sendo feito. É levar vocês é levar a gente é levar a sociedade a um pensamento: o que nós estamos fazendo? Nós estamos preparados vem por aí? Hoje a gente vê estudos que falam que a cada 36 crianças uma criança é autista; e a gente tem estudos, a doutora deve saber, a gente já tem estudos vindo apontando uma a cada 30 crianças. Vocês estão vendo como isso é grave, como a gente precisa estar preparados para receber, atender essas crianças. Porque não é apenas o Charlie e o Pedro; aqui na plateia a gente tem outras crianças que são exemplos também como os nossos do quanto a gente precisa, do quanto a gente precisa da atenção do poder público, de pessoas realmente interessadas em colocar a nossa causa e tirar os projetos do papel. Sabe quando a gente fala com algumas autoridades eles têm boa vontade, mas a gente não precisa mais só da boa vontade a gente precisa da execução, de um plano de ação efetivo. E é sobre isso que eu encerro a minha fala mesmo com o tempo sobrando para que a gente realmente pense e que os nossos projetos/as nossas intenções enquanto legislativo elas venham a sair do papel. Porque a gente precisa, as crianças precisam, as escolas precisam, as famílias precisam e principalmente os autistas eles precisam dessa atenção. Obrigada.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado às nossas convidadas, a Flávia e a Josi, que expuseram a causa e nós então vamos abrir a palavra aos nobres vereadores para que eles possam então deixar aqui suas perguntas, enfiam, ampliar aqui o diálogo. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores pelo tempo de até 3 minutos para perguntas e questionamento e as nossas convidadas terão então no final de todas as perguntas ou questionamentos o tempo para que possam fazer respostas. E a palavra está com o vereador Juliano Baumgarten.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Senhor presidente e colegas vereadoras/vereadores. Quero cumprimentar em especial a Josi e a Flávia da MOAB que me procuraram e depois de uma longa conversa a gente traçou algumas rotas e uma delas está sendo concluída na noite de hoje que era vir ao parlamento municipal e expor os problemas/os anseios que atingem a comunidade principalmente das famílias atípicas que traz que trazem uma luta diária por atender com dignidade seus filhos e para ter um reconhecimento e uma sociedade mais acolhedora menos preconceituosa onde que o poder público faça questões básicas inerentes que não é nenhum favor, é obrigação como foi citado ali pela Flávia a legislação. Então quero parabenizar tanto a Josi quanto a Flavia pela manifestação. E é uma manifestação forte de algumas coisas que tu que vocês trazem, por exemplo, quando nós ouvimos a falta de monitores numa escola do município onde que o município gasta mais de dois 2 milhões em decorações de Natal e Páscoa mostra que é um governo que não está preocupado com as pessoas, é um governo que se preocupa com aparência e não com o ser humano. E quando vocês comentavam também da ampliação das vagas foi um debate que este parlamento fez e inclusive a MOAB esteve aqui na noite 13/12/2022 onde que nós aprovamos um requerimento que foi o propulsor do debate e da movimentação porque é aqui que as coisas acontecem. Então muitas vezes a gente tem que ser taxativo, mas não podemos ser omissos muito pelo contrário nós estamos aqui para representar a população e vamos sim fazer essa cobrança. Então me ficam muitas dúvidas né porque é um assunto bem delicado, mas a gente precisa ampliar e evoluir. Quando fala essa questão do ‘Te Acolhe’ de ter que ir até a Feliz por que que o município de Farroupilha não pode ter esse serviço e prestar. A gente teria que fazer um estudo do custo disso; quanto que na prática para a execução? Então acho que isso é um é uma sugestão aqui que inclusive nessa semana estarei encaminhando uma indicação para que o município faça um estudo para ter um ‘Te Acolhe’ em Farroupilha, não é possível que nós tenhamos que os pais e mães e as crianças tenham que passar por todo esse trajeto sendo que nós temos espaços físicos e obviamente recurso em caixa para fazer isso. Eu tenho dois questionamentos que eles são simples, mas não menos importantes. Como que o poder público pode ser mais efetivo na questão da aplicação das terapias? Porque a gente tá para ter uma visita né Flávia e Josi lá na no CAISME, por conta das catástrofes a gente não conseguiu ir, porque até a informação que a gente tem é até 20 atendimento para uma criança; será que 20 atendimentos resolve o problema, será que é necessário? Obvio que não né, já falo e já respondo. E a segunda pergunta, para concluir senhor presidente, a segunda pergunta: como que hoje está a relação da MOAB com o poder executivo? Eles têm recebido vocês, eles têm conversado/dialogado, tem aceitado propostas/os anseios. Obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador. E a palavra está com a vereadora Eleonora Broilo.
VER. ELEONORA BROILO: Boa noite a todos. Boa noite as meninas representantes da MOAB, ao nosso presidente, a todos os vereadores, a nossa vereadora doutora Clarice e a todas as pessoas que se encontram presentes nessa noite. Primeiro lugar eu queria fazer uma colocação, não me levem a mal, eu francamente não concordo com o nome ‘família atípica’; a família que tem uma criança com transtorno do espectro autista a criança pode ser atípica, na realidade eu também não concordo com isso, mas a família não é atípica. É uma família normal que consegue tirar os seus anseios para que essa criança possa ter futuramente uma vida quase normal. Então eu não concordo com esse nome me perdoem, eu não concordo com esse nome. Eu não concordo. Bom, tirando isso a análise do comportamento aplicado ou análise comportamental aplicada conhecida pela sua sigla em inglês ABA né tem aplicação da psicologia comportamental que ficou conhecida no Brasil por sua adaptação para o ensino de crianças com transtorno do espectro autista. A análise do comportamento deve sempre ser exercida por profissionais capacitados né. Na realidade qual é o meu questionamento: o acompanhante terapêutico ele tem alguma chance de ser fornecido pelo SUS?
PRES. DAVI DE ALMEIDA: A senhora já concluiu a sua fala?
VER. ELEONORA BROILO: Eu só queria dizer mais uma coisa. Quanto a Unimed, enfim, os planos de saúde e estou falando da Unimed porque eu acompanhei nós temos a ‘casa semente’ que é uma casa específica, específica, para o atendimento e tratamento do espectro autista. Agora eu acabei.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereadora. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Roque Severgnini.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Senhor presidente, senhores vereadores, demais pessoas aqui presentes. Quero cumprimentar aqui a Josi e a Flávia da MOAB e dizer que toda vez que vocês vêm aqui para Câmara de Vereadores, tanto vocês quanto a AMAFA, a gente aprende muito né e aprende muito; e o empenho de vocês é digno de elogios e de todo o nosso reconhecimento porque vocês além de prestar um serviço vocês se empenham na busca do conhecimento. E se não tiver conhecimento não tem muito como ajudar também né porque para você precisa conhecer aquilo que tu te propões a fazer. E isso é algo muito importante em qualquer atividade que você for fazer, se não procurar conhecê-la você não vai poder ajudar. Então eu fico feliz em ver que vocês se debruçam sobre o tema e de outro lado me parece que não são correspondidos né porque precisa ter políticas públicas para isso né e políticas públicas não é discurso; políticas públicas são ações são atitudes. Quando eu vejo que a família tem que se deslocar com os filhos para Feliz e tem que ficar uma hora dentro de um transporte e tem que ir lá aguardar para que a criança volte né ao seu vamos dizer assim ao seu momento ideal para que possa receber o tratamento; e se não voltar talvez nem consiga fazer a terapia adequada isso me preocupa muito. E me parece que vai por água abaixo aquele discurso de que estão cuidando das pessoas do município. Me parece que isso aí é discurso ao vento é discurso que não se sustenta. Por isso que eu entendo que todo recurso público que ele é fruto do suor de cada homem e de cada mulher que nesse Brasil precisa ser investido no ser humano. Mas em qual ser humano? Não naquele que anda de helicóptero ou de jatinho, precisa ser investido naquela pessoa que precisa. O pobre o necessitado tem que ter política, o Estado tem que ser máximo para esses; esse depende do Estado, depende do transporte, depende da política, depende do centro de atendimento, essas pessoas tem que estar incluída no orçamento quer seja orçamento municipal, estadual ou orçamento federal. é para isso que as políticas públicas e a assistência social têm que existir. Para essas pessoas. Então eu fico apavorado quando eu vejo um prefeito que vem para rádio dizendo que economizou com um monte de coisas para fazer obras na época da eleição e tem os pais tendo que se virar para resolver os problemas quando na verdade deveria ser resolvido com políticas públicas. Eu falei com uma mãe que tem a mesma situação e ela me disse, para concluir senhor presidente, ela me disse que foi na secretaria de educação porque o filho dela já está em idade escolar e perguntaram para ela ‘em quais dias que tu gostarias que o teu filho fosse para escola?’ Como que fosse responsabilidade da mãe resolver o problema da educação né, da educação do aprendizado. E eu gostaria de pedir para a Josi e para a Flávia se o poder público municipal tem convidado vocês para montar o plano de políticas públicas para atender essas demandas. Era isso, obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Roque. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Thiago Brunet
VER. THIAGO BRUNET: Boa noite senhor presidente, demais colegas vereadores, imprensa, Nestor Zanonato, Aleferson e Fran lá atrás, que a Fran não vejo mais. Gente eu sempre tento dizer e, boa noite para vocês Flavia e Josi né, eu tô com um gripão aqui até estava Eleonora pegar eu acho que ela não vem amanhã. Então tô num hospital e outro em virtude dessas questões de calamidade e tragedia os médicos não conseguem por quedas de barreira chegar no plantão e eu tenho ficado me revezando entre São Carlos e Pompeia desde quinta-feira, mas isso aí é outro assunto. Eu sempre digo que uma coisa é a gente saber da necessidade outra bem diferente é sentir essa necessidade. E aqui alguns vereadores usam um vocabulário mais político outros mais pessoal, mas nenhum desses vereadores pelo que sei sente a necessidade de vocês, está junto com vocês para saber o que vocês precisam. Eu estudei um pouquinho o autismo e até na revista do mês passado, Vida e Saúde, que é uma revista que eu oriento as pessoas tem lá, eu li toda a matéria. Autismo: doença ou modismo. Olha só olha a gravidade da frase né. Aí me chamou a atenção e obviamente eu fui ler. E nunca vai ser modismo né. As pessoas que têm essa ideia são pessoas preconceituosas e que estão falando bobagem, que não entendem a vida de uma mãe/de um familiar que tem a criança portadora do aspecto autista. E que bom que bom que esses números Eleonora está de 1 para 36, de 1 para 30, de 1 para 25 porque nós estamos conseguindo fazer diagnóstico precoces. Ah, como é que antes não tinha tanto autista e agora tem. Simplesmente porque agora nós temos as condições necessárias, os médicos necessários, os equipamentos necessários, a tecnologia necessária, para que a gente possa fazer diagnóstico precoce dessa doença; que sim é uma doença de neuro desenvolvimento, que sim é uma doença de afastamento da linguagem e afastamento social, e que sim é uma doença que faz com que as pessoas tenham movimentos repetitivos, que tenha dificuldade no aprendizado, que tenha dificuldade na concentração. Então o tratamento ele é aquele tripé que vocês falaram, ele é entre a família ele é com a escola ele é com o governo, seja ele federal, estadual ou municipal, mas ele é um tratamento de desafio do próprio autista. Como vocês falaram muitas vezes ele se regula porque ele entende a doença dele, ele começa a ter essa percepção e isso é só é conseguido com muitas pessoas competentes e treinadas para fazer esse tipo de tratamento. E aí vai a minha pergunta que norteou os dois discursos de vocês: capacitação, capacitação. Ninguém aqui pediu dinheiro, ninguém aqui pediu uma coisa enorme, vocês pediram capacitação das pessoas que possam cuidar dos filhos de vocês. É isso. Então a minha pergunta é a seguinte: vocês têm uma ideia vocês têm, como falou o Roque aqui até, esse grupo de pessoas que possam vir conversar e que possam nortear para que seja feita essa capacitação? É isso que nós temos que fazer é isso que nós temos que ir atrás no meu entendimento. Muito obrigado e boa noite a todos.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Thiago Brunet. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Jorge Cenci.
VER. JORGE CENCI: Senhor presidente, colegas vereadores quero saudar a Flávia e a Josi e a todos que aqui nos acompanham. Na verdade, também parabenizar né pelo Movimento Orgulho do Autista do Brasil – MOAB que vocês representam. E também só para fazer uma configuração pelo movimento que vocês realizaram no último dia 27 né daquela caminhada de conscientização das famílias, um encontro regional, acho que foi muito produtivo bem importante. E eu falo isso porque eu tive a oportunidade de participar e também ouvindo relatos né da aceitação das famílias porque muitas delas têm dificuldades em aceitar né essas questões e isso prejudica realmente o próprio autista né. Então eu acho que é bem importante isso. E uma questão que eu pego aqui também e depois eu faço a pergunta é de alguns comentários que vocês mesmo trouxe mesmas trouxeram né. Vocês comentaram em evolução eu acho que sim a gente vem evoluindo não digo a contento, mas vem se evoluindo nessa questão do diagnóstico, mas também em tratamentos alternativos; acho que isso é positivo também. Uma questão de elogio então referente ao CAISME que é uma um braço de um município, eu acho muito positivo né que vocês trouxeram em si. e uma outra questão largando para questão foi trazido aqui da capacitação né do das pessoas estarem capacitadas para lidarem com o tema e com as situações. Eu acho que isso também eu acho que a gente deve se debruçar bem forte nisso até porque a gente sabe que as estruturas do município teoricamente as têm. Então se nós conseguirmos fazer com que a o Executivo/a secretaria de educação avance nessa questão de pessoas nós teremos talvez um avanço também no próprio caminhar das próprias crianças hoje que a gente falava referente a isso. E entrando na questão das do questionamento a gente sabe que como foi trazido aqui que a cidade de Feliz é referência na nossa região para este tratamento. Eu queria só e aí entra a pergunta: essa determinação que a cidade que fosse realizado esses tratamentos ou essas consultas na cidade de Feliz ela veio do município de Farroupilha ou é uma definição do Governo do Estado? Só essa pergunta. Obrigado senhor presidente, obrigado a todos.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Jorge Cenci. E a palavra está com o vereador Gilberto do Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Boa noite Flávia, boa noite Josi. Boa noite os pais dos filhos aqui presentes está noite das crianças que aqui foi dito atípicas né. Eu quero dizer que Josi e Flavia nós começamos esse trabalho de manifestação forte através de vocês, pessoas voluntárias que se disponibilizam porque sentem na pele a questão no dia a dia, lá em 2022, evoluímos em algumas coisas; nós naquela época não tinha monitores né depois entrou monitores em treinamento né. E tem uma coisa que até o Felipe Maioli ele me eu acho que me autoriza a falar isso ele defende que nós temos que ter profissionais preparado né que se formaram, tiveram formação sobre o assunto, sobre lidar com nossas crianças. E uma coisa também que eu vejo que muitas vezes nós colocamos como ser solidário ser solidário com o outro, entendo que o ser solidário muitas vezes é relativo porque nós pensamos e temos sentimentos todos diferentes um do outro. Então quando eu digo que vocês ou sustentar que vocês não tenham uma família atípica é muito relativo porque se vocês têm dois filhos um tem síndrome e outro não tem vocês já vão ter que começar lá no começo a reeducar o filho para entender o que acontece com seu irmãozinho. Vocês da família vão ter que dedicar muito mais tempo do que nós, a preocupação muito maior inclusive em defender o que vocês estão defendendo hoje porque sente na alma no coração a situação do seu do dia a dia dos seus filhos e aí sim de toda as crianças que lá estão vivendo com no dia a dia. Então vocês representam de forma voluntária, parabéns. Quero dizer que nós evoluímos, evoluímos na questão de números de atendimento. eu quero dizer que quero fazer duas perguntas que uma é a questão se vocês veem alternativa para nós mudarmos a questão de que a criança que já teve um tratamento inicial não volte depois do até mesmo ou do possível diagnóstico né volte para o início da fila; outra coisa séria como é que foi citado em referência ao ‘te acolhe’, que é o sistema da Unimed, se atende a todos? Porque muitas vezes nós temos que entender que cobram muito do setor público, mas muitos setores visam muito a parte financeira inclusive na medicina. Muito obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado. E a palavra está com o vereador Felipe Maioli. A palavra com a vereadora Clarice a pedido do vereador Felipe Maioli.
