Ata 4270 – 03/04/2023
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: Sr. Maurício Bellaver.
Às 18h o senhor presidente vereador Mauricio Bellaver assume a direção dos trabalhos. Presentes os seguintes vereadores: Calebe Coelho, Clarice Baú, Cleonir Roque Severgnini, Davi André de Almeida, Eleonora Peters Broilo, Felipe Maioli, Gilberto do Amarante, Juliano Luiz Baumgarten, Marcelo Cislaghi Broilo, Sandro Trevisan, Tadeu Salib dos Santos, Thiago Pintos Brunet, Tiago Diord Ilha e Volnei Arsego.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Boa noite a todos. Declaro aberto os trabalhos da presente sessão ordinária. Dada a verificação do quórum, informo a presença de 14 vereadores nesta sessão do grande e pequeno expediente do dia 3 de abril de 2023; ausente o vereador Thiago Brunet. Em aprovação as atas nº 4.264 de 13/03/2023 e nº 4.265 de 14/03/2023. Os vereadores que estiverem de acordo permaneçam como estão. Só um lembrete: a sessão já começou. Solicito ao vereador Calebe Coelho, 1º secretário, para que faça a leitura do expediente da secretaria.
EXPEDIENTE
1º SEC. CALEBE COELHO: Expediente de 03 de abril de 2023. Ofícios – SMGG (Secretaria Municipal de Gestão e Governo): nº 74/2023 assunto: Resposta ao Pedido de Informação nº 18/2023; nº 75/2023 assunto: Resposta ao Pedido de Informação nº 19/2023. Pedidos de Informação de autoria do Vereador Juliano Baumgarten: nº 31/2023 – solicita informações a respeito de fiscalização de posturas (Código de Posturas); nº 32/2023 – solicita informações a respeito da fiscalização de trânsito. Pedidos de Providência de autoria do vereador Juliano Baumgarten: nº 45/2023 – assunto: implantação de semáforo três tempos na Rua Pedro Grendene defronte ao Clube 1º de Maio; nº 48/2023 – assunto: estudo para regular o tempo do semáforo do entroncamento da Av. Santa Rita com a Rua Júlio de Castilhos; nº 49/2023 – assunto: notificação de limpeza de terreno. Pedidos de Providência de autoria do vereador Calebe Coelho: nº 46/2023 – assunto: implantação de semáforo e ‘guardrail’ na esquina da Rua Pedro Antonello com a Rua Wilson Tartarotti, no Bairro 1º de Maio; nº 47/2023 – assunto: limpeza e roçada da quadra localizada na Rua Dante Malinverno no Bairro América. Indicações de autoria do vereador Juliano Baumgarten: nº 13/2023 assunto: Institui o Programa de Qualificação Profissional – QualiFar; nº 14/2023 assunto: Institui o Programa “Esporte Sem Limites”. Era isso, senhor presidente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, 1º secretário. Convidamos para fazer parte da mesa o padre Gilmar Paulo Marchesini, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, para explanar sobre a Campanha da Fraternidade/2023 pelo tempo de até 30 minutos.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Olá, pessoal. Primeiramente eu quero saudar a todos, uma alegria estar aqui nessa noite/nessa tarde conversando com vocês. Eu confesso que quando me fizeram o convite eu dei uma tremida nas pernas como é normal e pensei se eu deveria vir ou não, porque na Câmara de Vereadores né, mas ao mesmo tempo me deu inspiração que era um gesto bom para conhecer os vereadores, a presidência, enfim, o grupo todo de vocês que trabalha aqui e assim a gente criar um relacionamento bom positivo, um relacionamento iluminador também para nós. Então como eu sou habituado a um outro púlpito né, não estou habituado a esse, eu saúdo ao presidente da Câmara, em nome dele eu saúdo aos vereadores/as vereadoras, a todos os serviços, quero saudar também àqueles que são de outras denominações religiosas, enfim, aqui nós criamos comunhão de ideias, comunhão de sonhos, comunhão de esperança e o mais importante é que a gente consiga fazer o que há de melhor para as pessoas. Foi me pedido para falar um pouquinho sobre a questão da Campanha da Fraternidade; então gostaria sim de dizer que a igreja promove já há 59 anos a Campanha da Fraternidade e a cada ano ela traz um tema, um tema para provocar, para ajudar as pessoas a estudarem, a se sentirem indignadas diante de uma determinada situação. E a Campanha da Fraternidade eu quero dizer para vocês que foi uma das coisas mais bonitas que aconteceu na igreja, porque ela ajudou aos padres, bispos, religiosos a se mexerem fora, encontrarem soluções, a estudarem as problemáticas que fazem parte da nossa vida social, comunitária, pessoal, a encontrar soluções, a pensar possibilidades, inclusive a colocar em prática muitas questões pelo Brasil afora. Eu posso dizer para vocês que quando eu morava na Itália nós tínhamos lá o tempo de quaresma, mas era bonito as reflexões, tudo, mas faltava alguma coisa que era a Campanha da Fraternidade, que era direcionar a igreja como um todo para um determinado ponto. E eu aproveito para dizer assim que eu estive na Amazônia ali pelo ano de 2005/2006 e lá na Amazônia até estava me preparando para ir trabalhar lá, mas depois eu vi que a minha saúde não comportava muito; e foi uma coisa muito engraçada fui lá a gente andar pelos rios e aquelas igrejinhas e a gente via o cartaz da Campanha da Fraternidade nas missas/nas celebrações e aí então eu fui entendendo o que significa a Campanha da Fraternidade espalhada pelo Brasil inteiro, em todos rincões, paróquias, comunidades e assim por diante. Por exemplo, este ano que é o tema da fome, eu posso garantir para vocês, caros vereadores, que em nenhum lugar do mundo, posso garantir, nenhum lugar do mundo se falou tanto sobre o problema da fome como aqui no Brasil motivado pela Campanha da Fraternidade. Quando é o tema da água, do saneamento básico, a questão das mulheres, da negritude, de outras questões, de ecologia, nós tivemos muitos temas relacionados à ecologia, à terra. Quando acontece a Campanha da Fraternidade com certeza aqui na face da terra é aqui no Brasil o tema que mais mobiliza rádio, questões digitais, as questões de revistas, de jornais e assim por diante. Eu também gostaria um pouco de trazer alguns fatos que aconteceram comigo assim porque aqui é um bate-papo né eu não quero também imaginar de dar a última palavra, porque é um tema bem complexo e aqui quando eu falar a palavra complexo, complexidade, eu quero ir na raiz da palavra para não subentender; a palavra complexidade vem da palavra ‘complexus’ que significa tecido, ou seja, o tema da fome ele é complexo, porque ele se interliga a todos os problemas e dilemas que nós vivemos, isto é, ao econômico, social, cultural, religioso, político, enfim, ele acaba se entrelaçando com todas as dimensões humanas que nós temos sejam elas humanas e sociais. Então, por exemplo, por isso que eu não quero dar a última palavra, porque ele é um tema que abrange muitas questões e, sobretudo, na nossa história que nós vivemos no Brasil. E eu recordo que em 1975 foi o primeiro impacto que eu tive sobre a questão da fome quando de repente alguns de vocês mais velhinhos, lembra do padre Nero, ele foi rezar a missa lá em Nova Roma do Sul, ele é aqui dos pobres servos, e ele falou na missa, 1975 era o tema ‘pão para todos’, e ele falou eu já tive um impacto emocional sobre essa questão da fome. Depois eu recordo um professor quando estudava o 2º grau em Ana Rech no curso de auxiliar de fruticultura e ele também fez uma estatística para nós que eu recordo até hoje o impacto emocional que eu tive quando ele colocou uma estatística dizendo assim: que se nós tivéssemos que dar comida para todas as pessoas a rigor, nós teríamos comida somente para seis dias. Vereadores e vereadoras imaginaram se essa estatística né nós tivéssemos que fazer isso e nós aqui, seis dias, no sétimo dia não teríamos comida o que significa isso. Eu também trabalhei lá em Santo André na diocese de Santo André, cidade de Mauá, em 93 e naquele ano se vocês recordam foi lançado naquela época era o Presidente Itamar Franco, foi lançado pelo Betinho né, o Herbert de Souza, a campanha ‘fome zero’ naquela época e nós organizamos lá na cidade, era uma cidade como Caxias do Sul mais ou menos, a nossa paróquia tinha 110 mil habitantes e na cidade tínhamos 30 mil pessoas desempregadas, e nós organizamos essas questões relacionadas a fome, mas quando eu subi aquelas montanhas lá de Mauá teve algumas famílias que eu pessoalmente fui dar assistência e uma delas eu fui numa semana e depois lá de uns dias eu fui e eu tenho até hoje essa imagem gravada em