VER. CLARICE BAÚ: Boa noite presidente. Boa noite colegas vereadores. Boa noite a todos que estão aqui hoje nos prestigiando presencialmente, aqueles que nos assistem de forma remota e em especial a Josi e a Flávia, com todo prazer que a gente recebe vocês aqui; e parabenizar pela verdadeira aula né e pela lição de vida que vocês deixam aqui para nós hoje. Quero dizer assim que mais de 10 anos Flávia e Josi eu já sou aposentada né da área de educação; já naquela época, 10 anos atrás, já se discutia já se falava da necessidade da inclusão e da necessidade de nós temos uma estrutura planejada para executar realmente de fato essa inclusão. Fico muito triste em saber que ainda não chegamos nessa estrutura para atender realmente a necessidade de nossas crianças/desses alunos, mas né como o meu colega Cenci falou aqui a gente tem avançado né e com certeza é pelos movimentos e a luta né de pessoas como a Josi e a Flávia que sentem isso realmente na pele e fazem com que esses movimentos a gente consiga avançar. Há uns meses atrás nós fizemos o lançamento ‘selo mais empatia’ onde eu fui eu fui uma das protagonistas desse ‘selo mais empatia’ em função de uma lei que eu fui autora na questão de um olhar mais sensível e mais empático nas questões das doenças crônicas e ali então nós incluímos os autistas também. Então nós tivemos aí esse selo de muitas mãos né – a secretaria da saúde, o Pró-Saúde, CDL, CICS, Sindigêneros e outras entidades – que contribuíram para que nós pudéssemos fazer esse lançamento do ‘selo mais empatia’. E resumidamente esse selo faz com que a gente faça uma capacitação nessas nas empresas, nas lojas, no mercado, nos bancos para que realmente sejam capacitados para atender/acolher autistas como outras pessoas que necessitam né de doenças crônicas. Mas me ocorreu agora né falando das escolas se vocês acham interessante que nós pudéssemos estender para as escolas desde a merendeira desde o porteiro né porque claro que dentro da sala de aula nós temos que ter profissionais capacitados em outro nível né, mas quem sabe agora me surgiu essa ideia se a gente possa estender; vocês que sentem isso diariamente entendem que seria um avanço?
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereadora Clarice Baú. E a palavra está com o vereador Felipe Maioli.
VER. FELIPE MAIOLI: Primeiro boa noite a todos. Flávia, Josi, é um prazer ouvir vocês explanar sobre esse tema tão importante que faz parte do nosso dia a dia e como o colega Thiago falou também né que que elas conseguem sentir o quanto isso é importante nós como professores de sala de aula a gente sente também e o quanto vocês têm razão de tudo que vocês estão falando aqui. e quanto nós como de passagem aqui né podemos até com opiniões e com falas tentar de alguma maneira ou outra influenciar a opinião das pessoas. Tudo que a gente sente é que gira em torno da capacitação de profissionais. Eu tenho uma opinião como estou em sala de aula e atendo crianças típicas, é isso que se fala, e crianças de vários níveis de diferentes níveis de autismo né então é bem complexo. Resumidamente então eu queria dar a minha opinião que se não tivermos políticas públicas, mas onde os investimentos eles são estruturais passando por prédios, salas de aula, número de alunos em sala de aula e vai finalizar na questão da dos acompanhantes tá por mais belo trabalho que está sendo feito pelos monitores, que são jovens que são ali tendo sua primeira oportunidade de emprego, diria assim eles não têm formação para estar ali lidando com autistas; os professores extremamente sobrecarregados com turmas lotadas com diferentes níveis de aprendizagem dos alunos e com mais este desafio. Então eu não vejo outra saída a não ser um investimento real em educação. Mas um investimento real que eu digo é que se pare se não se tem dinheiro de investir ou que se diminua essas questões de investimentos em alguns segmentos e que se destina esses investimentos na educação realmente; que não se fique somente fazendo de conta esse é o meu ponto de vista. Porque a questão de um assistente terapêutico ou de um acompanhante terapêutico ou de um pedagogo com especialização nesse segmento não tem outra saída no meu ponto de vista. É só assim para termos uma educação realmente de qualidade. Eu acho que eu já sei a resposta, mas como se tem que fazer uma pergunta eu já vou fazer a pergunta na questão de já tendo um cenário ideal: o que que seriam mais importantes no ponto de vocês numa escola? Somente capacitar professores ou monitores ou realmente um investimento em contratação de profissionais realmente capacitados ou com formação para que possa ficar junto com essas crianças porque a gente sabe que o vínculo que vai ter entre esse profissional e essa criança e em conjunto com o professor eu acho que a tendência é que que todos ganham e a educação como um todo também ganhe. Então essa é a minha a minha pergunta e qual o ponto de vista de vocês? E o meu tempo esgotou, queria falar mais, mas obrigado. Era essa pergunta.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Felipe Maioli. Queria só pedir ao secretário Duilus que pedisse aos demais vereadores que estivessem na plenária para que a gente possa dar seguimento, Thiago Brunet e Tiago Ilha, lembrando da prioridade que nós temos aqui com o MOAB, por favor. A palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Sandro Trevisan.
VER. SANDRO TREVISAN: Obrigado presidente. Senhores vereadores, senhoras vereadoras, público já citado, imprensa, funcionários da Casa. Quero rapidamente agradecer a presença da Flávia e da Josi, parabenizar o trabalho de vocês, e eu acho que a minha fala só vem a contribuir com a fala de muitos já feitas essa noite. Do próprio vereador Maioli que faz o relato de que na sala de aula é complexo esse atendimento, vocês também já comentaram né gurias a respeito de que é sim complicado e na grande maioria das vezes, não praticamente todos os casos, é uma questão de conhecimentos porque fica complexo mesmo a gente saber melhor maneira de interagir. E daí eu falo penso no que disse o Thiago de repente esses casos já existiam e não se tinha confirmação deles e de repente os dois casos está aumentando e a confirma mais casos e então esse número se eleva bastante. Mas o que eu tenho certeza é de que sempre eu acho que todos os governos eles precisam principalmente diminuir certos custos e tem existe certos investimentos que eu acho desnecessário, mas essa causa é extremamente justa. E eu acho que a gente precisa diminuir investimentos e vai acredito que todos daqui conseguem fazer uma lista de investimento feitos pelos governos, de maneira geral, que são um tanto quanto me parece até sabe comparado a causa de vocês. Eu acho que o pensamento que a gente tem que fazer como população, como político, como sociedade em si como um todo é pensar como esse dinheiro arrecadados de todos nós estão sendo distribuído. A gente já viu agora a nível de Estado uma tentativa enlouquecida de se aumentar impostos. Por quê? Por causa da necessidade de enviar dinheiro para diversas áreas. então defendo a ideia de que todos todas essas maquinas públicas precisam diminuir porque elas não são eficientes em recolher dinheiro e distribuir em forma de serviço para comunidade. Estou generalizando todas elas. E quem sabe ela diminuída/concentrada não vai de repente focar nas prioridades. As nossas crianças em sala de aula, a educação em si, é uma prioridade extrema; é uma prioridade nós precisamos entender que isso é prioridade. Então parabéns pelo trabalho de vocês. A Câmara de Vereadores é solicita e acho que senhores vereadores a gente sim deve se unir com esta causa porque a educação não é gasto, a educação a gente não tem gasto a gente tem investimento, pois aí na frente pessoal aí na frente logo aí na frente existe até o retorno tá. Então todos esses valores que são gastos hoje eles retornam além de tudo. Onde eu vejo que muitas estruturas são construídas e depois ainda geram custos e muitas delas sei lá da necessidade. Mas terminando o meu tempo senhor presidente, desculpa me alongar, eu queria fazer uma pergunta: um modelo, aonde vocês viram alguma coisa em um país, algo, que esse tratamento essa maneira de agir/interagir com nossas crianças, a educação, é feita e foi muito interessante observar isso. Gostaria que respondesse aonde foi isso que eu vou pesquisar.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Sandro Trevisan. Só a título de informação o vereador Tiago Ilha juntamente com o doutor Thiago Brunet estavam buscando com o secretário algum município que trouxessem para cá uma criança que precisa muito de atendimento aqui no hospital então a gente registra isso. Mas sempre priorizando o bom trabalho aqui na nossa Câmara. A palavra está à disposição dos senhores vereadores. Passo a palavra ao vereador Calebe Coelho para que eu possa fazer o uso.
VICE-PRES. CALEBE COELHO: Obrigado pastor Davi. Nesse momento lhe passo a palavra no seu tempo regimental então.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Boa noite senhores e senhoras. Eu quero cumprimentar aqui o Nestor Zanonato, assessor do deputado Pasin, que é presidente de honra aqui do PP, as demais pessoas, o pastor Flávio que está aqui, as mamães e papais que estão aqui com seus filhinhos né, o Jorge do Jornal Farroupilha e em especial a vocês Flávia e Josi que nós já conhecemos há algum tempo está causa justíssima não é que nós temos aqui levantado nesta Casa e hoje temos a oportunidade de discutir realmente essa necessidade. Penso eu como vereador desta Casa como seria bom nós na nossa família pensar que o autista ele tivesse todos os acessos a tudo que é necessário, que que maravilhoso né; a assistência, o assistente terapêutico que tivesse na escola, todas as coisas, o atendimento, fonoaudiologia, psicologia e tantas coisas. Eu penso que é um caminho que nós temos que percorrer. Já fizemos alguns avanços aqui e eu penso que tudo que nós pudermos fazer de trabalhar/de lutar pelos recursos que sejam investidos na educação dos nossos filhos nós temos que fazer. Penso que as obras são importantes, um asfalto é importante tudo é importante, mas nada mais é do que trazer essa assistência para as famílias para que os pais possam também descansar e saber que aqui no município se eu precisar realmente eu tenho atendimento se eu precisar realmente eu tenho acesso. E o que nós precisamos efetivamente de repente até já tenha né, eu não sei não tenho conhecimento, de um plano de ação efetivo. Mas não só para ser um plano, para sair do plano da ideia Josi e para nós ir para esta aplicação. Vejo um grande avanço que nós tivemos quando conseguimos as vagas né no turno de mais um turno na AMAFA. São avanços. O que eu quero encorajá-las nessa noite é de continuar lutando e nós continuaremos lutando até o final desse mandato para que vocês possam estar aqui nesta Casa e para que vocês, está exercendo o direito. Hoje aproximadamente, já indo direto para a pergunta, quantos registros de autistas o MOAB tem aqui na nossa cidade? Destes quantos tem o acesso as escolas e tem os seus monitores. Muito obrigado presidente Calebe.
VICE-PRES. CALEBE COELHO: Obrigado pastor Davi. E lhe devolvo então a presidência dessa Casa.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Calebe Coelho. E a palavra está à disposição dos senhores. Então se nenhum vereador quiser mais fazer o uso nós encerramos a palavra para os vereadores e nós temos aqui então 27 minutos regimentalmente para que vocês possam fazer as respostas necessárias; nós vamos dividir esse tempo em dois então se assim vocês necessitarem. Vocês podem ter então o tempo necessário. Muito obrigado.
SRA. FLAVIA WOSNIAK: Bom pessoal, então a gente está precisando urgente… Eu vou falando Josi e você vai riscando no papel porque eu já me perdi. O nosso grupo de famílias aqui de Farroupilha né nós temos um grupo de ZAP com mais de 90 atualmente tá; são famílias que buscam terapia por vias próprias, são famílias atendidas por plano de saúde, são famílias atendidas pelo SUS e são famílias que têm as mais diferentes profissões, origens, é uma é um grupo muito diversificado. Então esse grupo ele tem mais de 90 pessoas todos ligados ao autismo. Questão da AMAFA: nós lutamos nós pedimos e nós insistimos muito eram 60 vagas a gente lutou, lutou, lutou veio a negativa da prefeitura a gente continua insistindo e eu acho que eles se sensibilizaram aumentaram e hoje a AMAFA atende no período da manhã e da tarde. São 120 atendimentos e já conta com uma fila de espera de 27 pessoas. Você já imaginou como estaríamos se esse número de vagas não tivesse sido ampliado? Então é o que eu falei no início o autismo vem numa onda crescente não tem qualquer perspectiva de diminuir e aí não adianta a gente ficar se perguntando por que, por quê, por quê; ah, porque é moda, porque é mimimi. Não. o porquê é como se a gente tivesse num carro encalhado a gente patina, patina, patina e não sai do lugar; a gente fica acusando um ao outro. A gente precisa mudar a pergunta: não é por que? É e agora? Nós temos um grande número de autistas aqui em Farroupilha. Quantos grupos de 30 tem aqui, quantos grupos de 30/36 pessoas nós temos em Farroupilha? uma pessoa nesse grupo é autista. Então não… a solução às vezes é muito mais fácil do que a gente imagina, mas a gente precisa arregaçar a manga e trabalhar. Não adianta o poder municipal com o meu o meu imenso agradecimento, eu jamais vou parar de agradecer, mas não adianta nada aumentar o número de atendimento da AMAFA e achar que tá bom. A gente precisa ir além. CAISME, a questão da saúde, então existe o atendimento particular dos planos de saúde, existe o atendimento do município e existe o atendimento do Estado; o ‘te acolhe’ é do Estado é a parte do Estado e a parte que a gente não tá conseguindo ter. O Estado está completamente eu vou ser muito cruel nessa palavra e é melhor eu trocar essa palavra, omisso. Nós não vemos o Estado nos ajudando com relação ao autismo aqui em Farroupilha. As escolas estaduais não permitem a entrada de ‘AT’, não permitem, não permitem que as crianças com autismo tenham monitor. Então com relação à educação o Estado é nota zero. Com relação à saúde ‘ah, tem 5 centros ‘te acolhe’ no Estado inteiro’. Jogaram Farroupilha lá para Feliz. Por que que Farroupilha está em Feliz? Não sei. Poderia estar em Caxias, em 20 minutos eu estava lá, é muito mais fácil. Aí quando eu fui questionar o pessoal de Feliz, no dia 27, eles me falaram: ah porque é uma divisão de não sei o quê de não sei o quê e não sei o quê’. Ah, mas acontece que os outros municípios a prefeitura cedem transporte para as crianças virem. Gente continua sendo uma hora de viagem. Se eu posso andar 20 minutos de transporte ou de carro ou de ônibus e estar lá e ter um atendimento por que que eu vou andar uma hora? eu não sei quem é que fez essa divisão, eu não sei quem foi o responsável, mas judiou de Farroupilha; palavra né a palavra é essa. Então assim aqui em Farroupilha o Estado não existe, não nos ajuda em nada. Questão municipal CAISME trem sim ótimos profissionais, mas gente a demanda aumentou não dá para deixar uma fono atendendo porque há 10 anos atrás era uma fono e hoje continua sendo uma fono e a demanda tá dez vezes maior. E aí que tá um X da questão. Quando a gente vai contratar fono, por exemplo, né quando a gente tá na fila de espera a gente tem que sair à caça de profissionais de fono, por exemplo. A gente tem que sair à caça de profissionais com a formação em fonoaudiologia com a especialização em ABA; todos eles têm fila de espera, todos eles, seja para atendimento particular, do plano de saúde. E aí as dificuldades do CAISME é: nós não temos profissional. A dificuldade do plano de saúde é: nós não temos profissional. Então, por favor, para as universidades que podem estar ouvindo a gente agora: abram o curso de fonoaudiologia para ontem, por favor, porque a demanda tá enorme a gente precisa de mais profissional no mercado, a gente precisa. Tudo bem, vamos abrir uma turma agora daqui a quatro anos as pessoas estão se formando, mas pelo menos daqui a 4 anos a gente vai ter mais profissional; agora a gente não tem faculdade, os profissionais que tem no mercado tem fila de espera, são inacessíveis para plano de saúde, são inacessíveis para CAISME, são inacessíveis para SUS; e se você quiser pagar uma terapia particular cada sessão de 40 minutos custa entre R$ 150/200,00. E se a gente quiser ter essa terapia para o nosso filho a gente vai ter que fazer das tripas coração e dar um jeito de pagar. Então essa é a nossa dificuldade. A questão da saúde para uma família atípica tá muito difícil, tá muito difícil, e a gente não vê uma solução a curto prazo. A gente precisa sim de uma atenção na área da saúde. A questão da Casa Semente que a senhora comentou doutora Eleonora vai ter 200 atendimentos, mas a gente ainda não sabe quem vai ser atendido, qual é o profissional que vai ter lá. E aí a nossa nós fizemos uma audiência pública lá em Caxias com o pessoal da Unimed, foi um momento de discussão que a gente levou ideia, a gente acolheu, eles falaram assim ‘olha a gente não tem profissional para contratar por isso que não tem como’. Não sabemos se vai ser atendimento exclusivo na Casa Semente se vai continuar tendo clínica conveniada. E aí eu digo aqui em Farroupilha nós temos clínicas conveniadas, nós temos profissionais que atendem pela Unimed aqui; e aí abrindo a Casa Semente corre o risco de a gente ter esse tratamento cortado e a gente tem que ir para Caxias. Nós estamos correndo esse risco sim né. Então nós estamos sim de cabelo em pé porque a hora que o bicho que a gente pega o laudo a gente às vezes tem a sorte de ter um bom profissional que nos oriente, mas é a família que vai ter que lutar, é a família que vai ter que correr atrás do profissional, a família que vai ter que correr atrás do atendimento. Aí a gente vai para a escola, ufa, profissionais, eles se formaram eles entendem, eles vão me ajudar. Não, não é o que a gente encontra na escola. Na escola a gente encontra mais dificuldade. Quando a gente acha que vai encontrar um pouco de alento, não, a escola acha dificuldade, encontra dificuldade. E tem mãe que leva o filho para escola 13h30min e às 15h30min a escola tá ligando ‘venha buscar que ele está em crise’. Aí que eu digo a escola não sabe lidar a família que lute, o plano de saúde não tem profissional a família que lute, o CAISME tem uma fila de um ano para um tratamento de fono a família que lute. Então eu e a Josi estamos aqui hoje representando tantas outras famílias em Farroupilha porque a gente tá cansada de ter que lutar para tudo, é tudo uma bomba que estoura na família. A gente não tem ajuda, a gente não tem apoio, a gente não tem nada, a gente tem que arregaçar as mangas e lutar. A tal da AT que a gente estava falando aqui. AT é um recurso que a gente consegue, quem tem plano de saúde consegue, é um recurso de plano de saúde que vem justamente para pagar o incêndio da sala de aula. Então a gente tá usando um recurso que nós temos via plano de saúde para ajudar na sala de aula. Porque a gente não é trouxa a escola esquece que ela tá com uma criança por 4 horas, mas as outras 20 horas do dia tá com a gente; então a gente sabe que a criança não para sentada, a gente sabe que a criança é inquieta, a gente sabe tudo que a escola chama a gente se queixando a gente sabe. A escola chama a gente para reunião, mas não traz novidade nenhuma; porque a gente sabe o filho que a gente tem e é por isso que a gente se preocupa e é por isso que algumas famílias foram em busca desse profissional AT para ajudar porque a gente sabe que não é fácil. A questão da AT assim algumas crianças nível 1, por exemplo, tem um monitor que é um adolescente que vai ter a capacitação dia 18 agora de maio comigo, os monitores que estão em sala de aula não tiveram capacitação ainda terão dia 18 comigo; eles estão em sala de aula e para alguns casos mais leves resolve. Para o meu filho que é um autista leve se resolve, ele tem uma adolescente que acompanha ele e tá perfeito resolve; mas existem autistas nível moderado e severo, esses precisam de um apoio mais adequado esses precisam de mais qualificação como é o caso do Pedro e da Josi. O Pedro tem o acompanhamento de um AT porque ele precisa de uma demanda ele precisa de um manejo mais qualificado, uma profissional que saiba o que está fazendo. E a Josi viu o filho dela que era o terrível da escola se transformar em mais um aluno comum que cumpre as demandas, que faz as atividades, que sabe ficar em sala de aula, passou a acompanhar a turma graças ao manejo de uma AT. E agora dia 2 de julho a Unimed vai cortar. E aí? E aí nós sabemos que a Seduc não tem ninguém para colocar no lugar. Qual que é a saída? Várias pessoas me perguntaram. É fácil, quase todas as escolas municipais de Farroupilha têm a profissional do AEE que é a profissional responsável pela inclusão, pela educação especial; é ela que faz o atendimento AEE na escola é ela que vai ajudar o professor oferecendo o material adaptado, ela é a profissional da inclusão na escola, da educação especial. Então são profissionais municipais paga-se uma capacitação para essas pessoas. Eu sou mãe eu fiz esse curso de AT por isso que eu sei manejar com meu filho. Se a secretaria de educação realmente se preocupa com a inclusão dos seus alunos então todas as profissionais do AEE, primeiro todas as escolas têm que ter o AEE; tem escola aqui em Farroupilha que trabalha manhã e tarde e só tem o profissional no turno da tarde, enquanto a escola tá aberta tem que ter um profissional do AEE lá e esses profissionais tem que ser qualificados porque uma vez que eles sabem manejar que eles sabem o que estão fazendo eles vão ensinar os monitores, eles vão preparar a escola, eles vão multiplicar a informação. Esse curso não é caro, não é um curso caro de se comprar. Então uma das soluções seria essa. Ah, doutora Eleonora você comentou de não concordar muito com o termo ‘família atípica’. Deixa eu tentar justificar um pouquinho para você o porquê disso. A gente sabe que a criança com autismo ela tem um cérebro com mais neurônios do que né o usual e por isso ele funciona de uma maneira atípica é aí que vem a palavra atípica né; como é uma criança que funciona e aprende de uma maneira atípica os pais precisam aprender outros recursos para estimular essa criança para correr atrás dessa e a criança não é uma ilha ela acaba envolvendo toda a família. Quando e eu sou testemunha disso, quando o Charlie chegou na chegou na minha vida ele transformou toda a nossa família tá. Então a gente não é não é ele, eu tive que repensar muitas das minhas atitudes, eu tive que repensar muitos hábitos, ele me transformou; o autismo do meu filho me transformou e da mesma maneira transformou meu marido. E eu vejo assim que hoje nós pensamos fora da caixinha hoje nós temos um posicionamento diferente por causa do autismo dele, se talvez o Charlie não tivesse autismo a gente seria só mais uma família comum. Na minha casa a gente não liga a TV à noite, a gente não liga; um dia é a noite da brincadeira, outro dia a noite da pintura, outro dia é a noite da gente fazer uma receita junto, outro dia a noite da leitura. Cada noite a gente faz uma atividade diferente para estimular ele e aí aos fins de semana a gente sai para passear nos parques, nos lugares; o sábado é o sábado com o papai eu fico em casa dando um tempo para minha cabeça que eu também não sou de ferro, o Murilo que sai com o Charlie eles fazem um lanche e somem; se vocês estão andando por Farroupilha fim de semana provavelmente vocês já encontraram os dois porque eles vão de parque em parque, de praça em praça. E no domingo é o domingo da família. No domingo eu e a Amora vamos juntos e é muito comum a gente perceber crianças brincando sozinhas na areia enquanto os pais estão cada um com seu celular; a criança tá lá sozinha brincando com o amigo imaginário, às vezes subindo numa árvore, às vezes alguém pode passar e dar algum uma bala envenenada, pode pegar a criança e levar embora e os pais estão ali com o nariz no celular e nem percebe. Então falta essa interação. E essa interação que hoje eu e o Murilo temos com o Charlie foi o autismo que nos trouxe então a gente passou a perceber a vida de uma maneira atípica também por isso que nós somos famílias atípicas. Não sei se eu consegui me fazer entender. É tem que ter um manejo diferente por isso a família atípica né.
SRA. JOSIANE BORGES: Muito bem, eu anotei alguns questionamentos que foram feitos e um que eu achei muito interessante e obrigado pela pergunta: a respeito de se o poder público ele tem nos procurado enquanto MOAB para., Obrigada Juliano. Para discutirmos ações. Porque eu entendo e eu acho muito importante uma fala que fala nada sobre nós sem nós. A gente que conhece um pouco hoje a gente tá falando de autismo e vocês podem até imaginar o que é ter uma criança autista dentro de casa, mas quem realmente sabe das dores das dificuldades que a gente encontra em todos os ambientes somos nós. E eu entendo sim que nós estamos nos colocamos sempre a disposição porque é do nosso interesse né podermos participar já que representamos e com muita honra outras famílias nós gostaríamos sim de podermos participar de podermos estar mais inclusas nesses debates referente a ações, referente a planos, projetos e execuções. Eu acho que essa é palavra que mais a gente tem essa necessidade; a gente precisa de execuções. Hoje a gente fala aqui nessa noite e talvez esteja pipocando na cabeça da gente várias ideias várias situações que poderíamos melhorar, mas a gente precisa sair do papel a gente precisa ir para a execução. E tanto eu quanto a Flávia estamos sim disponíveis para auxiliar. A gente entende, que nem o pastor Davi falou, em um cenário ideal a gente teria todas as nossas crianças com o atendimento, com todas as terapias que elas têm necessidade no cenário ideal; a gente essa noção de que estamos ainda bem longe desse cenário ideal, mas a gente precisa ir dando os pequenos passos de mãos dadas; as nossas famílias elas estão aqui com as mãos estendidas a vocês, a gente quer estar juntos, participar, mostrar para vocês quais são as nossas dificuldades e aí sim pensarmos juntos quem sabe em soluções possíveis. Porque assim como vereador falou existe sim orçamentos que podem ser mexidos porque o autismo realmente ela tem que ser uma prioridade, a educação é uma prioridade e se não é precisa ser. E quando a gente fala de prioridade eu entendo que a gente tem que ter um plano fixo ano que ele vá só se replicar ano a ano porque a demanda ela vai continuar ela vai existir senão aumentar. Então a gente precisa de uma ação efetiva não agora que nem a Flávia falou dia 18/5 uma capacitação para monitores quando a gente sabe que a Flávia está disponível tá batendo lá na secretaria de educação mostrando para eles ‘gente eu tô aqui me usem eu posso ajudar’.
SRA. FLAVIA WOSNIAK: Eu nunca cobrei um centavo de nenhuma fala nenhuma ação que nós que eu fiz que nós fizemos, eu tô disponível gratuitamente, e a gente pouco foi procurada. Essa ação do dia 27 foi programada pelo ‘te acolhe’. Foram feitas várias reuniões para combinar o dia. Eu não fui chamada para nenhuma. Eu fui chamada 15 dias antes com o print e o card já pronto assim ‘espalhe no grupo das famílias e chame todo mundo’. Não fui chamada para discutir, para ouvir, para dar sugestão, para nada.
SRA. JOSIANE BORGES: Então vocês entendem que às vezes tem ações que até nem é justificado a questão de orçamento e sim só depende de boa vontade e de interesse na causa. É importante que eles não veem a gente como mães, grupo de mães que querem só brigar; não, a gente quer ajudar e trazer soluções. Não é só isso. Eu entendo que brigar talvez não é visto de bons olhos e a gente já vai ser colocado debaixo do tapete; ‘porque lá vem aquelas mães’ sabe, mas não é só isso. A gente precisa a gente precisa de ações eficientes e a gente precisa que as capacitações assim como o doutor Thiago ele falou, acho que acredito que foi ele, sobre capacitar ou contratar; capacitar e contratar. Capacitar é fundamental porque é o que a gente tem hoje. Hoje já temos pessoas dentro das escolas que já estão lidando com essas crianças então urgente é a capacitação. Contratação seria um sonho vai para aquele nosso mundo ideal. Termos além do que já está do que já temos dentro das escolas trazendo mais pessoas qualificadas isso seria um sonho realmente para a gente. Mas a gente tem que ser realista então hoje o que temos hoje temos um número ‘X’ de professores atuando em sala de aula e o que que a gente precisa o que que a gente pode fazer? Capacitar, capacitar essas pessoas. teve uma pergunta sobre será que o AT ele pode ser pode ser fornecido pelo SUS, que a doutora Eleonora falou. Eu não entendo muito das normativas, mas eu penso que se é possível um plano de saúde oferecer porque o que que é um AT? Um AT é um estudante na maioria das vezes ou uma pessoa formada da educação ou da saúde que recebe um valor ‘x’ por horas isso que recebe um valor ‘x’ por horas de trabalho e que essa pessoa ela é orientada por um profissional; um profissional da área da psicologia que faz a mentoria de ABA com essa com essa pessoa com esse AT. Então aos meus olhos eu entendo que sim que se o plano de saúde tem essa capacidade por que que o SUS também não poderia. Poderíamos. E aí sim teríamos melhores um cenário muito melhor dentro das escolas né. E também não só pensando no nosso mundo hoje. A gente quer que os nossos filhos eles tenham esse acompanhamento eles tenham esses tratamentos porque a gente espera que amanhã eles sejam crianças funcionais e que possam seguir com a sua vida sem depender a vida inteira de um tutor ali junto dele; é por isso que a gente briga por isso que a gente tá aqui representando as famílias, porque assim como eu e Flávia a gente tem um grupo de mais de 90 famílias que passam pelas mesmas dificuldades que a gente. E o poder público pode sim contar com a gente, não só comigo e com a Flavia, mas com as demais mães. Nós estamos afinal que nem eu disse é o nosso maior interesse que se haja planos, que se haja projetos, que se haja execuções que tragam melhor qualidade de vida para as nossas crianças para os nossos adolescentes e principalmente para essa faixa que está dentro da escola. Que a gente sabe que até era um assunto que não foi não foi falado aqui, mas eu gostaria de trazer ao debate hoje as nossas crianças estão dentro das escolas e como que está sendo preparado as outras crianças para saberem lidar com as crianças neurodivergentes. Muitas dessas crianças neurodivergentes do qual o autismo se inclui sofrem bullying, bullying dentro das escolas. E existe dados que falam que autistas do nível um e dois eles são mais tem mais tendencia uma maior tendência à depressão e ao suicídio. E esse é um debate muito sério muito importante. Há poucos dias atrás a gente soube de um caso que falou-se que o menino era autista depois foi dito que não então a gente não sabe, mas, enfim, uma criança de 13 anos vima de bullying dentro da escola acabou perdendo a vida. E como que a gente tá dando atenção para as nossas crianças dentro das escolas. Meu filho no outro dia trouxe para casa uma fala de que ele fica triste porque falam que ele é retardado, falam que ele é que a cabeça dele é diferente que, não, que ele tem problema na cabeça essa foi a expressão; como é que fica a vida dessas crianças sabe. A gente precisa de realmente voltar os nossos olhos para as crianças principalmente que estão em idade escolar para elas e para os demais e para isso a gente na palavra-chave da noite: a capacitação. Precisamos ter pessoas capacitadas junto dessas crianças para saber moldar esse comportamento da criança quando ela recebe uma afirmação dessas porque realmente é muito sério gente é muito sério o que a questão do autismo ela envolve. Envolve assim como a doutora falou as famílias assim como a Flávia disse realmente nós precisamos quando, até vou complementar a fala da Flávia, nós entendemos por ser famílias atípicas por pelas demandas que a gente tem ser diferente das famílias típicas, as famílias que têm pessoas crianças típicas. Então embora a criança seja neurotípica e eu entendi a sua colocação, mas a gente também se coloca em uma situação diferente das outras famílias. Então dessa figura de linguagem de atípico e de típico e de atípico a gente se torna famílias que têm demandas diferentes das famílias típicas; mas eu entendo e respeito o seu ponto de vista doutora.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado então as nossa cuidados; deixamos aqui a nossa gratidão pela visita de vocês e nesse momento nós vamos suspender a sessão por 3 minutos para desfazermos a Mesa e logo voltaremos com o grande expediente. (SESSÃO SUSPENSA) Obrigado a todos os senhores. Nós retomamos a nossa sessão ordinária então. Passamos ao espaço destinado ao grande expediente. e vamos
GRANDE EXPEDIENTE
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Convido o partido do movimento democrático brasileiro – MDB para que faça uso da tribuna; fará uso da tribuna a vereadora Eleonora Broilo.