mim, porque eles acabaram a comida e as crianças estavam tomando o azeite que tinha sobrado assim como se fosse tomar uma Coca-Cola ou uma água; lembra daquelas latinhas de azeite de ferro né os mais velhos lembram. Então aquilo para mim é uma imagem que está marcada até hoje no sentido de lembrar o compromisso que a gente tem que ter diante das pessoas, das crianças, das realidades pelas quais nós precisamos nos importar, porque eu acredito que aqui nós não precisamos é um tema que nós falamos para os outros, dos outros, mas é isso que é importante né quem é cidadão, quem é relacionado às questões da vida sempre se importa com a vida dos outros também, porque nós falamos de Jesus né que disse: “eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Recentemente também eu trabalhei numa paróquia, que é uma paróquia boa assim como a nossa aqui do Sagrado Coração de Jesus, no entanto tem um grupo muito grande que não aparecia e apareceu quer dizer não aparecia, mas a gente foi organizando e através da Cáritas Cristo Rei onde eu trabalhava nós atendíamos basicamente 300 famílias numa paróquia rica, considerada de bem-estar. E era uma paróquia que também aparecia tudo bem, mas, no entanto, nós tínhamos lá muitas famílias com uma grande necessidade, sendo que dessas 300 famílias a gente organizou com assistência de pessoas preparadas, pessoas ligadas a Pastoral da Criança e por isso é prioridade era com a Pastoral da Criança. Então foi um trabalho que a mim me fez bem poder trabalhar essas questões relacionadas à questão da fome e à segurança nutricional das pessoas. E só aproveito aqui que estou na Câmara de Vereadores né nós tivemos no último sábado também um gesto concreto aqui na frente da Igreja Sagrado Coração de Jesus que foi promovido pela paróquia, pelo Colégio Nossa Senhora de Lourdes, pelos nossos movimentos Cursilho, EJA, ECC e Emaus que também recolheram mais ou menos 2 mil toneladas por aquilo que me passaram. Eu não pude acompanhar todo o tempo, mas eu estive na organização, no envolvimento anterior para o grupo. E a gente diz assim: será que isso resolve o problema? A gente sabe que não, mas é um gesto iluminador, é um gesto que provoca, é um gesto que desperta. E nós precisamos nos habituar a criar, ao contrário do que a mentalidade do mundo apresenta, sonhos de amor, de partilha, de solidariedade, de preocupação, de cuidado, pelos outros, porque afinal de contas é isso que importa na vida da gente. Um dia tudo passa disse São Paulo, mas o amor é que vai permanecer para sempre. Sobre a Campanha da Fraternidade este livro que vocês veem que é grandinho né eu trouxe aqui também uma resenha de uma palestra que eu fiz, mas nessa tinha duas horas para falar então era mais fácil eu vou deixar umas cópias até para quem se interessar aqui da Mesa. E aqui eu vou só rapidamente apresentar alguns textos, algumas ideias gerais, porque o texto ele é dividido em ver, julgar e agir. É o método que nós usamos na igreja; ver a realidade, julgar a partir da palavra e ações concretas que nós podemos fazer. E essa questão da fome ela é relacionada às políticas públicas e eu aqui gosto de fazer um parênteses que eu penso que é muito importante depois eu vou deixar meu livro aqui para o presidente da Câmara que está escrito no caso, eu deixo para ele, mas em nome deixo para todos depois para que se alguém se interessa para ler, quando falamos política eu gosto de colocar o conceito correto. Eu falo de política com ‘P’ que é a política humana, é a política que nós temos desde o dia que nós nascemos, desde o embrião, é a política que nos faz homens e mulheres, pessoa, com toda a dignidade que nós merecemos com os direitos irrenunciáveis e o respeito incondicional que toda pessoa merece. E por isso quando falamos de políticas públicas é a política onde nós não somos neutros, ou seja, qualquer atitude, qualquer gesto a favor ou contra, bom ou até ruim, sempre será um gesto político; depois claro depois vem a outra política com ‘p’ que é muito importante para a nossa sociedade para aquela da convivência social/das relações humanas que é a política que vocês exercem através da via partidária, da cidadania, dos empenhos sociais que cada um tem. Por isso para nós as políticas públicas elas são fundamentais, ou seja, a questão da fome se interliga à questão da saúde/da educação/da economia/da política/da água/da capacidade de trabalhar ou não trabalhar e também da própria história que nós tivemos ao longo da nossa história brasileira também relacionada à história dos povos originários. E dentro do objetivo geral da campanha da fraternidade a igreja propõe duas coisas que eu gostaria de chamar atenção aqui, porque nós temos questões que são da palavra de Deus, que no caso aqui eu não vou pelo espaço que ocupo né falar demais, mas ela diz assim a palavra ‘sensibilizar’, ou seja, essa Campanha da Fraternidade é para sensibilizar. E vocês sabem né que tem um pensador que disse assim que nós somos criados todos iguais, mas o que nos distingue de um e de outra é a sensibilidade, e a sensibilidade em torno da fome é uma dimensão muito especial que nós devemos ter, criar, desenvolver, assim como as outras também. E enfrentar o flagelo da fome no Brasil que vocês sabem que como estatística, e eu respeito as estatísticas, elas foram escritas ainda no ano passado, porque esse texto ele estava pronto basicamente por setembro diz assim que temos no Brasil 33 milhões de pessoas que ainda passam fome. Isso nos faz uma questão muito grande diante de um país que é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Nós somos um grande celeiro, produzimos aí arroz, carne, sucos, café, milho, produtos industrializados, frangos, arroz, frutas e quantos outros que eu não falei e, no entanto, nós temos toda essa gente que não tem o que comer. Mas não é só isso, a campanha da fraternidade quer sensibilizar também para uma outra questão muito importante que se chama segurança alimentar. E essa é um grande desafio. Penso que quem dá uma olhada para nossas estruturas sociais as formas como estamos organizados é um grande desafio pensar a segurança alimentar. E aqui na pesquisa que eu sigo do texto-base, fala em 115 milhões que tem insegurança alimentar num país que tem 210 milhões, praticamente metade dela acorda não tendo certeza o que vai comer, o que vai ter para se alimentar na sua no dia a dia; e isso também é um problema que a igreja busca sensibilizar para nos despertar/indignar. Como eu disse, a campanha da fraternidade não é para dulcificar ou para fazer um discurso bonito, todos os anos ela é para provocar a gente mesmo é para pensar, é para ter algo para motivar a gente a sermos melhores em todas as nossas relações sociais, econômicas e também políticas da nossa vida. Quero chamar atenção também que é uma das questões que a campanha da fraternidade ela é se perguntar quais são as causas da fome? Se eu perguntasse para vocês aqui, caros vereadores e vereadoras, quais são as causas da fome? Então a primeira delas é claro nós sabemos que o nosso país segundo o IPEA ele é o 5º país mais desigual do mundo, nós chegamos a perder de países da África na questão de se ganhar, na verdade, não perder, mas ganhar na questão da desigualdade social. Isso nos faz pensar. Nós temos 10% que tem 59% dos bens econômicos do nosso Brasil e nós temos assim toda essa outras questões que eu poderia trazer aqui em termos de estatística que nos fazem pensar, por exemplo, saber que nós exportamos para 180 países nossos produtos de comida e no entanto nós estamos aí com todo toda essa relação, é toda essa questão social que nos desafia; sendo que 34,1 bilhão dessas questões de comida vão para os países da Ásia, ou seja, 36,8% do que produzimos vai para os países da Ásia e aí eu não sei bem quanto será para a China, mas deve ser aí perto assim uns 33/34%. Uma outra questão que a igreja quer chamar a atenção, ah, antes de chamar atenção, têm três coisas que a igreja quer nos ajudar quando propõe que é para a gente superar. Aqui eu vou fazer um pouquinho livre essa conversa. Vocês sabem que ainda tem muita gente que diz que a fome é um castigo de Deus né, então uma coisa que nós devemos ficar bem claros que a fome não é castigo de Deus. Deus quando criou a vida, o universo, tudo que existe, ele criou todas as condições para que nós, como diria São Nicolau de Cusa ainda lá na idade média como se fosse um grande útero com todas as condições para nós comermos bem e termos todas as condições de vida necessária. Então não é castigo de Deus. Aliás tem uma coisa que me deixa indignada é quando alguém vem me dizer castigo de Deus né; nós fazemos as coisas erradas e depois nós acabamos dando culpa para Deus. A segunda é superar os chamados pré-julgamentos e olha na nossa região aqui isso flui bem né, vocês sabem melhor do que eu, porque vocês lidam o dia a dia com o povo né, são todos aqueles julgamentos básicos né: não trabalha, não tem vontade, tem isso/tem aquilo; e eu até concordo com alguns é verdade né. A gente sabe, por exemplo, se uma pessoa é drogada, usa o dinheiro para droga ou para outras coisas é claro que vai faltar para comida/para as crianças/para nutrição e aí então nós até temos está certo, certo, estão certo certos julgamentos. Mas têm pessoas, por exemplo, que gastam metade do salário com remédios ou com outras questões. Esses dias eu tive um probleminha aí eu gastei quase R$ 1.000,00 e se eu tivesse que pagar um aluguel, por exemplo, eu já estava quebrado; ou seja, nem tudo é à base do julgamento e uma outra questão também que a igreja quer superar é a ideia de que, por exemplo, você dar comida para uma pessoa que tem fome é assistencialismo. Eu recordo aqui sobretudo em 93 já quando teve aquela campanha essa questão da assistencialismo em geral é uma crítica que é feita pelos que são mais à esquerda, porque eles dizem ‘nós temos é que mudar a sociedade, a política, economia. E é verdade, nós queremos, mas até que muda tudo para todo mundo ter condições as pessoas têm que comer; a fome tem pressa, não dá para esperar o dia de manhã. Por que isso? Porque a comida né quando Deus nos criou ele criou também a fome, todos os seres vivos precisam comer, é questão básica, Deus deu todas as condições, a nossa forma social que tirou muitas condições. Mas o Betinho disse assim: desde quando dar um prato de comida é assistencialismo? Ele fez uma pergunta e eu faço a mesma pergunta. Por isso que nós ainda estamos nessa fase assistencial. Claro que nós sonhamos com outras estruturas sociais para que elas possam de fato nós termos pessoas que ninguém precise de ter que passar pelo fato de ter que ter comida ou assim por diante. Então portanto são três coisas básicas que nós precisamos ir mudando. E estava falando aí da questão, da questão dos objetivos da igreja na nessa aí dentro do texto-base, também a igreja propõe questões novas. Aqui certamente não vai dar para colocar tudo, mas uma delas que eu gostaria de chamar atenção é a questão da agricultura familiar e ecológica que a igreja incentiva. E olha só, quem coloca comida na mesa dos brasileiros, caros vereadores e vereadores? São 70% é agricultura familiar. Vocês podem pesquisar onde quiserem. Quem coloca, dá comida para o povo comer, eu não estou falando mal dos grandes produtores/latifundiários, eu sei que eles são importantes inclusive para as bolsas de valores, para as questões de gerenciamento econômico a nível nacional, tudo é importante no brasil e a gente não despreza ninguém, mas quem coloca comida na mesa são os pequenos agricultores. Por isso vocês já devem dar, devem uma hora refletir como é que é o apoio as pequenos agricultores, incentivar aqueles que trabalham sem agrotóxicos. Vocês sabiam que o brasil per capita cada brasileiro consome por ano 3 kg de agrotóxicos em média e aí nós temos outra questão, da saúde também, que nós podemos refletir. Também existem trabalhos sociais que são muito importantes, que devem ser valorizados. Quando eu estava em Bento Gonçalves, padre novo ainda, não agora na segunda vez na primeira vez estava na Paróquia Santo Antônio, eu confesso que eu demorei um ano não foi coisa fácil, mas eu consegui organizar uma reciclagem de lixo, claro, junto com a Cáritas da diocese, com outras pessoas, apoiadores, que dava trabalho para mais ou menos 20 pessoas; pessoas que não teriam trabalho nas empresas, sem dentes, sem condições, nós tínhamos que até que ajudar a eles virem para o trabalho no início com uma van. Mas olha, foi uma coisa espetacular o trabalho que eles fizeram, o fato de garantirem o seu salário/partilhar o seu salário é claro que via Cáritas; e essa coleta que foi feita domingo é para essas questões também nós ajudamos a comprar as máquinas, ajudar na estrutura, mas foi um trabalho que foi feito durante 20 anos. O ano passado eles acabaram não fazendo mais por uma questão interna deles, inclusive eles davam trabalho além dos pobres, entre os pobres, para, por exemplo, gente que sai do presídio; quem dá trabalho para eles? E lá eles tinham trabalho, tinham condições de recomeçar. Então a igreja apoia muito essas questões práticas onde se desenvolvem questões de ajuda aos pequenos, àqueles que tem que dar uma mãozinha para eles poderem depois se auto-organizar em cooperativas e assim trabalharem. Também aproveito aqui para dizer do Papa Francisco eu teria bastante coisas aqui para dizer, mas ele diz assim ‘que a fome não só é uma tragédia, mas é uma vergonha’ e ele diz assim ‘onde há fome não há democracia’. E nós sabemos que a democracia é sem dúvida o grande valor que deve motivar como um fim em si mesmo a todos nós na nossa vida como um todo, mas se nós temos quem passa fome é sinal que ela é incompleta; aliás a democracia sempre é incompleta né por melhor que a gente faça sempre teremos algo a mais a fazer. Recordo de Dom Hélder Câmara que disse assim: “se eu tenho fome o problema é meu, mas se os outros tem fome o problema é nosso”. E aqui eu recordo toda a preocupação que a igreja sempre teve, as igrejas/instituições, eu aqui ainda estou conhecendo, estou meio familiarizando, mas sempre que houver uma entidade alguém que se preocupa com a fome é digno de reconhecimento, de valor e deve ter as condições necessárias para isso. Agora sem explicar muito, porque eu acho que já deve estar chegando a hora, né, a igreja no texto base aparecem eu gostaria de trabalhar isso, mas ao menos diz assim quais são as causas que pela qual nós temos fome no Brasil? Primeiro delas é o crescimento demográfico rápido e desordenado. Quando nós nascemos, olha praticamente 50/60% vivíamos no mundo rural em poucos anos, 40/50 anos, viramos hoje somos 92% no mundo urbano e aí foram grandes bolsões de pobreza, de imigração. Eu recordo quando estava em São Paulo todo dia chegava um caminhões do Nordeste ainda sem nada, sem nenhuma condição; como é que esse povo até que começa a trabalhar, tem alguma coisa, vai ter comida. Os haitianos, recentemente, senegaleses, agora os venezuelanos e outras pessoas aqui da nossa região; provavelmente aqui devem chegar todos os dias pessoas que vem aqui da fronteira de outros lugares. Depois temos a questão fundiária aqui eu precisaria falar bastante, mas só recordar que o Brasil começou com as capitanias hereditárias. A política agrícola eu já falei mais a questão da agricultura familiar. O desemprego/subemprego a estatística recente quando foi feito o texto-base é que tínhamos 14 milhões de desempregados; e desempregado você sabe o que que sobra. Já temos pessoas em nossas cidades que ficam um ano, dois, três sem trabalho, depois de um ano sem trabalho, pessoal, eu, pela minha prática, as pessoas começam a perder a dignidade, a roupa, o bem-estar, a família começa a virar violência às vezes, as crianças perdem as condições de autoestima/de estudo e assim por diante. Uma outra questão muito importante que eu gostaria de trazer aqui e isso é não é coisa minha é estudo é que está no texto-base é o desmonte do sistema nutricional e a desigualdade no Brasil. Nós temos um lado que come muito bem do qual nós todos somos, eu também, e aí nós temos um problema que eu deixei para os médicos tratarem que a questão da obesidade. Cada três… Devo finalizar? Cada três pessoas, cada três crianças nós temos um que tem obesidade. E nós tivemos também a quebra do conselho nacional de segurança alimentar da CONAB. E também uma coisa boa que nós temos é a questão, agora me escapou o nome, mas é a questão do alimento nas escolas, nós temos no brasil 40 milhões de crianças que recebem esse alimento.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Para deixar registrado a chegada do Thiago Brunet às 18h09min. Com a palavra Thiago Brunet.