VER. ELEONORA BROILO: Então novamente boa noite a todos. boa noite a imprensa todos os representantes da imprensa, os meus colegas vereadores, minha colega vereadora, Pastor Davi que é nosso presidente. Como não poderia ser diferente a minha fala vai ser sobre é calamidade que assolou o Rio Grande do Sul. Mais de 355 municípios foram afetados sendo que Porto Alegre, a grande Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria são os mais afetados por que são grandes municípios, são municípios que geram empregos e tudo mais e estão debaixo d’água tanto que o nosso aeroporto está fechado e só deve reabrir após o dia 30 de maio isso sendo muito otimista né. São Leopoldo teve nada mais nada menos do que está com 180.000 desalojados; 180.000 é quase três veze a população de Farroupilha: 70.000 X 3 = 210 né é quase três vezes a população de Farroupilha. Isso são os desalojados. Canoas que é uma das cidades da grande Porto Alegre muito afetada, eles têm medo de quando baixar as águas do número de mortos que vão encontrar porque muita gente não teve tempo de deixar suas casas. Esta calamidade essa catástrofe que nos afetou todo o Rio Grande do Sul serve para que todo Brasil olhe para nós, olhe para nós e nos ajude, principalmente essas cidades que estão em pior situação. Mussum tá debaixo da água e todas as cidades né estão debaixo d’água. Contudo, contudo, nós temos que considerar a situação de Farroupilha no meio dessa catástrofe. Farroupilha teve nesse período 362 ocorrências, isso na área urbana né que se for em considerada em quantidade foi a mais afetada em quantidade de ocorrências, 37 alagamentos, 12inundações e 45 deslizamentos. Na colônia praticamente todas as áreas foram afetadas ou porque as pontes não tem condições de serem trafegadas ou porque fecharam as pontes por precaução ou porque houve deslizamento e nisso a Busa e vamos considerar que Caravaggio para cima e Salto Ventoso para baixo todos estão afetados toda a colônia está afetada. Todo interior apresentou algum problema e isso de acordo com a avaliação da defesa civil do comitê de crise. Então dá para considerar que Farroupilha se encontra numa posição uma boa posição apesar de tudo; nós não temos nenhum desabrigado, nós não temos feridos, nós não temos desaparecidos e graças a Deus nós não temos nenhuma pessoa que tenha perdido a vida né. Isso também se deve de como as pessoas ao nosso redor são solícitas né tanto que cobertas e etc. já tem até demais para nós mandarmos para outras regiões. Na realidade o que eles mais estão precisando no momento são remédios. Hoje eu doei duas caixas de remédio para eles que se não precisar aqui, que é bem possível que não precise aqui, vai ser para as regiões onde mais se precisa. Bem, o nosso vamos dizer comitê de crise daqui de Farroupilha passou todo o final de semana reunido a fim de conseguir insumos para UTI assim como diesel porque falta luz, os transformadores do hospital consomem muito diesel uma quantidade enorme de diesel; já está reservado para o São Carlos. Mais insumos de UTI e eu nem estou falando de leito comum. Nós temos oxigênio até sexta-feira, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª nós temos 5 dias de oxigênio. porque dá onde vem o oxigênio não tem como mandar os caminhões, os caminhões não saem do lugar. O Hospital São Carlos recebeu uma carta dessa distribuidora de oxigênio onde eles dizem que ‘as pequenas cidades têm que mandar os pacientes que precisam de oxigênio para outra cidades’. Aí eu pergunto para vocês: para onde? Para onde nós vamos mandar? Porto Alegre não tem como chegar, as cidades da grande Porto Alegre não têm como chegar, hospitais daqui aqui como Tacchini estão lotados, lotado, o São Carlos está lotado. Estão todos os hospitais lotados nós vamos mandar para onde? Mas que cabeça de dizer uma coisa dessas de pensar que isso possa ser feito; vão mandar para onde os pacientes? aonde nós vamos mandar? nós vamos ter que criar uma linha aérea e só pode aterrissar em Caxias em outro lugar não tem como. Então está sendo conversado com as equipes são os integradores de oxigênio para conseguir oxigênio para o Hospital São Carlos, acredito que se consiga. 110 hospitais, 110 hospitais estão atingidos 75% deles não conseguem atender mais do que a metade da capacidade deles; 110 hospitais alguns totalmente fechados. Isso não é uma questão politiqueira. Isso é uma questão de saúde, de saúde, isso é uma questão de vida e morte O que nós vamos fazer se a gente não conseguir oxigênio? vamos transferir os pacientes para onde? Eu cada dia que chego no Boa noite senhor presidente, colegas vereadores, colega vereadora São Carlos eles estão se arrancando os cabelos sem saber o que fazer e tem mais assim que as águas começarem a baixar nós vamos ter outras doenças. Outras doenças vão assolar o nosso Estado. A leptospirose é um exemplo porque os ratos também são atingidos pela água, eles estão por ali, a leptospirose é uma doença gravíssima transmitida pelo rato pelo xixi do rato. Onde essas pessoas serão atendidas, onde? Estamos pensando em fazer como fizemos no período da pandemia: abrir um novo centro, um centro que atenda esses pacientes gravemente enfermos porque vai acontecer. Eu não estou sendo aqui o cavaleiro do apocalipse, mas isso é natural nas grandes enchentes; nas grandes enchentes depois, agora a preocupação é com a água baixar o nível ver o que que sobrou de tudo isso e depois vem as doenças e nós temos que estar preparado para recebe-los porque com todos os hospitais que estão fechados ou trabalhando a meia boca eu acredito que nós tenhamos que receber muito paciente de fora. Por isso é hora senhores de todos nós nos unirmos, unir nossas forças e não dividir, essa não é a hora de divisão essa é a hora de união temos de unir nossas forças. unir nossas forças para que todos ajudem. Todos tem que ajudar não existe ‘a’, ‘b’, ‘c’ ou ‘d’ que não possa ajudar, todos podem. O fim de semana eu passei com minha neta em Bento e uma amiguinha dela da mesma idade, 12 anos, chamou toda a patota para ir ajudar porque ela estava ajudando no resgate de animais, a menininha; claro que a patota foi. A avó desesperada, mas a patota foi. Então todas as pessoas, todas, e nosso quero dar os parabéns para essa gurizada de agora, eles têm uma noção e um senso de união muito maior do que nós; eles não querem saber se tem política no meio se não tem eles querem ajudar e eles são, um exemplo e é seguindo esse exemplo que nós temos que continuar trabalhando. Muito obrigado senhores.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereadora Eleonora Broilo. Convido o partido progressista – PP para que faça uso da tribuna; fará uso da tribuna a vereadora Clarice Baú.
VER. CLARICE BAÚ: Então novamente boa noite presidente, colegas vereadores, aos que estão aqui nos prestigiando ainda presencialmente e aqueles que nos acompanham de forma remota, a nossa imprensa, funcionários/assessores desta casa legislativa. Todos os assuntos que hoje poderíamos estar abordando muitos, mas deixa lugar para este momento histórico que no Rio Grande do Sul heroicamente estamos passando. Qualquer demanda, qualquer pauta hoje deixam de ser prioridade diante da maior catástrofe, evento climáticos, nunca visto nestas proporções em que nossos pequenos rios, desaguaram nos principais rios e estes estão desaguando no Guaíba e inundando a capital do estado, e que vai seguir seu fluxo indo rumo lagoa dos patos, que já está em estado de alerta, e finalmente ao mar. Com isso se justificam as enchentes, as inundações nestas proporções nos nossos municípios, uns mais outros menos, mas todos sentindo seus reflexos de alguma forma. Um volume de água jamais vivenciado. O que causou o rompimento parcial, a ombreira direita em Cotiporã em Bento Gonçalves, o que tivemos e podemos visualizar ondas de 2 metros de altura e aí devastando as localidades que pouco tempo já sofreram e estavam ainda tentando se reerguer. E se não bastasse as inundações com a chuva que não cessava nunca e com um volume de água acima do suportado os helicópteros não conseguiam chegar com os técnicos para avaliar e controlar a barragem 14 de julho. E nem socorrer as pessoas que aguardavam por socorro. Momentos difíceis. Porque a prioridade neste primeiro momento é sim salvar vida para posteriormente alinhar as ações de reconstrução das cidades e reestabelecer a economia no Rio Grande do Sul. Temos também que ressaltar todas formas de ajuda, voluntariado, doações, solidariedade, inclusive as que vieram e estão vindo dos outros Estados – helicópteros, jet skis, jipeiros, trilheiros, forças armadas, de segurança, aeronáutica, a defesa civil, doações em dinheiro, mantimentos – e assim vai. Uma solidariedade de impressionar que só podemos parabenizar e agradecer imensamente. E entender que a vida é o nosso maior bem, até porque só podemos perdê-la uma única vez, e nos solidarizarmos com as famílias que perderam seus entes queridos. Quando passarmos por esta etapa de salvar vidas, precisamos restabelecer/reconstruir os municípios, as rodovias, pontes, os acessos, para não acontecer realmente o desabastecimento. Reconstruir o Rio Grande do Sul. E para isso vamos precisar de verbas municipais, estaduais e principalmente federais. E aqui temos que fazer uma reflexão de quanto o Rio Grande do Sul recebe de volta dos impostos enviados ao ente federal. A gazeta do povo na data de 25/05/2023 trouxe uma matéria interessante neste sentido. Que se de um lado a cada R$ 1,00 pago, por exemplo, por São Paulo ao país apenas R$ 0,07 retornam ao Estado; de outro, o mesmo real enviado à União pelo Amapá rende outros R$ R$ 3,97 de volta. Que os 27 Estados brasileiros enviaram R$ 2,218 trilhões em impostos ao governo federal, no ano passado, mas só receberam de volta em repasses feitos pela União aos governos municipais e estaduais R$ 607,8 bilhões. Então vejam de R$ 2,218 trilhões voltaram R$ 607,8 bilhões; o que representa pouco mais de 1/4 do total arrecadado em tributos federais. Um levantamento feito pela Gazeta do Povo mostra que, em 2022, 15 Estados pagaram mais ao governo federal do que receberam. O cruzamento dos dados da Receita Federal com a Controladoria Geral da União – CGU aponta disparidades regionais, com as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste pagando mais e Nordeste e Norte recebendo mais. Em termos absolutos São Paulo, por exemplo, é o Estado que mais paga impostos federais: somente no ano passado foram R$ 830 bilhões, em seguida aparecem o Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná; na outra ponta entre os que menos pagam estão Amapá, Roraima, Acre, Tocantins, Rondônia, Sergipe e Piauí. Então está aqui flagrada a disparidade regional. Então o que se espera do governo federal é que realmente apresente ações concretas, mais verdadeiras e que se cumpra para que o Rio Grande do Sul se restabeleça depois de todo esse evento climático que temos que apontar que se não fosse também ação preventiva do estado e municípios poderíamos ter mais mortes, mais feridos e mais ainda desaparecidos. Neste sentido já foram anunciadas algumas iniciativas pelas mídias que por certo se concretizadas serão fundamentais neste momento, por exemplo, com o adiantamento da bolsa família, retirada do FGTS, que o ministério do planejamento, transportes e outros estarão voltados ao Rio Grande do Sul, e aos deputados a sugestão do governo federal para que enviem emendas parlamentares, que haja sim uma flexibilização da burocracia, exceções fiscais para o Rio Grande do Sul serão de fato imprescindíveis para uma reconstrução do nosso Estado. Uma iniciativa proativa, seria uma iniciativa social eu diria de moralidade, seria os partidos políticos abrir mão dos R$ 4,967 bilhões do fundo eleitoral que está sim aprovado pelo congresso nacional, é legal, mas é imoral para ser usado nas campanhas políticas nas eleições municipais de 2024. R$ 4,967 bilhões, quantas casas quantas rodovias que poderiam ser construídas ou reconstruídas com esses valores. Ai sim seria uma demonstração de resolutividade e não só de discursos, talvez recuperássemos a confiança, a credibilidade que tanto esperamos na sociedade em relação à política. Assim nosso Estado é pujante, sem dúvida nenhuma, que contribui e muito para economia e desenvolvimento do país, merece e é de direito ter o olhar voltado as necessidades nesse momento do Rio Grande do Sul pelo governo estadual/federal, que as mãos sejam dadas por todos os poderes, que haja uma unidade nacional realmente – Câmara de Deputados, Senado – enfim, o congresso nacional, presidência, estado e municípios. Assim se espera. E que Deus nos proteja e nos ilumine neste momento. Obrigada.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereadora Clarice Baú. Convido o partido democrático trabalhista – PDT para que faça uso da tribuna; fará uso da tribuna o vereador Gilberto do Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Boa noite senhoras e senhores que estão aqui presentes, nas redes sociais. Quero saudar aqui o Ivanir Verona no qual também tivemos na busca de restabelecer energia elétrica em nossas comunidades do interior em alguns momentos. O Aleferson que está aqui essa noite também e todos os demais. Quero dizer que estamos vivendo sim um momento de luto um momento de arrasamento em nosso Estado. Na quarta-feira que passou me coloquei sim a disposição do secretário Fernando, do secretário Arsego para me fazer útil neste momento com o conhecimento que a gente tem em nosso município. E sim eles me atenderam fizemos algumas ações ou muitas ações juntos em momentos diferentes porque é o momento sim de darmos as mãos para vencer aqui no nosso município. Sempre tem uma situação quando há catástrofe das diferentes relações intempéries e nesse momento nós vivemos uma questão da qual primeiro temos que buscar salvar vidas que é o que foi feito aqui no nosso município por todos -motoqueiros, motoqueiros cross, jipeiros; toda comunidade se comoveu se deu as mãos a todos. No segundo momento é desobstruir como também foi feita aqui no nosso município as vias para que os moradores possam sair de suas residências, em todos os locais, socorrer as áreas urbanas que foram atingidas. A comunidade compartilhou e também estava junto. Num terceiro momento nós temos que fazer a averiguação geral; teve pessoas sim que tiveram que ser removido de suas residências por questões de intempérie. Tivemos desabrigados sim e foram diversos, foram para casa de parentes ou conhecidos, amigos, mas tiveram que sair de suas residências. Quero dizer que o nosso município de certa forma estamos bem porque todos nós estamos com nossas vidas. Quero citar aqui uma entrevista que eu ouvi do prefeito Pasuch, de Nova Roma do Sul, ele falou o seguinte que ele estava sem vias para se deslocar do município dele, mas ele disse aqui uma questão financeira ninguém morreu, nós estamos todos bens e com alimento, vamos olhar para nossos municípios vizinhos que foram totalmente arrasado. E tem muitos desses municípios. então fico compadecido sim com a nossa comunidade de Farroupilha que teve várias teve algumas formações de grupos de arrecadações justamente para estender e buscar saciar a fome, do que pode alcançar neste momento para quem precisa, grupos de jovens que eu nunca vi; 80 jovens, por exemplo, passei numa comunidade tinha em torno de 80 jovens organizadamente catalogando tudo que entrava naquele espaço com informações e depois o que era enviado também com as mesma informação. Porque eles têm a obrigação de depois devolver essas informações lá na frente para a comunidade do qual compartilhou neste momento. Eu quero como também participante desse sistema que estamos vivendo e eu concordo com a vereadora que aqui falou que nosso hospital é uma preocupação sim. Mas temos que buscar alternativa por parte de vereadores, por parte de Executivo de trazer o oxigênio. Hoje nós já temos acesso, por exemplo, a Veranópolis, ontem tinha ainda a Florianópolis. Nós já temos que de como nós estamos numa situação de calamidade pública é possível comprar sem licitação principalmente quando corremos risco de vida. então nós temos sim esta porta aberta essa porta aberta e podemos buscar com outros Estados com outros meios, nós temos o aeroporto de Caxias do Sul, vamos buscar alternativa sim. E vamos buscar e vamos fazer acontecer. Se nós todos estivermos unidos isso vai acontecer como tantas coisas já foi feito para o nosso município e tenho certeza que o hospital neste momento precisa para outros municípios também; se precisar uma UPA abrir/readaptar vamos fazer isso. É o momento de atendermos quem aqui vieres pedir socorro. Entendo como a vereadora Clarice falou aqui em relação do valor para os políticos agora tem que devolver esse valor, mas só que daí não compete ao Rio Grande do Sul compete a todos os deputados federais de todo o Brasil, eles que abram mão para o Rio Grande do Sul. E quero citar aqui que o projeto desta emenda foi de um partido foi de um de um deputado do PL; cadê os nossos deputados aqui que cara vamos ali abre essa porta de negociação com o governo federal com os deputados na Câmara Federal. Abram mão disso a nível nacional. Ah, é para os políticos de todo o Brasil não são para o Rio Grande do Sul por isso e isso já é uma lei aprovada; dificilmente nós vamos desfazer. Agora tem uma outra questão que é bem importante também, novamente o PL, até depois posso pegar a lei, fez um requerimento no governo federal para que aumentasse em 5 bilhões das emendas federais. Vamos trazer para o nosso Rio Grande esses 5 bilhões, isso sim pode fazer; isso pode fazer porque até semana passada uns dias atrás que eu averiguei isso estava em tramitação ainda. Mas claro mais uma vez todos os deputados federais tem que abrir mão desse valor para mandar para o Rio Grande do Sul. E falando em emendas parlamentar eu sei que nós vereadores se usamos disso também em buscar recursos porque é o único é o único meio é o método que nós temos. Para que tanto dinheiro? vamos tirar parte desse valor e mandar para o Rio Grande do Sul. Outra coisa que também eu concordo com a vereadora Clarice a questão do sistema de repatriação dos impostos. Não vou aqui julgar Estado ‘A’ ou Estado ‘B’, mas muitos estados recuperaram a sua questão ou melhoraram muito a sua questão financeira. Este programa que foi criado se eu não me engano foi lá em 2002 então tem que rever sim, tem que rever essa repatriação de impostos para