VER. THIAGO BRUNET: Boa noite, senhor presidente. Boa noite, demais colegas vereadores, a imprensa, as pessoas que estão nessa casa nos prestigiando até o momento. Obrigado, padre Gilmar Marchesini, sua presença, sua explanação muito colabora com os vereadores dessa Casa para que a gente possa aí fomentar e trazer políticas públicas em combate a esse tema que é tão delicado para todos nós. Eu gostaria de fazer uma fala mais técnica aqui. Eu sou médico, me formei em 2006 e a gente entende, padre, que a criança que passa fome até os 7 anos, 8 anos de idade, ela causa danos cerebrais irreversíveis, não tem o que fazer depois; a estrutura cerebral, os hormônios, a proteína, aquilo que poderia fazer com que ela tivesse um pensamento melhor, uma força de vontade melhor, acabou. E nós temos hoje milhões de cidadãos brasileiros, adultos, em pleno desenvolvimento e idade produtiva, laboralmente falando, que hoje estão com seus danos estruturais que há 10/20/30 anos atrás passaram fome e hoje não conseguem; eles são cidadãos apáticos como o senhor falou indiferentes, cidadãos que tem danos no seu cérebro. Eu vejo aqui vários senhores vereadores usando óculos, vocês com os óculos talvez conseguem ler que está escrito lá, mas se vocês tirar os óculos vão conseguir? Alguns talvez não vão conseguir ou vão ter dificuldade; e se eu pedir, mas se esforcem, vejam, olhem direito, vocês não estão olhando direito, se esforcem talvez vocês não vão conseguir principalmente naqueles casos mais severos com aqueles ajustes de graus mais severos. E é isso que eu quero que as pessoas entendam, têm pessoas que muitas vezes não conseguem ter um bom emprego que não conseguem ir atrás e buscar com sua própria força, porque o seu cérebro foi fritado quando na infância passaram fome. Eu nunca passei fome e nunca tive alguém próximo a mim que tivesse essa experiência, porém em 2007, padre, eu tive uma experiência onde eu trabalhei numa cidade chamada Boqueirão do Cesário, no nordeste, fiquei lá durante 8 meses da minha vida e lá eu vi crianças subnutridas, pessoas, famílias com 10/12/15 pessoas que como o senhor falou que chamou a atenção na latinha de azeite, eu me chamou atenção vendo famílias inteiras com uma cumbuquinha só tomando o caldo do feijão porque o grão não tinha mais. Então se eu puder fazer um pedido aqui, cuidem das nossas crianças, a fome na infância ela é fatal e ela é irreversível. Então fica aqui a nossa fala, fica aqui a nossa indignação com esse tema tão delicado, e fica aqui o meu pedido, vereador Felipe Maioli, essa pessoa continua nas nossas barbas aqui dormindo aqui e passando fome aqui na nossa frente né. Eu não adianta, eu cada vez que eu passo por ali eu me sensibilizo né quando eu vejo o cidadão deitado ali, comendo daquele lixo na frente da Câmara de Vereadores do município. Eu não sei né o que que a gente pode fazer, mas eu pensei e aqui tá o Jorge Bruxel me deu uma ideia esses dias quem sabe chamar os psicólogos do município né, talvez seja um aprendizado para o psicólogo que venha aqui conversar com essa pessoa.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Seu tempo acabou.
VER. THIAGO BRUNET: Só um pouquinho. Eu sei que muitas vezes não é um problema de fome propriamente dito né, mas talvez conversar, talvez falar, talvez fazer uma psicologia e botar esse cidadão num albergue, em algum lugar que ele possa se alimentar normalmente. Obrigado, senhor presidente, era isso e desculpa por ter passado do tempo.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Só precisa pergunta senhor vereador, perguntar para o padre.
VER. THIAGO BRUNET: Bom, padre, primeiro parabéns obrigado mais uma vez né a gente agradece. E eu gostaria aqui saber através da Campanha da Fraternidade como a Igreja Católica hoje né consegue fazer com que na prática esse tema tão importante quanto a fome aqui na Serra Gaúcha possa ter uma diminuição do número de pessoas haja visto que a nossa secretaria de assistência social forneceu o ano passado 2.600 né cestas básicas para o cidadão farroupilhense, mostrando que aqui em Farroupilha também né. Eu sempre digo não é porque a gente não vê que não existe, existe sim têm pessoas que são subnutridas e estão passando dificuldades e a fome está próximo de nós. Como a Igreja Católica pode aqui no município de Farroupilha colaborar na prática com esse tema tão importante. Muito obrigado.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Thiago. Com a palavra o padre, por três minutos, para responder.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Bom, primeiramente só para dizer que esse tema ele é a nível de Brasil inclusive num Brasil que está no mundo. Talvez não tenha falado no início pensa na amplidão, mas eu queria lhe dar os parabéns pela tua palavra inclusive acabou o tempo né, mas quando estava falando da obesidade era para contrapor justamente aqueles que não tem o que comer; os que comem demais tem problema, vocês já sabem e nós temos os que comem de menos. E aí inclusive se alguém depois quiser a minha síntese aqui está escrito exatamente o que você falou, no ponto 1-2, onde nós temos o problema que do desenvolvimento quem não come até os 7 anos como ele falou assim de uma nutrição boa e cuidada, vai ter problema de funcionamento cerebral, memória, atenção, leitura, aprendizagem de linguagens e vai ter um outro problema que se chama violência. Toda criança que não é saciada nesse tempo, ela vai ter uma fome que ela não entende, que é inconsciente que ela está lá, e geralmente a violência é a forma que ela tem para satisfazer essa fome né; quem é estudado nessa área deve saber né dessas questões psíquicas ou inconscientes, como a gente diz, onde a pessoa se satisfaz fazendo coisas erradas, porque não foi saciada no tempo certo. Por isso que eu falei antes da nossa experiência que a gente teve em outros lugares também prioridades sempre são as crianças, às vezes o pai e a mãe a gente pode colocar pré-juízo, julgamentos, mas criança não pode faltar comida necessária e boa. e aproveito para dizer assim que tá escrito inclusive que nós temos na igreja a Pastoral da Criança que é a pastoral mais extraordinária que nós temos no Brasil. Se vocês quiserem saber uma coisa boa que a igreja faz que não aparece muito é a Pastoral da Criança que é feita com coisa simples. Ela faz o que? Ensina o sorro caseiro, a pesagem, o desenvolvimento da altura, do peso certo trabalha a educação das famílias. Eu lembro a nossa coordenadora que eu tinha lá em Bento era meio exigente, por que que tá essa sujeira aqui por que não está limpa aqui? só para finalizar bem rapidinho o Maranhão tinha 57% de mortalidade infantil, depois que começou a Pastoral da Criança baixou para 9%, só para ter uma ideia.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre. Com a palavra o vereador Roque por três minutos.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Parabéns, Padre Gilmar, pela sua explanação. Creio que abordar um tema como esse que é a fome no Brasil e até mesmo a fome no mundo é necessário fazer um grande estudo, não bastam informações empíricas, e certamente o tema da Campanha da Fraternidade que é: fraternidade e fome; e o lema: “dai-lhes vós mesmo de comer”, isso não é por acaso. Aliás o lema é de uma passagem bíblica de quando Jesus na época da semana santa estava reunido e com uma multidão de 5.000 pessoas que precisavam comer e eles pediram para que Jesus resolvesse. Jesus disse “dai-lhes vós mesmo de comer” e aí que surgiu a multiplicação dos pães e dos peixes. Eu acho que nós somos chamados todos os dias a fazer a nossa parte, mas eu creio que existem diversas formas de auxiliar na questão do combate à fome, vereador Thiago Brunet, e parabéns pelo convite ao padre. E uma delas é a questão mais imediata que é aquele momento que a pessoa precisa comer. Não dá para dizer para ele lá nós vamos mudar o Brasil, vamos mudar o Rio Grande do Sul, vamos mudar Farroupilha. Ele não tem tempo para isso como dizia Hebert de Souza. A fome tem pressa e inclusive tem um ditado popular que diz que a fome é má conselheira; então a pessoa tem fome, tem pressa e precisa ser atendida. A outra é a gente incentivar e ajudar, por exemplo, organizações como a Pastoral da Criança que tem um papel fundamental que, aliás, há tempo tem sido meio deixado de lado. Eu acho que teve momentos muito bonitos da efervescência dos movimentos, das pastorais ligada à igreja e que todos deram a sua contribuição e estão dando e pode dar muito mais que é o auxílio da Pastoral da Criança. Isso é muito significativo, porque auxilia desde a pesagem, da alimentação, do aproveitamento dos alimentos que podem ser utilizados e às vezes são descartados por ignorância e por desconhecimento; então este é um outro ponto. E o outro ponto é sim a mudança política fazer com que o país seja mais justo, fazer com que se diminua as diferenças sociais, porque todos nós nascemos iguais, mas em oportunidades diferentes; e quem tem oportunidades diferentes ou não tem oportunidades precisam ser atendidos de forma diferente. Nós não podemos tratar todos iguais se existe entre os iguais os desiguais, e os desiguais precisam de atendimento desigual. Não podemos dar tratamento igualitário quando a situação é desigual. Então parabéns, Padre, parabéns pela sua fala, parabéns à igreja que tem contribuído e continuará contribuindo certamente. E eu gostaria de lhe pedir se aqui em Farroupilha estão postas algumas situações que a gente possa se envolver para auxiliar. Obrigado.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Roque. Com a palavra o padre com 3 minutos para resposta.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Bom, vou falar um pouquinho e depois se eu não acabar vou ter que esperar outro vereador para completar né. Mas assim eu cheguei agora, dia 17 serão três meses, e eu estou conhecendo. devo confessar para vocês que eu morei em poucos lugares como padre: morei em Caxias, Roma e Bento. São essas três cidades e agora Farroupilha é novo para mim por isso estou chegando. É, tem que ser a melhor agora né a do coração; e eu agradeço tanta gente que me acolheu bem que foram assim uma expressão assim muito amorosa em relação a mim. E uma das coisas logo que eu cheguei eu fui para uma reunião pensando uma coisa e era outra, que era justamente organizar atividade que teve sábado aí na frente da igreja. E assim tirando todo o contexto e depois eu conversei inclusive com meus colegas padres isso, eu penso assim, toda cidade tem pessoas com necessidade. Farroupilha é uma cidade rica, muitas condições, uma per capita muito boa, tem as suas coisas, questões de prefeitura, de coisas que tem que fazer né, todo município tem coisas para fazer, mas uma coisa que eu percebi de imediato e que eu quero ajudar, vereador e a todos vocês vereadores, que eu vou dizer em palavras-chaves, a primeira delas: ajudar no mapeamento. A gente não tem um mapeamento de quem passa fome ou até pessoas que as vezes tem uma casa até tem aposentadoria, mas gasta metade no remédio ou alguma outra situação. Então tem pessoas idosas que a gente precisa estar atentos para que eles vivem bem até o último dia da sua vida com dignidade. Ás vezes tem pessoas que até trabalham, mas com três crianças quatro. A gente então a primeira coisa é chamado o mapeamento. Segundo: um bom cadastramento. E uma coisa que não é fácil, mas quando a gente faz fica melhor. Por exemplo, a igreja aqui a matriz vai ser dessas famílias, tal entidade vai cuidar dessas famílias, aquela outra vai dar atenção para esse bairro; então você define onde que você vai atender para estar atento. Uma outra questão importante que eu penso que se pode pensar que é para vocês aqui; então fica só a pergunta depois eu vou ter que melhorar a resposta: vocês têm o conselho de segurança alimentar aqui no município? É uma pergunta.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre. Com a palavra a vereadora Clarice.
VER. CLARICE BAÚ: Boa noite, presidente. Boa noite, colegas vereadores, aqueles que estão aqui nos prestigiando, aqueles que nos assistem de seus lares, a nossa imprensa e os funcionários da Casa. E em especial uma noite é o nosso Padre Gilmar, seja bem-vindo à nossa comarca. Então partindo do princípio, padre, que nós somos um país de muitas riquezas ainda falamos em fome, muitos falam em assistencialismo muitos na questão popular, a esmola, e daí vem os pré-julgamentos, mas porque tu dá esmola? Não querem trabalhar né, não querem fazer nada e ainda tua ajuda? E a gente ouve muito inclusive na imprensa já teve muitas falas nesse sentido de que não se deve dar esmola né, porque estaríamos reforçando o comportamento daqueles que não querem as mudanças. Penso que enquanto não temos políticas públicas eficazes nessa questão da vulnerabilidade, temos as questões emergenciais que ele está passando fome no momento né; então penso que dar esmola, popularmente o assistencialismo, em termos mais simples também é importante, mas fique esses pré julgamentos como o senhor falou na sua fala ali né que existem isso também. Então a minha pergunta: como a igreja se posiciona nessa questão do assistencialismo, de dar/alcançar o que precisa naquele momento popularmente a esmola?
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereadora Clarice. Com a palavra o padre.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Clarice Baú, muito bem, então vamos dizer assim, para não deixar tudo para o Roque falar do evangelho e como eu sou Padre eu me cuido, porque eu sei que o ambiente aqui é da área da cidadania, da política, mas a primeira coisa que Jesus teve foi compaixão; e a compaixão não é ter pena. A compaixão bíblica é o sentimento de responsabilidade que me impele para trabalhar, para fazer algo em prol das pessoas, ou seja, diante do rosto do outro e no caso quem tem fome, eu sou impelido para uma atitude ética de compromisso, me sinto responsável pela outra pessoa. Por isso nós começamos com esse princípio da compaixão. Para nós o momento da fome se a pessoa precisa não é assistencialismo é compaixão; é o momento que você depois precisa organizar diferente. Segundo: é claro vocês viram os apóstolos no evangelho eles disseram “ah, manda para a cidade” e nós todo mundo temos a tentação de mandar os outros resolver o problema; e Jesus o que ele disse? “dai-lhes vós mesmo”. Então é Jesus que diz tem que ajudar a resolver o problema e é isso que nós tentamos fazer, resolver o problema. E como é que a gente resolve? Na hora tem que ser assistencialismo mesmo, não temos o que fazer. Então nós trabalhamos com essas questões. Mas tem uma coisa que eu queria chamar atenção de todos vocês e da vereadora, Jesus em seguida ele disse “mandem sentar-se em grupos” que é uma coisa que passa despercebida e aqui eu quero insistir com vocês; quando ele mandou sentar-se, na verdade ele diz organizem-se, precisamos organizar a caridade. Quando a caridade não é organizada, me desculpa aqui o jeito que eu vou falar, mas vocês vão entender ela vira alvo de interesses, de fotos, de marketing; ela ao invés de se expressar como compaixão mesmo, ela vira alvo assim vou fazer porque tem alguma coisa que eu quero receber em troca. E a compaixão não é assim, ela é atitude gratuita e de amor mesmo. Então é esse passo. Finalizo dizendo assim que desde o Papa Paulo VI ele dizia que a igreja é mestra na caridade e olha nós graças a deus eu posso, depois tem as outras também tá, mas eu já que perguntou para a nossa eu digo assim nós fazemos muita coisa, mas graças a deus que nós seguimos Jesus, ‘não mostra tua mão esquerda o que faz sua direita’. Procuramos fazer com humildade, marketing quase zero, para fazer por amor mesmo às pessoas.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Obrigado, padre. Com a palavra agora o vereador Tiago Ilha.