os Estados porque muitos Estados aumentaram sua economia, buscaram alternativa; o próprio governo federal na situação mudou ou deu isenção de impostos para empresas que foram para outros Estados então é hora de rever isso. Mas também quero dizer que todos os governos tanto municipais, quanto estadual, quanto federal tem sim o seu dever com o Estado do Rio Grande do Sul, o dever, e não é pouco valor. então pode se buscar diferentes negociações e eu sei que está sendo vista diversas negociações, mas que este valor venha para o Rio Grande do Sul. Uma outra questão também que a gente pode observar nesse momento muita gente fazendo fake News ou fazendo sabe criando fatos aonde não tem, e criando situações desfavoráveis para a organização do nosso Estado. Vamos pôr a mão na consciência não é momento de nós fazermos politicagem sobre este assunto, é momento de nós cobrarmos ações de todos nossos governantes, mas todos nós, assim como todos nós vamos reconstruir o Rio Grande do Sul. Porque eu tenho certeza que é hoje é todos por um e todos pelo nosso Rio Grande do Sul. Eu vejo que vai chegar o momento que os próprios municípios têm que se dar as mãos além de todos cobrar junto do governo estadual do governo federal para reorganizar o nosso Estado. Não importa se nós somos moramos em Farroupilha ou Mussum, não importa se nós moramos em Farroupilha ou Porto Alegre, nós precisamos do Rio Grande do Sul funcionando para todos nós. A economia tem que estar bem para todos nós e as pessoas que infelizmente perderam vidas essas sim, essas infelizmente não houve, eu acho na minha opinião foi uma situação muito atípica de tudo que nós vivemos. Eu ouvi alguns políticos dizendo que para resolver o problema tinha que fazer cortinas nas beira dos rios, falaram isso numa emissora da nossa cidade. Gente, é completamente um absurdo, mas a gente ouviu isso. É momento desses políticos ver o que que eles podem servir nesse momento, estender a mão para o nosso Rio Grande do Sul, os deputados se darem a mão para resolver o problema do nosso Rio Grande do Sul, os senadores tem muitos que não apareceram ainda que toda hora estão em vitrine em visibilidade; eu acho que e todos independente de ser senador, deputado estadual/federal, todos. Hoje de manhã eu estive numa cidade do qual estava o prefeito e alguns secretários dava para olhar a situação que eles estavam de cansado, exaustido [sic] por ver o seu município arrasado. Eu vejo que sim vamos construir o nosso Estado de novo, todos, não importa quem seja. Hoje muitas cidades precisam de pessoas para limpar e tirar o rodo de suas casas, precisa de logo ali na frente materiais de limpeza, produtos de limpeza; nesse momento agora é saciar a fome, produtos de comida, preciso de agasalho/roupas até vejo que isso tem muita gente e até eu acho aqui algumas coisas absurdo porque pessoas às vezes penso que a situação é para fazer um descarte e as pessoas tem que tirar fora aquilo que doaram. Isso não. Eu sei que grande maioria está fazendo certo e parabenizo a grande maioria. E quero dizer que sim nós vamos mais uma vez é muito triste para todos nós. Eu tenho filhos que mora em Porto Alegre e nesse momento estão em São Leopoldo, mas estão lá trabalhando numa ONG, tem esta vocação para com os animais. E uma coisa que me chama atenção muito nos canais de televisão, hoje, crianças e adultos às vezes carregando de um lado as mães e o filho e de outra o seu animal porque o filho não se desprende de seu animal. Isso é o momento que a gente vê essa situações adversas e que nós temos que olhar também para os animais que de certa forma nesse momento os filhos as crianças vão se apegar a eles para absorver tudo que estão vendo. Porque além de tudo essas pessoas que se salvaram e que viam a água chegando na sua casa, estava no segundo piso ou até mesmo nas lajes, viam o rio subindo viam o rio subindo sem horas ali sem expectativa de que aquilo ia parar de subir. Eu vejo que sim a maioria dos rios com exceção da Lagoa dos Patos que continua recebendo água de todos os nossos rios já tem voltou 70 ou 30 tá ainda acima do seu nível 30/40/50% no máximo, já se reestabilizou. Mas sim há um arraso há uma destruição há um cenário de guerra do qual nós vimos os canais de televisão que às vezes achamos que estão aumentando. Não, é o fato do qual o nosso Estado está vivendo. E tenho certeza que nesse momento nós precisamos também de auxílio de todos os Estados – Santa Catarina, São Paulo, Nordeste, países exteriores, precisamos de toda ajuda; toda ajuda é bem-vinda para levantar o nosso Estado novamente. Muito obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Gilberto do Amarante. Convido o partido socialista brasileiro – PSB para que faça uso da tribuna; fará uso da tribuna o vereador Roque Severgnini.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Senhor presidente, senhores vereadores, demais pessoas aqui presentes, a imprensa. Eu gostaria inicialmente de também fazer aqui um pronunciamento sobre os últimos acontecimentos com relação ao nosso querido Rio Grande do Sul e a nossa querida Farroupilha. Não há dúvida que com a força do nosso povo do nosso povo gaúcho e com a solidariedade da nossa gente nós vamos reerguer as nossas cidades e reconstruir aquilo que foi destruído. Também gostaria de me solidarizar com as pessoas que tiveram né perdas de vidas embora em Farroupilha não se tem notícia de nenhuma pessoa que foi vítima/que perdeu a sua vida, mas sabe que no Rio Grande do Sul muitas pessoas perderam a vida em função das enchentes que foi certamente para além dos bens materiais. Mas nós temos que também nos solidarizar com aquelas pessoas em nosso município que perderam os seus bens materiais também, e não é só o bem que perdeu nesse momento é o que vai representar isso para o futuro. Pessoa que teve a sua casa alagada, que perdeu seu móveis/sua mobília, que teve que sair da sua casa, que vai ter que comprar o material de construção vai ter que comprar os seus móveis e também aos agricultores. A nossa agricultura foi muito prejudicada. Já vinha sendo prejudicada foi ainda mais prejudicado. E explico por que que já vinha sendo prejudicada. A agricultura teve momentos de seca não muito tempo atrás, teve agora no ano passado e no início desse ano excesso de chuvas, a safra já foi pela metade e agora nós tivemos aí essa ação violenta da natureza que acabou com estradas, asfaltos, pontes, açudes e parreirais, as parreiras/os pomares de pêssegos/de caqui, residências que foram comprometidas, enfim, a situação do nosso interior é bastante grave sem dúvida. Queremos aqui fazer uma cobrança fraterna, mas firme ao governo federal e ao governo estadual para que assumam as suas responsabilidades e que cada discurso feito tanto pelo governador quanto pelo presidente da república possa corresponder em uma ação de auxílio aos municípios e de modo especial os mais necessitados, mas que nesses também se inclua Farroupilha né. Não basta simplesmente discurso e promessas nós precisamos efetivamente que as coisas sejam cumpridas principalmente no que diz respeito a ações que são responsabilidades tanto do governo federal quanto do governo municipal. Nós podemos até dizer que talvez em nosso município não tenho uma ação do governo federal, mas as estradas que ligam o nosso município tem muita responsabilidade do governo federal e assim precisa ser tratada, porque se nós não temos acesso nós também não vamos ter chegada aqui em Farroupilha dos insumos básicos – combustível, alimentos, oxigênio, matéria prima para que a nossa indústria possa produzir, etc. e etc. Então é importante que eles façam a sua parte também. E também eu preciso aqui cobrar do nosso município e aqui nós vereadores precisamos nos incluir como também responsáveis por solucionar as questões do nosso município. Acho que precisa ter um plano urgente e eu não vi isso; eu vi que tem um comitê de crise e tal, mas quais são os planos para nós recuperar o nosso município, quais são os planos para recuperar a nossa agricultura. Eu confesso que fiquei extremamente preocupado quando na quarta-feira eu andei em boa parte do nosso município, no interior, e eu cheguei no 2º distrito, na Vila Jansen, e eu tive a informação que com todo o problema já tinha que já tínhamos conhecimento que já tinha acontecido na terça e com toda a previsão do colapso que aconteceria na quarta na Jansen que é um distrito e que lá tem uma subprefeitura havia apenas uma retroescavadeira sem sequer o operador; que o operador mora em Bento Gonçalves e não tinha sido designado para trabalhar no dia do feriado, não havia ninguém. Quando aconteceu o rompimento de locais e que foi avolumando e descendo água e foi chegando nas residências e nas propriedades foi um desespero total. E os primeiros que foram chamados para fazer o serviço não foi o órgão público foram os particulares que com suas máquinas foram prestar solidariedade aos agricultores. E quando o operador de uma patrola que não sequer era de retroescavadeira foi chamado ‘olha estamos tendo problema no interior’ aí que a pessoa foi saber que ela precisava trabalhar porque não tinha sido sequer convocado para trabalhar. Então eu fico bastante preocupado com isso e me pergunto onde está o planejamento dessa gestão. Não fez planejamento algum. Aí quando precisou uma motosserra não tinha uma motosserra precisou pedir bombeiros e há uma sucessão de falta de planejamento. É uma ação da natureza não tem culpa o prefeito, não tem culpa o vice-prefeito, os secretários, os vereadores, mas se a gente está numa gestão e num ambiente totalmente previsível nessa época de alta tecnologia a gente tem que ter um planejamento para isso. Não dá para a gente deixar o morador se desesperar no outro dia e todo mundo enlouquecer e bater cabeça porque não sabe o que vai fazer; aí não adianta ter os recursos se não tem planejamento. Então eu quero pedir ao nosso executivo municipal que aproveite as experiências que se tem, temos aqui o Amarante que já foi coordenador da defesa civil, eu já fui secretário de obras, e tem tantas outras pessoas que aqui estão que podem ajudar. Davi já foi secretário de saúde né então nós precisamos, o Jorge já foi secretário de assistência social, então nós precisamos juntar as expertises e a experiência. E não adianta só nós ir rezar, não adianta na igreja rezar porque não vai resolver. Deus nos ajuda, mas precisamos ter obras precisamos ter uma fé seguido de atitudes; porque sem fé né fé sem obras é inútil então a gente precisa juntar as duas: a fé em Deus que temos e precisamos ter, mas também precisamos ter atitudes. Além disso nós precisamos aqui agradecer a cada cidadão, a cada homem, a cada mulher, a cada entidade, a cada pessoa anônima, que não faz videozinho para mostrar que está ajudando, que não faz videozinho para mostrar a sua fé a sua oração, mas que no seu coração ela se sensibiliza e vai fazer as ações sem necessariamente estar se apresentando numa rede social, indo numa igreja fazer um vídeo para mostrar que tem fé, ir lá forjar uma situação para mostrar que tá fazendo alguma coisa. Não. A gente quando faz, o que é feito com a mão esquerda a mão direita não precisa saber não, não precisa vir aqui vociferar o que fez o que deu o que auxiliou; fica para si, mas faça. Faça. Lhe cedo um aparte vereador Juliano.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Um aparte ao Juliano Baumgarten.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Obrigado pelo aparte vereador Roque. Não, na verdade eu esperava um telefonema uma mensagem que seria criado um comitê de crise e o poder legislativo seria envolvido afinal se trata de Farroupilha. Mas muito pelo contrário a união a unidade fica somente em algumas falas, algumas coisas vazias que a gente não viu. Faltou humildade faltou dialogo e a união. Nós poderíamos ter contribuído mais inclusive gerindo algumas coisas junto ao Executivo que pudesse dar guarida de orientação porque a gente viu muita bateção de cabeça, muita. Então eu quero fazer uma saudação um cumprimento especial ao Gabriel Gabrielli que foi um dos poucos que manteve contato, fácil acesso e que prontamente dizia ‘não, temos que fazer isso fazer aquilo’. Então nesse momento de crise é momento de união e se faz o quê? Dialogo e humildade; chama todo mundo diz ‘vamos lá é Farroupilha que está em jogo’. Obrigado senhor presidente. Roque.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Obrigado vereador Juliano. Eu quero só ressaltar aqui uma situação que eu pude presenciar de um agricultor que ele me pediu ‘Roque, por gentileza, vê se tu consegues contato de alguém da defesa para vir olhar a minha casa porque eu acho que ela vai deslizar, nós saímos de dentro de casa, estamos fora, minha mãe tem quase 90 anos, estamos com a família abrigado aqui num outro espaço’. E eu fiz essa intermediação. O secretário de agricultura ligou e disse ‘amanhã vai ir uma pessoa ali para te atender’, e deu o nome dessa pessoa. E ele ficou esperançoso. No outro dia essa pessoa chegou lá, desceu do carro e gritou ‘oh como é que tá a situação aí, me manda uma foto se tu puder de alguma coisa’ e pegou o carro e foi embora. Isso não é um atendimento que se espera de um poder público se espera muito mais. Veja bem, tinha os recursos e tudo, mas faltou a boa ação de quem foi lá. Então realmente nós precisamos nos unir precisamos nos ajudar. Eu disse que a prefeitura precisa reservar no mínimo R$ 10.000.000,00 para o interior; parece que o prefeito disse que ele tem 50; que bom prefeito. Então vamos começar a colocar esses valores à disposição do interior e da cidade para resolver essa calamidade pública que ninguém imaginava que fosse tão forte, mas que ela veio e deu a nós um recado: que nome precisamos cuidar da natureza. Quando eu vejo deputados que dizem o seguinte ‘que o aquecimento global não existe’ eu fico pensando quanto dinheiro botado fora pagando um deputado desse. Infelizmente a gente tem ainda essas opiniões que acham que a natureza é só um discurso, não precisa necessariamente cuidar da natureza. Sim, nós precisamos cuidar porque é nela que nós vivemos. E também lamentar aqui aqueles políticos turistas de tragédias, aqueles que vêm dar uma de herói no rádio/na TV/na rede social, a população não precisa de políticos heróis a população precisa de dignidade no atendimento do serviço público. Era isso muito obrigado
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Roque Severgnini. Quero informar os senhores que pedi que o vereador Tiago Ilha fosse buscar atendimento médico haja vista que apresentava febre e, mal estar no corpo; então fiz a liberação dele às 20h20min então o espaço da republicanos abre mão nessa noite. Convido o partido liberal – PL para que faça uso da tribuna; fará uso da tribuna o vereador PC.
VER. VALMOR DOS SANTOS: Boa noite presidente. Boa noite demais vereadores e vereadoras, o público presente aí, a imprensa. Vamos aqui seguir na mesma linha da catástrofe que aconteceu por aí, uma coisa que a gente nem esperava que ia acontecer isso aí né, mas aconteceu. Mas eu não vou me deslocar muito podia até ser mais invasivo levar para o Estado levar para o, eu vou falar só de Farroupilha eu vou defender a nossa cidade que nos acolheu e nos acolhe sempre como o Estado também nos acolheu para mostrar algumas coisas para os senhores aí que eu consegui vivenciar e que eu consegui ajudar e que eu consegui participar nesses dias de chuva e de deslizamento. Infelizmente nós tivemos que até muita sorte aqui em Farroupilha, eu não digo sorte é que nós somos abençoado uma cidade abençoada que acolhe todo mundo bem, e teve casas que foi desmontada foi e não ninguém sofreu nada. vocês sabiam disso que teve casa que foi arrasada aqui em Farroupilha e felizmente as pessoas não estavam dentro, é uma coisa isso é uma coisa boa eu acho que é da nossa fé que nós temos aí que não deixa acontecer essas coisas conosco. Então vou pedir que passa que bota ali um gráfico primeiro que nós temos um gráfico aí, não o gráfico aquele no começo; o vermelho é isso aí, é isso aí. Aqui a gente tem um gráfico que foi feito nos pontos mais críticos da cidade de Farroupilha onde houve deslizamento, onde caiu pontes, onde caiu as estradas estão interrompidas e já respondendo aqui o vereador Juliano; Juliano, teve um comitê de crise sim em Farroupilha. Foi montado e foi dali que saiu esse gráfico com toda inclusive com a defesa civil, com o delegado, com o ministério público, com todos foi feito um comitê de crise. Cedo sim só um pouquinho. Então assim só para só para responder ali que eu vi que o senhor falou e tratando do senhor não estava informado não foi informado, mas teve sim e foi dali que saiu esse gráfico tá. Então eu acho que foi feito uma coisa certa o Executivo trabalhou bem nesse nessa área porque não tinha… Tu ia para um lugar e tinha dois ou três pedindo; a máquina estava lá em tal lugar e tinha gente chorando lá no fundo que não conseguia passar para casa dele então era uma coisa assim que não tinha era um tumulto da geral né. Então foi feito esse gráfico, a gente tá tomando as providências as mais necessárias agora para desobstruir as estradas, as mais principais em cima disso aqui óh desse gráfico aí que foi feito. Então vou ceder um aparte para o vereador Juliano, depois eu sigo aí.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Um aparte ao vereador Juliano Baumgarten.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Obrigado pelo aparte vereador PC. Mas o poder legislativo fica onde? Nós somos um poder nós representamos a população, a maior parte das pessoas não procuram secretário não procuram o prefeito eles procuram os vereadores e essa casa foi deixada de lado por que? Então ah que bom que envolveu outros órgãos, mas por que não chamou os vereadores? Se tiver que vir algum plano de contingência vai vim para onde? Para cá. Por que que a gente não nos deu as mãos, porque não caminhamos juntos, por que não se concentrou informações? Isso é falta de humildade, de hombridade, nós poderíamos ter facilitado coisas. Cada pouco um me chamava: ‘o que precisa fazer disso, o que precisa fazer aquilo’. Faz uma reunião junta, organiza. E o mapa aqui posto, sim, a gente sabe da situação, mas por que que a gente não facilita o processo. Está batendo na nossa porta. Chama o poder legislativo, todo mundo vai ajudar a multiplicar todo mundo fala a mesma língua. Assim o que que deu? Mais bateção de cabeça. Obrigado pelo aparte.