VER. TIAGO ILHA: Boa tarde/boa noite a todos os colegas vereadores, em especial ao nosso padre que hoje está nos fazendo essa visita. Eu falo, eu já passei fome, padre, e uma coisa que mais tortura uma pessoa que precisa é que não aparece ninguém que tem que fazer que mude aquela situação. Eu sempre tenho procurado em todas as ações que procuro contribuir não somente ajudar emergencialmente pelo um ato de compaixão necessária, mas principalmente o que eu posso fazer não só para resolver a fome, mas para mudar aquela realidade. Isso é o que a sociedade precisa entender como um contexto. Haja vista que inclusive nessa mesma cidade eu sou autor de uma lei é que coloca para todos os restaurantes, bares e similares, hotéis para reaproveitarem aquele alimento que ainda possível ser reaproveitado posso estender para as pessoas que precisam. Infelizmente a lei ficou só no papel até agora, porque faltam uma iniciativa de alguém que organize isso. A prerrogativa nossa como vereador não nos permite fazer isso. A gente pode fomentar/trabalhar/conversar, estou conversando com algumas entidades de classe, mas eu acredito que essa vocação deve ser do executivo inclusive né para que ele faça a ponte, que dê a tranquilidade para o empreendedor poder fazer isso de uma forma organizada. Quem sabe também a instituição igreja possa também se somar a projetos que já existe na cidade, quem sabe através desse projeto inclusive termos o conselho né do alimento, porque pela passagem que tive no poder público também vi diversas situações; aquelas na grande maioria das vezes que realmente precisava de ajuda, mas também via o contrário padre pessoas que pediam ajuda pediam ajuda para vender a vender o seu alimento. Inacreditavelmente pude comprovar em algumas situações, graças a Deus que de forma ainda muito isolada, mas jamais mudei a minha atitude de ajudar quando vejo que alguém precisa. Mas a gente precisa ir um pouco mais além; então gostaria de pedir e fazer uma pergunta: é possível a gente fazer um projeto integrado usando o que o município já tem talvez olhando a campanha da fraternidade? Obrigado.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Tiago. Com a palavra o padre.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Mas é claro, é evidente que nós e a gente precisa fazer isso. Eu até desculpa se eu falo que como eu falei antes eu não conheço ainda bem a realidade, ainda tenho que sentar mais, mas a fome não tem religião haja vista eu falei antes daquelas 300 famílias, 80% era evangélicos, nós nunca pedimos qual é a religião, qual a igreja que eles iam para nós era importante ajudar a família e as crianças. Então é claro que o município deve se importar aquilo que eu falava né de organizar a caridade; as entidades, a Câmara de Vereadores, as secretarias, de repente um conselho de segurança alimentar, fazer o mapeamento. Eu não sei se aqui tem o CRAS também? Tem o CRAS. Porque o CRAS mandava lá para nós, desculpa que eu falo das experiências anteriores, mas mandava muita gente para nós resolvermos o problema. Então ligar também a outras questões sociais não só o ato de comer. Eu não falei aqui por causa do tempo, mas a questão da fome se liga, por exemplo à questão da água. Você sabe que as estatísticas dizem que em 20/25 anos nós temos mais água potável, o Brasil que tem 12,6% da água do mundo, é um dos que mais tem água, temos o aquífero né aqui no que passa aqui pelos biomas do Pantanal e do aí do Mato Grosso agora me escapou o nome… do Aquífero Guarani, mas é a grande caixa de água do mundo e uma hora dessa nós não vamos ter água. Quer dizer vai nos faltar comida e água, são duas coisas fundamentais para a vida. Então eu penso assim que a igreja sempre é parceira, ela é sempre nós temos as nossas iniciativas, mas nós diante de uma situação como esta que é a questão da fome das necessidades nós somos parceiros em todos os sentidos com as nossas equipes/pessoas basta a gente ter uma direção. O que eu não gosto muito é tem aquele momento que tem que fazer, de vez em quando alguém me bate na porta eu tenho que fazer; às vezes eu também desconfio que eles viram a esquina e fazem aquilo que você falou e certamente dessas pessoas que a gente ajuda eu imagino que 15 a 20% fazem isso né de pegar alimento e de repente comprar outras coisas, mas nem por isso nós não podemos deixar de fazer para as outras pessoas.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra vereadora Eleonora.
VER. ELEONORA BROILO: Boa noite a todos os colegas, ao presidente Maurício. Primeiro eu quero agradecer o padre Gilmar pela sua presença aqui e pela sua bela explanação. Bem em primeiro eu gostaria de dizer que eu sou cristã de berço e de opção, não tão praticante, mas cristã. São 59 campanhas da fraternidade e delas eu posso lhe dizer que quando eu era jovem, e isso faz bastante tempo, eu participei ativamente de muitas. nós tínhamos um grupo quando eu era uma menina de 13/14 anos nós tínhamos um grupo, eu morava em Porto Alegre nesse período, estudava em colégio de freira, e nós tínhamos um grupo que era liderado pelo então Padre Zezinho. Nós tínhamos jovens e adolescentes que estavam em situação de vulnerabilidade e nós os ensinávamos o gosto pelo trabalho, o gosto pela vida, o amor pelos outros, nós ensinávamos a fé, nós os ajudávamos a fazer os temas, nós ensinávamos as meninas a bordar, os meninos o trabalho com eletrodomésticos, nós ensinávamos a jogar pingue-pongue, esse tipo de coisa, enfim, eles tinham dois lanches né e foi um trabalho muito bonito e eu gostei muito de realizá-lo. Depois o Padre Zezinho foi transferido e o trabalho acabou, mas, enfim, foi bom enquanto durou. Uma coisa me chamou muita atenção, várias coisas que o senhor falou o senhor foi muito, muito feliz em várias coisas uma delas e sobre a obesidade. Porque a obesidade ela é uma desnutrição, o doutor Thiago pode falar sobre isso também tanto quanto eu, a obesidade é uma desnutrição e um dos marcadores de desnutrição é a altura, não é o peso. Porque o peso a gente recupera em até dois anos, quando a criança perde muito peso ou está muito acima, nós podemos recuperar, mas a altura não se recupera mais, o que se perde não se recupera. Mas eu queria lhe fazer uma pergunta. Eu tinha sempre na minha ideia que assistencialismo e compaixão andam muito juntos, andam de mão dadas, sempre imaginei isso, e eu sempre imaginei que alcançar um prato de comida a quem realmente precisa é assistencialismo, é compaixão. Não é, eu vou ter que reformular os meus conceitos. Mas então eu quero que o senhor me diga o que é assistencialismo? Assistencialismo vai ao encontro de políticas públicas então? O que é assistencialismo, por favor.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereadora Eleonora. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Então vivendo e apreendendo. Obrigado pela tua observação sobre obesidade e altura, de fato é a primeira vez que eu ouço, vou guardar essa questão. Então tá na tua área né. Obrigado também pelas suas considerações. A compaixão ela tem vários níveis, tem aquele imediato que é assistencialismo, tem aquele da vida social comunitária onde você entrosa as pessoas, cria condições de sociabilidade, desperta o espírito coletivo e aí eu acho que a igreja também colaborou muito no passado e hoje poderíamos ser melhores; perdemos de fato muitas questões como você falou. Eu, por exemplo, sei que vocês têm entidades aqui que ajudam no esporte. Isso é muito bom, as vezes o dia inteiro na rua não faz bem e o esporte é uma forma fantástica de trabalhar com jovens. Então tem a compaixão ela tem esse espírito intermediário que é fundamental, porque nós pessoas humanas somos seres de relações. E uma das coisas que talvez nós erramos como igreja e ao menos onde eu passei eu tentei ir mudando aquilo que foi possível é que às vezes você pegar uma sacola de comida e dar te dá uma certa satisfação, mas parece que você também tá mandando embora. E por isso precisaríamos fazer outros passos que sejam aqueles de criar uma relação, escutar, saber do passado, da vida, de situações de onde que vieram, se perderam as terras, se foram roubados, se alguém sacaneou né, porque colocou nessas condições. Têm histórias às vezes que precisamos ouvir para não julgar. E a compaixão tem um terceiro passo que é aquele que eu penso que é o mais difícil que tá demorando para chegar que é aquele onde se cria uma estrutura sociais/políticas econômicas capazes de dar condições para que as pessoas não precisem de um prato de comida, mas que elas mesmo possam ter as suas condições de adquirir pelo trabalho, pela sociedade que garante e pela assim pelas condições sociais que viveram. Eu morei dois anos e meio em Roma, mas tive oportunidade de conhecer outros países e a gente sabe que onde há uma melhor e justa distribuição de renda essas condições mudam, a violência é outra quase insignificante, eu me recordo na Itália quando tinha um assassinato ficava a semana inteira com aquele assassinato; aqui nós temos vários por dia né são diferentes as condições, porque a forma distributiva é diferente.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra Vereador Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Boa noite, padre Gilmar. Boa noite vereadores/ vereadoras, quem está aqui nos assistindo, vereador Thiago, proposição da sua vinda aqui essa noite. Nós moramos num país subtropical padre aonde temos diferenças não em culturas não vão dizer em pessoas, mas de clima, onde nós temos regiões de nosso país que a natureza não o permite tirar o alimento da terra às vezes por longos períodos que é o caso do nordeste, o sul por uma razão até da própria natureza nos dá essa condição. Mas as campanhas da fraternidade ao longo do tempo vêm falando de vários temas que eu imagino que também instiga para que os governos vão criando políticas públicas. Se nós olharmos ali a 50/60 anos atrás os seminários formavam aquelas crianças que de repente nem todos ou a grande maioria até não se formavam a padres, mas era e são os grandes empresários a maioria dos nossos empresários também de nossa cidade hoje que estudaram pelas dificuldades e lá tinha uma um bom ensino então ela vem trabalhando ao longo do tempo em várias situações sempre voltado às dificuldades que enfrentamos em nosso país. E uma questão que o senhor tocou também a questão da agricultura familiar, há tempos atrás muitas pessoas migraram sim pra cidade aonde pessoas que tinham lá 4/5 hectares tinham muita dificuldade pela qualidade da terra que ia sendo desgastada e não tinha como repor as proteínas na terra então não tinha mais como tirar o alimento, e as famílias eram grandes também então tinha essa mudança. E hoje a agricultura familiar ela mudou ela se transformou a própria tecnologia e as políticas públicas mudaram essa questão. Então até eu queria fazer uma pergunta para o senhor e depois eu vou continuar minha fala depois, em questão de trabalhar para que de repente tivesse o fomento para de repente uma parte da população talvez voltar em pequenas áreas de terra né. E outra questão claro que é voltado às políticas públicas para aquelas pessoas que vivem hoje em vulnerabilidade social. Talvez esta geração que está aqui com todos os problemas que os doutores aqui colocaram no seu desenvolvimento lá por falta de alimento lá no passado tem sim ainda o que fazer, pode se fazer, mas muito mais temos o que fazer nessa geração que está surgindo hoje. Nessas crianças de hoje para que elas não sejam o mesmo cidadão com as mesmas dificuldades no amanhã. Então de nós trabalharmos políticas públicas para ter o alimento para ter a assistência na educação, principalmente na educação, preparar essas crianças para que elas sejam produtiva e sejam produtiva para si e com certeza para todos, porque ela vai movimentar de uma certa forma a economia. Só para terminar, senhor presidente. Seria muito difícil nós entendermos que uma grande, uma pequena parte produzindo vai ser distribuído ou produzir para todos. Não. Então aquele que produz muito vai ter que dar para o povo, para aquele que não produz. Então nós temos que inverter nós temos que buscar com aquele que não produz produzir e também produzir para todos né. Então era essa pergunta. Muito obrigado, presidente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Amarante. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Então, vereador Amarante você trouxe várias questões, uma delas inclusive logo no início e eu frisei que é a questão da fome não é o problema isolado, ele é da complexidade ele se interrelaciona com economia, com política, cultura, história, as formas de produção, até as formas de organização de consumo. Nós temos uma sociedade que consome muito bem e vive muito bem, e temos uma que não tem o consumo necessário. Então essa forma de distribuição também e também a própria insegurança alimentar que é um grande problema que nós temos e vamos enfrentar por muito tempo pelas questões climáticas/ecológicas. Aliás aqui uma das questões que o que eu não cheguei a tratar, mas é a questão a relação fome/ecologia. Só para dar eu vou dar um exemplo de um país fora daqui nos próximos anos a estatística é que se o mar subir mais ou menos como é previsto por causa do aquecimento global, Bangladesh vai ter que vai 50 milhões de pessoas vão sair, porque não vão ter mais a terra lá, já é um país entupido de gente e vai sair teremos os migrantes ecológicos e onde vai toda essa gente. A Índia já está fazendo um muro grande lá para evitar isso. E aqui pode acontecer conosco essa questão né antes eu não conseguia me lembrar o bioma aí é o cerrado que eu queria falar, tem a caatinga, o amazônico e assim por diante; é claro eles são diferentes, mas tem uma coisa, aliás, há uns anos atrás a Campanha da Fraternidade tratou cinco biomas do Brasil, foi uma campanha muito interessante. Tem uma questão assim a natureza em todos os lugares ela tem a sua comida, ela tem as suas coisas próprias para aquele povo lá naquele clima, naquelas condições naquele tipo de água e assim por diante; cada lugar precisa encontrar a sua vocação, cada lugar tem as suas características, haja visto que nós aqui temos a experiência da agricultura familiar que a gente fala muito aqui da nossa região que é uma região que trabalha e tudo. E é verdade mesmo, a gente até se diverte um pouquinho menos o que também é ruim. Mas o que salvou mesmo e faz a nossa região ser grande como é, é a agricultura familiar. Em outras regiões tem que inventar outras coisas. Só para dizer que aqui não temos muito, mas vocês poderiam pesquisar as outras regiões aí de São Paulo para cima as cooperativas/associações/produtores ecológicos é muito maior do que aqui e faz muito bem, porque garante comida mais barata, mais saudável e também garante a mesa de muitas pessoas.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra o vereador Volnei.