VER. VALMOR DOS SANTOS: Obrigado vereador Juliano. Não, eu só quis de deixar claro aqui que teve sim o comitê de crise né então foi uma coisa que o senhor falou que não tinha e tem né. Então agora eu vou pedir que passe e mostre mais umas fotos ali pessoal para vocês ver como é que tá alguns pontos do nosso interior como é que ficou. Olha aí isso aqui é descendo para a banda do 30 passando o 30 a Linha 30, um asfalto que era em si era novo acho que deve ter uns 5/6 anos, se eu não me engano foi na época do que o vereador Roque ainda estava lá que foi feito esse asfalto aí né e olha como é que ficou. Aí pessoal trabalhando isso desde quarta/terça-feira o pessoal tá aí pode. Pode passando mais aí. Tem mais umas olha aí ó aqui ó esse o asfalto cedeu o pessoal tá os postes caíram não tem luz para nada. Aí isso aí não é coisa fácil que se faz de um dia para outro ainda mais com toda a chuva que se tinha né que tu não podias tu tiravas de um lado e escorregava do outro. não tinha como a terra não firmava, eu fui ajudar nesses locais e eu não conseguia a gente não conseguia caminhar; nós com as motoserras para cortar as árvores e não conseguia caminhar, afundar os pés da gente que tu não ia. Agora imagine uma máquina pesada num lugar desse. Mas foi feito estão fazendo e tal. Ali é o asfalto que cedeu. Taí uma coisa que tem que recuperar toda essa, esse asfalto aí, ele não tem intermediário para isso aí. Lá no fundo. Então é assim ó eu vejo e acredito que o nosso poder executivo está trabalhando muito bem e trabalhou muito bem, e estava preparado para certas situações assim porque senão seria muito pior, ia ter muita gente sem poder sair de casa ia tem muita gente sem poder andar porque não tinha lugar, tu não conseguia. Eu tentei deixar descer no 30 duas/três vezes e não consegui; tive que dar a volta lá pelo Monte Bérico, vim, fazer tudo um trajeto para poder chegar e deixar o carro ainda para o lado de cá e fui a pé até lá no salão para lá. Então é assim ó é situações inesperadas que tu não espera isso aí, mas que foi feito que as ações foram feitas e estão sendo feita. E espero que logo logo num espaço curto de tempo nós já resolvemos isso aí e vamos seguir a vida vamos tocar a vida vamos fazer as coisas andar como estava andando. O nosso município ele é muito rico ele é um município que ele não merece passar por certas coisas que passa, ele tem tudo um potencial enorme. Então vejo que as ações que foram feitas, que nós fizemos, que a comunidade fez que é uma comunidade muito abrangiva [sic] fez está muito bom, está no bom. Acho eu que tá e vai ter muito assunto ainda sobre isso aí e eu sei que vão se prolongar mais, mas sei que acontece o seguinte gente levando pelo bom o andamento das coisas nós estamos no caminho certo. Agora aqui tá falando de um pouquinho do Estado eu estava vendo aí umas entrevistas eu acompanho direto isso aí e vendo umas coisas que eu tu não a gente não espera que vai acontecer né, a gente não espera que o pessoal vá fazer assim. Eu tive uma ligação de um cara de Curitiba ele é um empresário lá e ele me perguntou se a gente conseguia se eu conhecia alguém aqui que se pudesse fazer um canal de doações. Eu falei para ele ‘acho que tu tem que entrar em contato com a Defesa Civil sei lá, com alguém, vai ter algum lugar né lugar que vai ser que ele queria doar e doou uma grande quantia. Mas ele estava muito indignado com esse negócio de procurar a turma aí porque diz que já estava vindo uns caminhões de mantimentos, águas, de São Paulo acho que Curitiba e Florianópolis e estavam sendo retido aqui nos postos fiscal, nos dois: Torres e aqui, simplesmente para arrecadar ICMS porque não tinha nota. Agora não é hora de pensar em imposto fiscal, não é hora de reter nada, libera e vai faz vista grossa isso aí. e não tinha diz que não tinha diálogo com o governador, não tinha jeito. Sim, cedo um aparte para o meu amigo para o vereador Roque.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Um aparte ao vereador Roque Severgnini.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Obrigado pelo aparte. Eu também ouvi essas questões de que estava sendo abordado caminhões depois fui me informar e tinha muito boato, mas não tinha nada de confirmação. Se o senhor tem essa informação correta qual foi o caminhão qual foi/onde foi e tal é importante a gente levar e levar o conhecimento do governo do estado porque se isso tá acontecendo é um absurdo, mas precisamos ter dados não dá para a gente olhar o vídeo do tik tok e achar que é verdade porque tem muita, muito boato por aí. Mas isso aconteceu tem que ser levado em consideração e precisa formular isso aí ao governo do estado para que toma providência. Obrigado.
VER. VALMOR DOS SANTOS: Obrigado Roque. Sim eu tenho essas informações inclusive com o áudio dos motoristas com placa de caminhão em todas que eu acho que vai auxiliar muito né porque isso é uma coisa que a gente não deve não tem que deixar embaixo de tapete não tem que botar embaixo de cortina tem que levar para frente tem que independente de quem seja né. Então vamos, só para terminar aí presidente, então é assim só a minha indignação contra isso aí porque a gente vê tanta coisa acontecendo tanta gente preocupado tanta gente que nem foi achado ainda e o pessoal coibindo de levar uma coisa que é tão essencial e momentânea nessa hora para o pessoal né. Então a gente às vezes tem coisa que a gente não entende pastor Davi, tem coisas que a gente a gente deita na cama e fica pensando assim: por que que tem gente assim né, por que que o pessoal pensa neles e porque não pensa no em todo; porque não pensa no vizinho no amigo em que está lá sofrendo, é sempre nele só nele daí ele tendo a coisa os outros não precisa ter. isso não é normal isso não é bom isso aí para o momento que nós estamos vivendo, para situação como tá por aí não é bom isso aí. Muito obrigado ao presidente era isso aí que eu tinha.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador PC. E está encerrado então o espaço destinado ao grande expediente. Passamos ao espaço destinado ao pequeno expediente.
PEQUENO EXPEDIENTE
PRES. DAVI DE ALMEIDA: E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Calebe Coelho.
VER. CALEBE COELHO: Senhor presidente, depois eu vou precisar do espaço de líder tá. Rose, por gentileza, coloca o slide nº 1: gostaria de trazer alguns dados que são muito importantes aqui. Nós temos então aqui no Rio Grande do Sul que é composto por 497 municípios com 11,3 milhões de habitantes e o número de cidades e pessoas afetadas pelas chuvas significa que 70% dos municípios e 7,5% da população do Estado foram atingidos pelas tempestades. O slide 2, por favor: do lado direito nó podemos ver em setembro os municípios que foram atingidos então por aquele desastre e nesse momento nós podemos ver do lado esquerdo quantos municípios foram atingidos agora; para ver que o tamanho da catástrofe foi muito maior, foi gigantesco realmente o que aconteceu. As enchentes que ocorreram então em setembro de 2023 foram categorizadas como um dos desastres climáticos mais intensos dos últimos anos, desta forma, cabe ressaltar que as tempestades de abril/maio de 2024 atingiram 3x mais municípios se concretizando como a maior tragédia natural do estado do Rio Grande do Sul. Próximo slide, por favor: até às 9h do dia de ontem, dia 05 de maio, foram contabilizadas 15.192 pessoas em abrigos, 80.573 pessoas desalojadas, 710 mil pessoas afetadas, 155 pessoas feridas e 100 pessoas desaparecidas. E esse número só aumenta. Slide 4: Nós temos então 110 hospitais que foram atingidos e destes 110 17 estão sem nenhum tipo de atendimento, 75 apenas atendendo parcialmente. Próximo slide: os dados são cada vez mais preocupantes os serviços essenciais estão interrompidos. 418,2 mil pontos sem energia. 1,06 milhão de unidades consumidoras sem água, dezenas de municípios sem telefonia e sem internet, e desta forma sequer conseguindo informar familiares e amigos sobre a situação em que se encontram. Isso que é o mais desesperador você tentar ligar para tua família e não conseguir linha, não conseguir contato. Slide 6, por favor: nós temos também 187 estradas que encontram-se em ponto de bloqueio incluindo BR, ERS e RSC, e destas 142 com bloqueamentos totais e 45 com bloqueamentos parciais; os números são realmente assustadores. Slide 7, por favor: nós podemos ver que o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, estava fechado por tempo indeterminado, portanto uma última atualização, as novas informações, e que o aeroporto encontra-se fechado até o final de maio. A previsão inicial era de que as operações seriam retomadas nesta sexta-feira, o que não será possível. Parece que agora só no, final do mês. Slide 8: O município de Farroupilha, juntamente com a defesa civil, realizou uma força tarefa e mapeou, até o momento, 370 ocorrências no município, sendo estes 26 de alto risco, mas felizmente não contabilizou nenhuma fatalidade. Então estes são alguns números importantes com relação a esse desastre no nosso Estado e no nosso município. Fiquei muito contente com uma reportagem que eu vi no jornal Farroupilha da semana passada que fala sobre Os Caminhos de Caravaggio e as comemoração de 5 anos. Eu tenho um vídeo para colocar infelizmente não vai ser possível, eu tenho mais um monte de coisa para falar sobre isso não vai ser possível porque não vou ter tempo. Então eu vou para o Gilberto Galafassi que está nos assistindo em casa; eu vou falar sobre isso novamente a semana que vem. Muito obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Calebe Coelho. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Juliano Baumgarten, na tribuna.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Boa noite. Primeiro eu quero me solidarizar com todos os todas as vítimas/vidas ceifadas pela mais uma tragédia ambiental no nosso Estado. Desejar força, muito trabalho e reconstrução. Bom gente, eu acho que nesse momento de desgraça e nesse momento caótico a primeira coisa que nós temos que fazer enquanto cidadãos é: não ajuda não atrapalha. E quando a gente vê uma disseminação de fake News como aconteceu, coloca no telão Rose, por gentileza, isso é fonte do governo do estado não é fonte do Juliano; a gente precisa nós vereadores e cidadãos nós precisamos ter responsabilidade. No sábado de noite uma cidadã me ligou desesperada atrás disso, liga para algum deputado, eu ouvi o áudio o teor daquilo e eu disse ‘meu Deus, o pessoal não tem o que fazer’. Então nesse momento quanto menos falar bobagem mais ajuda e nós não podemos é só parar ter um pouquinho de calma, sem titubear, que a gente vai ver que o áudio não tem nexo. Pensa só o Estado desmoronando por causa da água e aí vão dizer não para a receita federal pega aqui os caminhões que estão vindo de doação que nós vamos taxar. Gente, não faz nexo. Nós temos que ter um pouquinho, juntar o Tico e o Teco um pouco, dar uma raciocinada com calma. Cedo um aparte ao vereador Roque.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Um aparte ao vereador Roque Severgnini.
VER. ROQUE SEVERGNINI: É que tem uma grande diferença da fala de uma pessoa pública; o vereador querendo ou não, talvez não se dê em conta disso é uma pessoa pública é uma autoridade do legislativo, então uma fala do vereador que recebeu um áudio de um cara dizendo… não, tem que checar para ver se é verdade, não pode espalhar por aí como fosse verdade. Um popular tudo bem não tem essa obrigação, mas nós Valmor a gente tem essa obrigação de checar a veracidade disso e pega para ver se é verdade. Se não é verdade tem que denunciar inclusive na polícia porque isso é crime, crime contra a boa-fé das pessoas. Induz a pessoa ao erro induz a pessoa ao desespero e vira um troço. É igual nós inventar uma história do prefeito, por exemplo, né do secretário de finanças, etc. vira um fake News. Isso não faz bem. Então parabéns Juliano que buscou a fonte, isso é importante. O governador não é do meu partido nem o presidente da república nem o prefeito, mas o que é justo é justo.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Obrigado pelo aparte vereador Roque, contribuiu bastante. Eu tenho vários tópicos aqui e esse momento a gente tem que fazer uma reflexão é um momento dura é um momento difícil, mas eu na condição de historiador eu não posso me furtar e me omitir da minha responsabilidade neste momento. Infelizmente parte da desgraça que a gente vive ela é alicerçada e alimentada por agentes que levam o caos. Pode botar outra foto, por gentileza, Rose. Isso aqui é na Rádio Spaço, um deputado federal que enche a boca para dizer que ‘não existe aquecimento global, que isso é coisa da esquerda’. Mas pelo amor de Deus, como tu disse isso sim é queimar dinheiro público. Nesse momento não precisa de gente para falar bobagem, e se é para vir para imprensa para falar mais, alimentar e alimentar; cheguem de negar a ciência. Negaram a pandemia e agora continuam negando o que tá acontecendo diante dos olhos. Foi apresentado foi mostrado há muitos anos vem se falando da questão do aquecimento global, a gente tem vendo todas as mudanças climáticas que tem acontecido. E o que que a gente vê? Um parlamentar que ganha muito dinheiro para o que? Para propagar para criar uma legião de desinformações. Tem que ter responsabilidade não dá para tolerar isso. O que que ele faz? Primeira coisa que tem que fazer? Não adianta agora aparecer na enchente para tentar ajudar ele tem que ficar dentro da casa dele quietinho; atrapalhou, ajudou a perturbar as pessoas. E quanto essas questões da fake News, nesses últimos segundos que me faltam, na quinta-feira tinham pessoas dizendo, circulando o áudio vereadores, que a barragem do Burati ia romper que ia ser desabastecido de água, que ia ser desabastecido a parte elétrica na região central. O que que eu fiz? Muitos me pediram, liguei para a CORSAN: e aí o que que tá acontecendo, qual que é a real? Não, não existe isso. então por gentileza se posicionem através de uma nota, se posicione. Nesse momento nós precisamos de responsabilidade e responsabilidade se trata do quê? Se trata de atrapalhar, como? Primeiro não disseminando fake news. Primeiro já ajuda muito, depois o restante vem. então a gente precisa nesse momento ajudar primeiro não atrapalhando. Obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Juliano Baumgarten. E a palavra está à disposição do senhores vereadores. Com a palavra o vereador Thiago Brunet.
VER. THIAGO BRUNET: Boa noite senhor presidente, colegas novamente. Eu acho que a gente tem que pensar nas pessoas e parar de se acusar né. Acho Roque com todo respeito que eu tenho por vossa excelência acho que acusar um vereador de disseminar fake News com certeza, não, não, se ele está fazendo isso né eu acho que não é intencional. E o vereador Juliano se checou o fato com certeza ele aprendeu com a história da farra dos peixes no Hospital São Carlos né, então ele aprendeu bastante e aí foi checar essa informação e parabéns acho que é importante a gente checar. Mas agora apontar culpado nesse momento eu sou contra tá então só que fique claro aí PC. Acho que é até fake News mesmo, não fui checar, acho que é tem eu também escutei até na Rádio Guaíba vindo para cá, na Gaúcha, mas a gente não tá aqui para apontar culpados nesse momento, inclusive o governador fez uma fala né. Nesse momento a gente tá aqui para tentar ajudar, como que eu vou ajudar? da maneira que pode. E a fala do Juliano acho que é importante também no sentido assim ó muitas vezes a gente quer ajudar e tá tão afoito que acaba atrapalhando né. Eu tô desde quinta a gente tem um problema que vamos ter logo aqui na frente que é com relação aos hospitais; nós temos mais de 100 hospitais que foram/acabaram sendo prejudicados por essa tragédia e eu não tenho dúvida de que estes outros hospitais, o nosso hospital, que é um hospital regional, ele nos próximos dias tende a superlotar né. Ele já tá cheio por uma questão da sazonalidade – abril/maio/junho, agora início do inverno é sempre cheio – e com essa tragédia toda as pessoas aí que estavam em ambientes úmidos, que estavam nas inundações tendem, como até falou a doutora Eleonora, a leptospirose, hepatites, pneumonia né porque são patologias que acabam acometendo as pessoas que estão nesse ambiente; tanto das pessoas que foram salvar como também as pessoas que foram salvas né pela defesa civil e por todos os órgãos competentes. Eu tô desde quinta-feira em hospital – quinta-feira no Pompéia, sexta no Pompéia, sábado e domingo no São Carlos, hoje estava no Pompeia tive que sair para vir para a sessão. Sábado eu recebi uma ligação da defesa civil, a Patrícia, e ela pediu para se eu não tivesse disponibilidade para ir fazer um salvamento em Bento né; eles ficaram sabendo que eu trabalhei em ambulância no início da minha carreira como médico e fiz ATLS, tenho inclusive todo o curso para fazer esse tipo de salvamento, claro que faz 10 anos que eu não faço isso, mas iria com maior prazer né porque seria uma forma de eu tentar ajudar o próximo. Mas como eu estava dentro do hospital cumprindo a minha missão que é nesse momento cuidar das Mães cuidar das crianças que estão nascendo; quinta e sexta por que que eu fiquei no Pompeia? Quero até pedir desculpa para alguns pacientes minhas que eu não pude estar no meu consultório para ajudar por que? Porque os médicos uma quinta era de Canela e sexta o outro era de Antônio Prado. Não conseguem chegar pelas quedas de barreira por toda a situação. Então assim os hospitais estão com falta de insumos estão com dificuldade de ter a sua equipe médica e de enfermagem inclusive completa porque muitos profissionais não moram nas cidades dos hospitais e tem que ser dirigir e pelas quedas de barreira estão com dificuldade de chegar. Então gente esse momento eu acho que os heróis, os heróis não estão mais entre nós os heróis desta tragédia infelizmente já foram ou vão ir porque estão no hospital estão na UTI em estado grave. Nós todos somos coadjuvantes e vamos fazer aquilo que estiver ao nosso alcance – com PIX, com doação, com trabalho manual, emprestando. Eu escutei histórias assim pessoas que receberam na sua casa famílias sem conhecer, eu acho isso sensacional; tu nos dias de hoje com as preocupações que a gente tem né tu receber uma família inteira muitas vezes. Eu fui dar alta sexta-feira para uma paciente e ela não parava de chorar, eu perguntei porque, ela disse: não tenho para onde ir; Aqui em Caxias, ela morava no Fátima, a casa dela, “eu vim ganhar meu filho e depois no dia que eu saí de casa, graças a Deus que eu saí, vim aqui e não tenho para onde voltar”. Tivemos que abortar a alta vai ter que ficar aqui no hospital. Então os hospitais também vão cumprir esse papel viu gente. Têm pessoas que não tem como dar alta no hospital, vai para onde? Vai para um alojamento uma pessoa que está em recuperação de alguma doença? Vai ficar no leito no hospital mesmo que não seja tão grave que não precise, mas ele tem que ficar ali. Então agora é um momento de união é um momento que a gente cada um faz aquilo que pode e que está o seu alcance. Muito obrigado e boa noite.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Thiago Brunet. E a palavra está com o vereador Maurício Bellaver.
VER. MAURÍCIO BELLAVER: Boa noite senhor presidente, boa noite aos colegas aí. Em relação a as doações que vieram de São Paulo não sei, eu fui meio caminhoneiro por um bom período de São Paulo para Farroupilha eu conheci bastante e conheço ainda. Então doação vamos dar o exemplo que lá em São Paulo fizeram uma vaquinha lá carregaram um caminhão, deu 5 quilos de açúcar e tudo isso, encheram o caminhão de doação. Não tem como tirar nota porque é doação do povo né. Aí mais uma doação para encher o tanque do de óleo diesel para o cara vir para baixo e o cara botou o caminhão que também é doação, é tudo doação. E de São Paulo para o Rio Grande do Sul só tem um posto fiscal que é de Vacaria. Então se fosse que parasse lá tranquilo. Pela 101 não tem, tem só a PRF que para. Mas caso alguém parasse ou a PRF para ou posto fiscal para o cara vai abrir a porta oh isso aqui é doação lá para o sul seu policial e a PRF não entender aí tem que pegar e deixar o caminhão lá então e trancar tudo né, a estrada também. Tem que entender e ele vai saber que é tudo doação, até o diesel é doação, o caminhão é doação e vai matar a fome de muita gente. Então se o guarda não quis entender é porque não sei o que que ele pensou, mas eu acho que ele vai ele entendeu. A questão da agricultura meu modo de vista nesse momento todo mundo precisa de ajuda, mas tem que olhar para agricultura bem olhado por quê? Porque a agricultura se foi, não sobrou adubo não sobrou nada. Então o que eu penso? O governo tem que liberar o Plano Safra, custear o agricultor agora para ele plantar porque a raiz é ali né. Temos que incentivar o agricultor a plantar para retomar tudo de novo. Nós temos que fazer vim a nossa comida aqui da região sul não de vir lá de cima para baixo; tem que incentivar aqui e aqui também vai muita comida para cima. A região do arroz ali para Santo Antônio da Patrulha eu tenho conhecido lá, que é parente da minha irmã, perdeu 100 hectares de arroz. Então é geral. Então o governo federal tem que investir em Plano Safra, custeio, custear como sempre custeou, mas adiantar agora para nós enraizar e fazer vim a fruta, verdura, tomate, essas coisas. E também nessa caminhada aí eu vi que o civil lá fora, o parente, vizinho tem muita força; o civil também salvou muita gente então o civil estava ali e ele viu que a o vizinho caiu um barranco, que alagou o civil estava lá ajudando, botou a capa de chuva e foi. Esse foi corajoso, os vizinhos. Cara e eu corri muito aí nas estradas então foi de quarta-feira eu andei mais andei do que trabalhei, mas de quinta em diante a pessoa eu também liguei ali para agricultura e eles tinham muito serviço e o serviço básico aí o próprio agricultor foi fazer – liberou estrada/cortou planta; eu cheguei a cortar o fio da alta tensão, estava desligado, com a picareta porque o poste estava caindo e nós estava lá daí tipo eu passei não tinha alicate nós tinha que inventar alguma coisa né e passei a picareta no fio e deu certo. De domingo até hoje tem gente que tá sem luz, é complicado, imagina o agricultor lá na Linha Jacinto sem luz desde domingo. E nós ia na frente liberar a estrada para a RGE vim. E as pessoas tu viu que era que tu chegava assim nós vinha com as máquinas assim e vinha gente ajudar com picareta com a pá e nós ia para frente e dava mais emoção ainda, o cara vinha aí às vezes o cara levava uma comida; até hoje eu fui ajudar, mas não é fácil. E passava as caminhonetezinha com os freezer em cima dos caminhãozinho para levar porque ia estragar e às vezes a gente tem que ver para dar valor. E o agricultor ele tá é tudo unido, eu enxerguei um cara vindo assim com uma picareta e um facão e eu disse “foi fazer o quê?” Não, eu fui desentupir um bueiro público né. Foi lá desentupiu e era parelho isso aí, unido. Mas se o governo não incentivar para nós retomar as plantações vai sofrer mais. E nas alturas do campeonato eu só, já estou acabando, eu só nós escutamos assim a fala do presidente Lula: eu torço para o Grêmio e para o Inter. Muito obrigado presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Maurício Bellaver. E a palavra está com a palavra o vereador Jorge Cenci, na tribuna.
VER. JORGE CENCI: Senhor presidente, colegas vereadores, saúdo a todos que aqui nos acompanham. O tema também que eu vou me manifestar ele não é dos mais agradáveis em si que é referente às chuvas, a tragédia que está acometendo o nosso Estado, o nosso município, a nossa região. Sabemos que temos muitas cidades devastadas em si muitos, muitas vidas perdidas né, mas aqui no município ainda né e torcemos que continue assim sem nenhuma vítima. Falo sobre esse tema até valorizar né algumas ações, ações importantes, e aqui eu quero dizer acredito que todos nós fomos demandados ou pelo menos contatados referente a essa tragédia por algum cidadão. E aqui eu quero também agradecer né porque quando se está em apuros quando se está passando por uma situação de perigo se liga para a pessoa que geralmente a gente mais confia e dentro disso eu quero agradecer os inúmeros contatos que eu recebi e tive oportunidade também de colocar a mão na massa literalmente, mas a maioria delas intermediar tentar diminuir o impacto né e também o sofrimento daquele momento. Então foram inúmeras famílias afetadas né de uma forma um pouco mais severa, talvez uma de uma forma um pouco mais amena, mas dizer que quando a gente tá em perigo correndo riscos a gente geralmente liga para alguém que a gente confia então dentro dessa linha eu quero agradecer às pessoas que ligaram para mim e certamente tentei contribuir e tentei fazer o meu papel de intermediar. Falo isso também porque a gente sabe que hoje né a administração pública está fazendo seu papel, o estado também está fazendo seu papel, mas nós não podemos deixar de valorizar as pessoas voluntárias, quem botou a mão na massa de forma voluntária tentando contribuir tentando ajudar um vizinho um familiar, tentando amenizar uma situação de risco que acometeu aquela família ou aquela região. Então temos que valorizar os jipeiros, os agricultores que tentaram desobstruir inúmeras vias né vereador Roque e isso é louvável porque se nós aguardarmos para o poder público somente para o Estado somente e para a federação somente isso tende a demorar mais do que a gente precisa. A gente precisa de imediatismo nesse momento. Então além disso né quero também falar referente a fake news; inexistem inúmeras notícias falsas circulando, sabemos que existe a indústria da invenção, a indústria também do pix falso né isso a gente eu quero também alertar. Sabemos que hoje tem PIX para todo o mundo para todas as camadas para todos os locais para todas as famílias que foram afetadas. Então cidadão nós devemos checar literalmente se o PIX é real se ele vai contemplar literalmente aquela família que está ou foi acometida por algum evento da natureza. E além disso comunicar nós precisamos comunicar melhor. e essas questões que nós percebemos hoje né de invenções de assaltos até ou realidade em si de pessoas na grande Porto Alegre assaltando literalmente, assaltando ou tentando ou tentando roubar um jet-ski ou tentando saquear uma loja né então a nossa sociedade precisa ser mais humana esta é a grande verdade né porque estamos passando por dias difíceis e só conseguiremos avançar se nós nos dermos as mãos. Hoje não há lado B Lado C lado A hoje existe um lado único um lado de reconstrução. Então obrigado senhor presidente. Que nós possamos, só para concluir senhor presidente, que nós possamos passar desta sei que com muitas dificuldades muitas famílias perderam vidas, mas nós conseguimos unir forças para diminuir esses impactos que acometeram todo o nosso Rio Grande. Obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Jorge Cenci. E a palavra está com o vereador Roque Severgnini.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Para ficar no mesmo tempo no mesmo tema da questão do temporal da questão dessa catástrofe que acometeu o Rio Grande do Sul e também Farroupilha nós precisamos pontuar algumas questões que eu acho que são importantes para que a gente possa fazer uma reflexão das ações que nós fizemos hoje e como elas podem repercutir ali na frente. Imaginemos que nós ainda tivéssemos com a CEEE aqui em Farroupilha como teve no litoral recentemente tem a CEEE Equatorial que veio da antiga CEEE e que ficou lá meses sem energia elétrica recentemente ainda que ela tenha sido concedida. Nós aqui temos a RGE. A RGE vem da antiga CEEE e mesmo assim nós temos muitos agricultores o vereador Maurício inclusive citou aqui, mas nós temos agricultores de Santo Antônio, da Linha República, de São José lá da Linha República, da grande Linha Jacinto, da Jansen e tantos outros locais do nosso interior que estão a oito dias sem energia elétrica; mas a gente ainda tem uma expectativa porque a RGE tem uma boa estrutura. Nós fizemos um grande debate aqui chamando a RGE na responsabilidade e inclusive com os agricultores, mas a gente tem notado que há uma luz no fim do túnel para a solução dos problemas. Mas eu vi, por exemplo, agricultores erguendo postes com o seu maquinário, botando poste de pé e arrumando as estradas para que a RGE fosse lá ligar a luz, fazer a ligação. Então eu quero aqui cobrar de forma fraterna, mas cobrar, nós pagamos por isso e o serviço público precisa ser fornecido de forma contínua. Imagina os agricultores sem luz 8 dias quanto prejuízo tiveram fria cheia de pêssego, cheia de frutas, de pitaia e de outros se vai e de kiwi. Então nós precisamos sempre ficar cobrando, mas também reconhecer. Uma outra situação, até o vereador Juliano comentava aqui, imaginemos que não tivesse sido concedido as rodovias imagina o Estado liberando as pistas. Esquece, nós íamos ficar aqui 3 anos esperando. Recentemente caiu uma pedra aqui embaixo na em São Vendelino para quem vai para São Vendelino nós ficamos três meses quase sem poder passar. Então a concessão dos serviços públicos quando é feita de forma criteriosa e com boa fiscalização ela dá resultados e esses resultados nós podemos perceber água também, podemos perceber agora também. Eu quero cumprimentar aqui o Ivanir Verona, que é um profissional engenheiro acima de tudo, e que nós estávamos debatendo até alguns assuntos da necessidade de fazer um grande diagnóstico no nosso interior. De diagnosticar os pontos que oferecem maior risco né de deslizamento em estradas em açudes em propriedades; fazer um estudo disso e isso tem que ter verba e tem que ter planejamento público com profissionais, com engenheiros, com pessoas da área da geologia, da hidrologia, da biologia, sabe, nós precisamos ter agrônomos, precisamos ter essas pessoas que possam fazer uma sondagem das nossas propriedades rurais. E quando eu falo que o secretário da agricultura ou melhor que a secretaria de agricultura não tem que ser uma secretaria para patrolar estrada, isso tem que ser infraestrutura; a secretaria de agricultura tem que ser uma ferramenta capaz de diagnosticar riscos, soluções e elementos que possam melhorar a qualidade de vida do agricultor e possa trazer lucro para a propriedade do agricultor porque o agricultor ele realmente é muito sacrificado constantemente porque ele depende, o agricultor depende do clima o clima faz o preço inclusive do produto. Agora estamos recebendo também informações de agricultores que sua propriedade a sua terra está tendo rachadura e que ela tá colapsando está deslizando; a água foi ensopando aquela propriedade e aquilo foi criando peso e tá se rachando e a propriedade está ficando inutilizável. Então isso aí é uma preocupação que nós temos que ter com o nosso agricultor; não há nada que venha para o nosso alimento que não venha da agricultura; seja de onde for nós dependemos da agricultura. Era isso senhor presidente, Muito obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Roque Severgnini. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador PC.
VER. VALMOR DOS SANTOS: De novo boa noite gente pela segunda vez. Só para registrar aqui vereador Roque com todo respeito que eu tenho pelo senhor e admiração eu sei como se trata um vereador e eu sei os deveres e os as capacidades de um vereador; então se é um fake isso ou não importante que a gente falou e tem que ser disseminado isso aí. Porque assim fake acontece com todo mundo inclusive eu tive a sorte que eu não depositei dinheiro nesse fake né porque teve uns que depositaram e são vereadores também né. Então acho que nós temos que ser coerente nessa hora e não levar para o lado pessoal. Nós ver o que tá certo tá errado. Se é fake ou não vamos descobrir o que é. Se for verdadeiro vamos levar agora falar que não pode, que um cara não pode falar, um vereador não pode se posicionar seja fake ou não aconteceu aí do seu lado aí; botaram até dinheiro, depositaram dinheiro, compraram peixe que não existia, nem rio tinha onde é que venderam os peixe. E daí vamos fazer o quê? Acho que nós não podemos se pregar muito nessa coisa política nessa coisa de estar levando para o lado pessoal porque nós vamos estragar uma coisa boa que tá acontecendo agora que é a solidariedade do pessoal de Farroupilha que estão se ajudando, e é para isso que nós estamos aqui. Se é fake e o que eu falei é fake beleza, vamos decidir se for preciso eu peço desculpa peço perdão para todo mundo aí porque não tem o que fazer né. Se que o bom é tu errar e reconhecer que tu errou e voltar atrás e isso eu sempre tive isso aí comigo; se eu dei a minha palavra eu posso perder eu posso ganhar, mas eu dei ela. Então só para deixar claro deixar claro isso aí que não adianta nós querer jogar a culpa agora nas costas do poder público que a luz não veio. Eu conheço os produtores que tem oito dias sem luz que estão, inclusive um me ligou hoje, e diz que o gerador dele não tá nem querendo funcionar mais para poder abastecer. então não adianta né cara nós temos que ser parcial nós temos que aqui que ser e nós representamos um público que nem o senhor falou, mas temos que representar bem e dentro das quatro linhas. Muito obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador PC. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Espaço de liderança vereador Juliano Baumgarten.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Na verdade acho que o erro ele faz parte do ser humano. E aí eu ouvi algumas indiretas algumas diretas e eu fui vítima de um processo e eu arquei financeiramente e emocionalmente, e querem fazer piadinha façam o quanto quiserem eu não tenho problema tô bem tô bem tranquilo com a minha consciência e com espírito, com as pessoas e com a comunidade; e inclusive no ímpeto da transparência do meu mandato que é isso tem números, tem dados, quanto buscamos, quanto não buscamos, o que fizemos, o que não fizemos então isso me abona e eu tô muito tranquilo. Eu durmo com a consciência. eu paguei o pato e paguei os peixes, paguei com salário, mas não recebi dinheiro de propina de patrola; não fui envolvido no esquema de corrupção dentro do gabinete. Mãos limpas, jamais passou mão de corrupção de desvio, mas isso é bonito isso o silêncio continua ensurdecedor né. Tudo tranquilo podem fazer piadinhas o quanto quiser que eu tô muito tranquilo. Muito tranquilo porque nós fizemos a nossa parte todos os dias e eu não vou vir aqui dizer os quantos que eu atendi ou deixei de atendi, o que eu fiz ou não fiz porque não preciso. Eu fiz porque estava no meu dever como legislador como parlamentar como uma pessoa que busca fiz isso. Então se alguém atender o telefone ou fez não pense que é um favor é obrigação né, ou o pessoal tá aqui em colônia de férias no poder legislativo. Mas a gente precisa seguir o debate, um debate forte porque eu também não tô envolvido em escândalo de agressões físicas a mulher ou coisas do gênero então tô com minha consciência leve, leve, durmo tranquilo. Mas vamos seguir o nosso debate aqui que eu acho importante. Boa parte do que a gente está vendo a gente tem que refletir e eu concordo contigo Jorge quando tu fala que o ser humano precisa melhorar. O ser humano troca de roubar um barco para furtar objeto das pessoas que saíram das suas casas porque eu escolhia ou morrer afogado ou sair. O ser humano precisa evoluir e a gente viu muitos problemas básicos como não ter a capacidade de jogar o lixo no lixo, com a capacidade de querer dar golpe modificando vídeos/imagens para tirar né pastor Davi como aconteceu hoje de tarde nós falávamos, o senhor fez uma campanha belíssima junto à sua igreja acolheu os caingangues fez uma onda de solidariedade, mas algum canalha fez o quê? Agiu da má-fé, agiu do banditismo, em vez de levar esperança e ajudar para que para pensar para o seu bolso. Então a gente nesse momento a gente tem que fazer alguns debates. Eu esperava que com a pandemia as pessoas iriam evoluir, mas não evoluiu piorou. Eu esperava que agora o que aconteceu em setembro e novembro ia melhorar. Não. Eu acompanhava na imprensa um voluntário que trabalhava, acho que era Mussum ou Roca Sales, e ele disse sim ‘pessoal quem quiser ajudar vir limpar quem quiser ajudar vem trazer alimentos, mas não venham aqui passear de carro que ainda passeia de carro, vidro fechado, o ar condicionado ligado tomando chimarrão e comendo pipoca enquanto a cidade está desmoronando. Nós estamos vivendo turistas do caos. Isso está acontecendo no Rio Grande do Sul nós não estamos falando de São Paulo/de Rio de Janeiro está acontecendo aqui. Então quero também me somar a todos os voluntários seja os que estão em Farroupilha, Caxias, Bento que não estão olhando a cor, não tão olhando a religião, não estão olhando o partido porque não é a hora de olhar isso. Então eu também falava aqui com o vereador Amarante vereador Roque vamos eu mandei uma mensagem para a secretária de assistência social e amanhã nós vamos fazer uma visita ver como é que tá o processo, nós também queremos saber se tem um mapeamento das pessoas que aqui em Farroupilha foram afetadas e o que que elas estão nesse momento precisando de ajuda além de acesso a seus locais, acesso para conseguir entrar para recolher algumas coisas. Então a gente vai fazer isso dentro do que a gente pode sem alarmar, sem discutir, para tentar o quê? Ajudar. Então obrigado senhor presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Juliano Baumgarten. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Sandro Trevisan.
VER. SANDRO TREVISAN: Obrigado presidente. Senhores vereadores, eu acho que sim eu vejo que muitas pessoas nessa tragédia acabaram perdendo suas vidas e isso é irreversível é o que a gente tem de pior. Triste, muito triste as pessoas recomeçaram suas casas perderem tudo que tem, esse é um processo extremamente doloroso, mas as vidas não tem como recuperar; a perda de uma vida é algo irreparável. E eu vejo também que inúmeras cidades do nosso município simplesmente sucumbiram foram praticamente varridas do mapa, e, desculpa, cidades do nosso Estado, e além disso essas cidades elas têm uma perspectiva cruel aonde uma quantidade significativa das pessoas simplesmente vão sair; alguns viveram lá sua vida inteira e não tem mais coragem de continuar. É triste ver que além de tudo isso essas cidades praticamente desaparecerão. Quantas histórias quantas pessoas que simplesmente abandonam de um dia pro outro. Essas margens de rio elas foram eu lembro que falei aqui, em setembro acho que foi, e que eu disse a água provavelmente isso é uma questão probabilística não descarto de repente a ideia sim de fatores climáticos como aquecimento global, de forma alguma eu quero contestar essa possibilidade que é uma possibilidade existente, é sim existente essa possibilidade, mas é uma questão também totalmente probabilística onde algo pode acontecer hoje e pode acontecer de novo. A probabilidade daquela enchente era algo deca milenar, ou seja, ela acontece teoricamente a cada 10 anos segundo a probabilidade então pode acontecer no mês seguinte ou pode demorar 20 mil anos para acontecer, mas ela pensando em cálculos ela pode sim acontecer como aconteceu de novo. Então são ‘n’ fatores complicados. Mas o que se tem de certo é que certas regiões são extremamente perigosas isso se não se repete em um ano em 2 em 3 em 4 em 5 essas pessoas elas voltam a ocupar isso porque elas não têm o registro recente do problema do perigo que é residir nesses lugares. Então sim todos os órgãos públicos precisam pensar em estratégias nesse sentido. O Ivanir também tinha comentado comigo a respeito desse plano de planejamento e acho que agora então ele fica provado dessa necessidade né, o Roque também fez esse comentário agora, de ser analisado que tipo de solo ou qual a inclinação, qual é o suporte base deles e fazer um estudo porque as vidas elas não tem um dinheiro que recupere uma vida humana e Precisa sim ser a gente viu eu não se me Contasse desse possível cenário existiria aqui e precisa sim ser. A gente viu se me contasse desse possível cenário que ele existiria aqui na Serra Gaúcha eu jamais acreditaria a quantidade de deslizamentos de terra e algumas encostas com quatro, cinco, seis, sete deslizamentos; deslizamento extrema potenciais capaz de levar casas, pessoas, caros, caminhões, soterrar o que encontra na frente. Às vezes durante a chuva e até em alguns momentos a gente ficava ‘poxa essa chuva e não sei o quê’ e volta e meia aqui também a gente fica às vezes até atritando com assuntos que oh sério gente imaginem quem está lá vendo sua casa sendo soterrada ou ficou soterrado. Eu acho que nós estamos assim ó nós temos que levantar as mãos para o céu e dizer Graças a Deus que nós estamos muito bem. E infelizmente isso não aconteceu para todas as pessoas. Mas precisamos pensar em estratégias porque tem que ser analisado sim e isso, isso é muito o Japão teve tsunami que levaram uma quantidade absurda de pessoas; logo em seguida em logo em função logo depois em função do seu planejamento e da sua dedicação para que essas mudanças ocorressem um novo terremoto de magnitude até maior do que aquele que tinha dado anteriormente quase num prazo aí de praticamente 20 anos, duas décadas né, eles tiveram um novo tsunami e o fator que acabou ocasionando uma quantidade absurda de mortes já não foi o problema. Então obrigado senhor presidente. Eu acho que sim é pertinente sim uma análise detalhada porque vidas são vidas. Obrigado presidente.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Sandro Trevisan. Passo a palavra ao vereador Calebe Coelho.
VICE-PRES. CALEBE COELHO: Vamos então ouvir o vereador Davi, o que ele tem a dizer.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Mais uma vez boa noite senhores, as pessoas que ainda nos acompanham aqui e online, todos que estão nessa Casa. Eu quero também continuar essa fala desta semana dos acontecimentos em que nós estamos vivenciando e dizer que a nós como comunidade evangélica e nesse momento eu acredito que cada uma precisa se apegar a sua fé dentro daquilo que acredita e a igreja em que o pastoreio acolheu uma comunidade indígena nessa semana. E dizer que ali ficamos alguns dias trabalhando, tive a visita de uma da vereadora Clarice que esteve ali levando suas doações, vereador Juliano também levou ali suas doações, outras pessoas suas ajudaram, muitos voluntários. E dizer que nesse momento eu acredito que nós vereadores precisamos fazer aquilo que nós podemos, aquilo que nós alcançamos; o médico ajuda com a medicina, o pastor ajuda com o acolhimento com orações, nesse momento é importante nós prezar pela saúde mental, é importante cada um fazer aquilo que pode porque as pessoas estão necessitadas. E eu acredito que cada um dos farroupilhenses que não teve a sua vida ceifada ou a sua casa destruída tem algum conhecido né que perdeu ou alguém ou que está enfrentando uma situação difícil. A noite de domingo se não me falha a memória um próximo a mim estava com a família em Porto Alegre ou Canoas em cima de uma laje, 10 pessoas esperando para ser para socorrido, então de alguma maneira nós temos os vínculos aqui com as pessoas. E eu quero dizer para vocês que concordo com a fala do Roque Severgnini: o que a mão esquerda ela faz a direita não precisa saber. Mas é importante que a gente mostre alguma coisa para que as pessoas não venham ser surpreendidas neste momento por golpes como a gente acabou de ouvir os nobres vereadores falando, e qual incita a minha fala e o Vereador Juliano lembrou desse fato uma pessoa né vendo as postagens da igreja ao qual pastoreio pegou a imagem a dissertação e colocou lá o seu PIX para que as pessoas pudessem fazer um PIX para ele. Então nós vamos ter tudo nesse momento. E eu tenho o mesmo pensamento que os demais vereadores aqui a gente precisa se tornar pessoas melhores, nós precisamos nos tornar pessoas melhores, nós precisamos sobre tudo valorizar a vida e pensar do nosso próximo como em nós mesmos. Precisamos melhorar. A pandemia como disse aqui o nobre vereador veio nós aprendemos um pouco, veio outra vieram outras catástrofes como essa e me parece que nós vamos precisar vivenciar algumas coisas mais para aprender um pouco mais ainda. Então eu penso assim eu preciso começar por mim mesmo, eu Davi Almeida tirando qualquer título de pastor ou vereador eu preciso melhorar, preciso começar na minha casa, preciso começar na minha família e preciso começar com meus filhos. Nós estamos vivenciando famílias que estão debaixo do mesmo teto vivendo uma vida separada, vivendo um isolamento dos seus filhos; a internet que deveria agregar ou aproximar e trazer informações verdadeiras acaba sendo um mecanismo de disseminação de mentiras, em separação das casas. Voltar a ter comunhão entre os casais, voltar a ter comunhão entre as famílias, voltar sobre tudo a perdoar. E eu não quero fazer um discurso aqui apelativo ou emocionante, não é isso, eu só quero dizer que nós precisamos melhorar como pessoas, melhorar o nosso trabalho em unidade para que as pessoas ou a comunidade possam desfrutar de uma boa administração, de uma boa gestão e que a gente volte a confiar nos nossos governantes; sobre tudo trabalhar com planejamento estratégico porque daqui a pouco setembro já está aí e o que nós iremos fazer. Chuvas virão e o que nós iremos fazer. Então senhor presidente eu deixo aqui esse recado a toda a comunidade e quero dizer e encerrar nós precisamos melhorar como pessoas. Muito obrigado.
VICE-PRES. CALEBE COELHO: Obrigado pastor Davi. Por gentileza, o senhor reassuma então a sua presidência.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Calebe Coelho. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereadora Eleonora Broilo.
VER. ELEONORA BROILO: Eu só queria me somar a sua fala presidente Davi André de Almeida. Porque antes de ser vereador e/ou presidente o senhor é humano. Então eu queria me somar a sua fala e dizer que sim nós precisamos melhorar, nós temos que começar por nós mesmos. Nós. O senhor disse que nós temos que aprender a perdoar, mais do que isso nós temos que aprender a amar não só os amigos e a família, mas tentar, tentar amar os inimigos. Eu acho que nós temos que aprender a nos respeitar, nos respeitar, nos respeitar como colegas nos respeitar como pessoas, nos temos que aprender. Nós não podemos deixar que a ânsia do momento nos deixa proferir palavras que magoarão os outros. Sim, o senhor tem toda razão, vamos começar esse processo de dentro de nós dentro da nossa casa, dentro da nossa vida; estender ao próximo não importa quem, mas estender ao próximo. E é muito importante que as pessoas pensem como o senhor. Obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereadora Eleonora Broilo. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Com a palavra o vereador Gilberto do Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Pastor Davi, eu também a tua fala foi muito boa essa noite eu acho que foi de uma forma para nos trazer alguns alívios do que nós estamos vivendo nesse momento. Quero dizer que sim todos nós temos que mudar, nós temos que procurar às vezes de como não magoar o outro também não achar que nós somente somos magoados, só nós somos ofendidos ou só nós recebemos às vezes a chamada do mal-educado. Todos nós, todos nós, cada um se colocar não no lado do outro, não ser/querer ser igual o outro, não, nós temos que procurar entender o outro para nós ser diferente. Nós temos que ser diferente, todos nós. E agora é o momento da gente tornar-se diferente, aliar todos os lados, buscar a solução do que estamos vivendo, buscar entender aquelas pessoas que cada um tem a sua forma de sentir. Por exemplo, como eu disse quando tu vê a água que está chegando na tua casa e tu olha só vê água como ficou esta pessoa também né. Essa pessoa que de repente continua conosco nesse mundo e eu tenho certeza que ela vai reconstruir o que ela perdeu porque é assim, é de nós seres humanos. Às vezes no momento de maiores tristezas de maiores a gente também aprende com isso, a gente conhece outras pessoas e isso faz de nós muitas vezes mais conhecedor inclusive mais solidário com tudo com o que a gente vê com o que a gente vice. E tenho certeza que nesta caminhada da qual temos que nos reconstruir todos nós, todos os municípios, todos os Executivos, todos os legislativos, tem que reconstruir o nosso Estado que está destruído independente da do partido ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Não importa. Eu até vejo alguns eu tenho que falar PC das fake News sei que tu não foi intencional a tua fala aqui, mas teve um político da nossa região que também não foi intencional, mas ele falou uma situação que a barragem do Burati ia romper. E eu tinha ouvido isso poucos minutos antes na nossa emissora local que a CORSAN tinha passado a informação que a barragem São Miguel sim, que os mesmos técnicos que verificaram a barragem de São Miguel verificaram também a barragem do Burati e tinha pessoas que tinham família lá e estavam ilhado não tinha como sair e ficaram completamente desesperado ligando para todos que conheciam. Então isso logo foi desmentido. Teve uma outra fake News que rodou o Estado inteiro com muitos ‘likes’: a questão da Rota do Sol que foi totalmente dizimada logo depois dos túneis. Isso é fake News e deu milhares de curtimento e ‘like’. Então essa coisa da desinformação. Mas tem pessoas que lucram com isso, infelizmente tem pessoas que lucram com seus ‘likes’ com suas promoções, eles conseguem se promover. Tem um político muito conhecido nosso, que é o deputado Cherini, que ele sempre vem aqui na nossa, nosso espaço né nos representa senta lá com a atual presidente agora sabe, vai lá e senta, e esses deputados todos não podem ali na frente tecer crítica dizer: olha não aconteceu isso não aconteceu aquilo ou aconteceu aquilo ou aquele outro de errado. Eles têm que agora é a hora da decisão, todos se unam e vão lá e cobrem porque eu vejo alguns deputados só apontar o dedo ‘ah porque é esquerda’. Não importa. Teve deputados, por exemplo, o próprio deputado Cherini ele mitou no PDT 24 anos ele foi sindicalista aprendeu a política e agora por uma questão às vezes não vou dizer que de promoção pessoal, mas o povo pensa um pouco diferente aí ele mudou de lado; não é questão de mudar de lado, nesse momento nós temos que estar num lado só todos nossos representantes federais, que neste momento me parece que eles estão ali no cantinho escutando ver o que vai acontecer para depois então eles se manifestar. Não, a hora de se manifestar e interagir é agora, agora que precisa tomar as decisões.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Gilberto do Amarante. Com a palavra o vereador Maurício Bellaver no espaço de liderança.
VER. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado presidente. Já que nós estamos no embalo de falando de fake, de vídeo, essas coisas aqui né. Tem um conhecido meu, agora mesmo eu estava mostrando para o Thiago aqui, lá de São Paulo, ele botou aqui ele me mandou mensagem no vídeo do ano passado em setembro lá de que deu a enchente e foi uma mulher que fez um vídeo fake. Ele botou dá uma força aí que lixo de mulher né e ele botou ele postaram no vídeo fake. E ele tá mandando aqui que diz a outra aqui embaixo ‘daqui da minha igreja saiu duas caretas de água, mantimentos, remédios, roupas, colchão, cobertores, e quinta sai mais duas caretas lá de São Paulo e Valinhos’. Mas um vídeo fake podia estragar tudo né. Vê como é que pode. E aqui ele fala ainda: também foi quatro amigos médicos, dois clínicos gerais e duas pediatras que venham para cá. desculpa para não eu não poder aí ajudar. o que que eu digo nós estamos falando de fake, fake, essas coisas aí; lá em São Paulo podia estragar um monte de mantimento que podia vir para cá e mais médico que estão vindo. Então eu acho que devia ter uma punição para esses tal de fake e essas coisas aí. Deve ter né? Não tem lei? Mas a lei de Deus a lei de Deus vai acertar lá em cima quando atrapalha. Então obrigado a quem tá ajudando de fora do nosso Estado e que continue aí; Obrigado.
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado vereador Maurício Bellaver. E a palavra está à disposição dos senhores vereadores. Está encerrado o espaço do pequeno expediente. Espaço do presidente por até 5 minutos.
ESPAÇO DO PRESIDENTE
PRES. DAVI DE ALMEIDA: Nobres vereadores, quero falar para vocês que a Câmara Municipal de Vereadores ela se torna um lugar de arrecadação e nós depois de arrecadar aqui levaremos aos locais no município aonde estão sendo juntados as doações para serem levados aos lugares ou as pessoas que necessitam no nosso município. Então diariamente nós vamos atualizar as bancadas o que está sendo necessitado; hoje são materiais de limpeza, vassouras, luvas e tantas coisas e nós vamos centralizar aqui é para ser mais um ponto né e depois nós vamos direcionar. Também quero dizer para vocês que fui convidado pela primeira-dama como presidente desta Casa para fazer parte de um grupo das doações né. Então não faço parte de nenhum grupo de crise faço parte de um grupo de doações para a gente poder atualizar as informações né. Acredito que nenhum dos vereadores foram convidados para fazer parte de algum grupo de crise como este presidente. Quero também lembrar ao todos os vereadores e em especial ao nobre vereador Juliano que nesta noite apresentou uma imagem de uma emissora local aqui que nós no artigo 88 inciso II alínea ‘d’ fica claro no nosso regimento que ficam vedados a reprodução total ou parcial de manifestações feitas originalmente por qualquer cidadão ou autoridade nos meios de comunicação. Na no momento em que foi colocado logo pedi para que fosse retirado, mas não impedi a manifestação do vereador e assim farei a condução dos trabalhos nesta Casa sempre alertando todos os vereadores. Sem mais então encerro aqui a fala nessa noite e quero assim com a concordância de todos os vereadores que a gente possa fazer aqui e encerrar esta noite aonde muitas pessoas estão enlutadas – me lembro de uma vez quando presidiu esta Casa o nobre vereador Maurício me pediu para que fizéssemos uma oração pela nossa cidade, por nós todos e pelo nosso Rio Grande do Sul – queria convidar a todos que a gente pudesse juntos fazer aqui uma oração a qual Jesus Cristo nos deixou que é a oração do Pai Nosso; que a gente pudesse então todos de pé encerrar esta sessão ordinária orando então. (ORAÇÃO) Nada mais a ser tratado nesta noite declaro encerrados os trabalhos desta sessão ordinária. Uma boa noite a todos.
Davi André de Almeida
vereador presidente
Felipe Maioli
vereador 1º secretário
OBS: Gravação, digitação e revisão de atas: Assessoria Legislativa e Apoio Administrativo.