VER. VOLNEI ARSEGO: Boa noite, senhor presidente, muito obrigado pela palavra aos colegas, vereadores e vereadoras presentes, ao público que aqui permanece, imprensa, aos assessores que trabalham intensamente aqui nessa Casa. Obrigado pelo padre Gilmar estar presente hoje e discutir sobre esse termo fraternidade e fome. Um belo recordo padre Nélio 1978, ‘un picoletto’, mas uma gente muito boa. O Brasil produz muito grões [sic] agricultura familiar é o que sustenta a base, se produz muito e se joga muita comida fora; um projeto do Thiago pensando em reaproveitamento e muitas vezes não se pode reaproveitar, porque se pensa que vai fazer mal ao próximo, e quantas vezes a gente poderia saciar a fome de muitas crianças e de famílias. Temos que progredir bastante ainda em cima dessa tese. Em outros projetos aonde que se vê pelo Brasil fora, cozinha solidárias aonde conseguem matar a fome não de todos, porém de uma boa parte daqueles que precisam comer para viver amanhã e às vezes não conseguem ter uma colher de arroz. Eu gostaria de fazer uma pergunta sobre isso como o senhor já disse que já teve no nordeste onde as pessoas ali passam talvez mais necessidade onde deveria ser o cuidado maior, mas o senhor conhece algum projeto aonde empresários/restaurantes ou até mesmo nas escolas o que sobram consigam repassar para essas pessoas poderem saciar a sua fome ou tentar ao menos amenizar a alimentação de cada uma dessas pessoas. Obrigado, presidente.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Volnei. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Na verdade eu não trabalhei no nordeste trabalhei em São Paulo, em Santo André aí na região do grande ABC, a cidade era Mauá uma cidade grande como Caxias mesmas características, mas não rica como Caxias era. A gente dizia que as casas estavam penduradas nas montanhas assim, porque era então a pobreza era grande. Assim eu conheço muito a questão das agroecologias, reciclagem de lixo, a questão da semente né e você sabe que nós temos um grande problema na questão da semente que não é falada; nós temos a semente que crioula que é aquela que nós aprendemos desde criança né que vinha de pai, de mãe, enfim, de avô, mas a Monsanto ela tem um projeto, ela disse ninguém vai comer que não seja da Monsanto.O seja, o nosso futuro será comer transgênicos. Nós já consumimos 3 kg por ano mais ou menos de agrotóxicos e iremos comer tudo que vem da transgenia. Então um dos projetos da igreja é trabalhar com a semente crioula, fazer aqueles trabalhos de repassar para os outros você produz semente crioula já reserva um para alguém que queira também para nós salvarmos aquilo que é da natureza, que é da criação de Deus sem mudança transgênica. E temos também outras atividades de produção de pão, de doce, de cooperativas pequenas de roupas e assim por diante que garantem a questão econômica de muitas pessoas. Sobre restaurante nós tínhamos um bom trabalho, tínhamos um banco de comida e assim por diante, mas teve uma época e agora eu fico devendo um pouquinho mudou a lei e a gente não pode mais pegar comida de restaurante e coisa assim. Agora eu vi que foi feito uma lei né coisa assim se é permitido eu penso que valeria a pena. Seria um grande gesto dessa nossa conversa aqui começar por aí. Depois tem as outras coisas que nós sonhamos e se poderia pensar essa questão dos restaurantes. Você sabe que antes eu esqueci de falar quando você falou, mas ele retomou o assunto, o Brasil em termos estatísticos é campeão em desperdício; a estatística é 30%; é comida, é construção, é questão de água, é a questão uma vez agora eu fui no Mato Grosso e só para dizer assim aqueles caminhos cheio de milho, mas o que esparramavam de milho ao longo das estradas era uma coisa fora da cabeça né e se tivéssemos capacidade de segurar esse milho e não se desperdiçar; é uma questão simples. Desculpa a ingenuidade minha de falar um exemplo assim, mas sabe dizer aquele milho serviria para alguma coisa, mas temos muito a crescer ficamos em aberto nessa questão.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra o vereador Sandro.
VER. SANDRO TREVISAN: Obrigado presidente, senhores vereadores, senhoras vereadoras, público presente, imprensa, funcionários da Casa. A gente como comentou já também o vereador Thiago né, a fome dessas pessoas que é uma coisa que tem que se resolver e de imediato, porque fome não pode esperar mesmo né e as crianças, tem muitas vezes que a gente brinca assim e algumas pessoas não tem muita vontade, mas as crianças não tem culpa né; então elas não tem culpa e elas precisam de comida. Mas eu concordo com a fala que ouvi que o padre fez e permita agora aqui te pedir depois se não foi equivocada em que ver que esses processos de ceder alimentação de alguma forma ou de outra, por exemplo, a gente tem projetos a nível de país também aonde se dá a própria bolsa família e não se vê muito mesmo é essa contrapartida no sentido de que será que vamos ter que sempre dar isso a essas pessoas. Eu acho que tem sim que você trabalhar forte com isso para que chegue o momento quem sabe alguns que tem esse problema né, Thiago, que sofreram de falta de alimentação quando eram crianças e com isso tiveram algum tipo de déficit, esses louvável, mas fica bem claro que é uma jogada política aonde se eu ficar te entregando todo mês, ficasse cobrando muito, no momento que eu fizer uma ameaça de retirar a migalha que te dou todo mês, tu vai ficar apavorado tá e de repente eu vou conseguir me reeleger de novo. Então essa questão política de fazer com que esse ato de assistencialismo no caso que seria uma assistencialismo imediato e logo em seguida fazer com que isso funcione, porque gente eu concordo a fome tem que ser resolvida na hora concordo sim as crianças não podem passar fome, mas a gente tem que ter uma política pública onde que faça. Hoje nós estamos te entregando tá vamos ter uma corresponsabilidade para isso mudar não tem problemas tu é uma pessoa de idade não vai poder trabalhar; com certeza o governo, a gente precisa sim ceder sim alimentação, saúde, dignidade a essas pessoas, mas a gente precisa de uma maneira, fazer com que uma parte dessa população tenha um compromisso de retorno disso, porque senão ela vai ficar a vida inteira pegando aquelas migalhas, pegando aquelas migalhas, pegando aquela comida do restaurante e nunca vão entrar no restaurante para pedir seu próprio prato quem sabe. Então minha pergunta é nesse sentido estava certo quando ouvi a sua explanação dizendo de que sim são os assistencialismos e aonde precisa, precisa, a necessidade é importante sim, mas em contrapartida não temos essa política.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Sandro. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: É eu estava, desculpa a franqueza, estranhando que não tinha entrado ainda a palavra bolsa família né, agora você tocou no assunto. Então se eu errar alguma coisa até peço desculpa, mas eu vou naquilo que eu conheço a primeira coisa acho que os vereadores sabem que a ideia do Bolsa Família ela veio do Banco Mundial né ela não é uma ideia que surgiu aqui no meio político e se a gente vai dizer quem é que deu a ideia, quem é que lançou a ideia para o mundo foi o Banco Mundial; depois ela foi assumida por Cristovam Buarque lá em Brasília. E eu recordo quando começou foi uma ideia que ele foi implementando, mas nem era chamada Bolsa Família era Bolsa Escola, as crianças recebiam, mas tinham que ir para escola e isso foi um passo importante. Depois tivemos Fernando Henrique Cardoso que chegou a 700/800 milhões dentro do orçamento que era comandado pela Rute, que era socióloga esposa dele e muito inteligente e muito capaz, e então também foi um passo muito importante. Depois tivemos o bolsa família e com a entrada do Lula então foi crescendo essa questão orçamentária; depois é no mandato da Dilma chegou a 16 bilhões no primeiro mandato, mas no segundo ela fez uma coisa tinha uma questão interessante que ela dizia assim que nós tínhamos uma porcentagem de pessoas que deveriam passar da extrema pobreza para a pobreza. Não sei se vocês estão entendendo aqui da extrema pobreza que esse grupo teria que ter uma porcentagem do Bolsa Família para poderem sair de um nível mais baixo possível, estou imaginando, para que ele é mais ou menos assim que é a pobreza. Depois tivemos o Auxilio Brasil né tivemos a pandemia então teve toda uma questão aí recente que vocês sabem. Agora está voltando o Bolsa Família com a questão também de um adendo que eu acho importante que é para cada criança que estuda e eu penso assim agora eu quero entrar falar sobre a tua pergunta mesmo. Vocês sabem, o Bolsa Família ou qualquer nome parecido ele é compensatório ele ainda não é emancipatório. Se vocês quiserem me entender, eu vou até repetir: ele compensatório, mas não emancipatório. Seria o ideal que o Bolsa Família fosse emancipatório que ele chegasse ao nível de não precisar mais do Bolsa Família, mas assim de nossa parte eu penso que nesse momento ele é fundamental e vocês deveriam, desculpa, como vereadores cuidar quem recebe; se tem gente que recebe e não merece e cuidar para que sejam as mulheres a receber o bolsa família e não os homens. Nada contra os homens, mas é porque as mulheres sabem cuidar e organizar melhor o dinheiro do que os homens.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra o vereador Maioli.
VER. FELIPE MAIOLI: Boa noite, presidente. Boa noite, padre Gilmar, prazer recebê-lo aqui nessa Casa. Boa noite a todos os presentes. Bem objetivo sabe-se que a gente faz como o senhor mesmo falou as crianças é fundamental. Farroupilha temos quatro centros de atendimento integrado onde as crianças vem lá para tomar café/almoço né que é muito importante. Eu queria ver a opinião do senhor com relação a uma coisa que acontece muito tá que a gente lá eu trabalho no centro de atendimento integrado e nós nos deparamos frequentemente com as famílias aumentando; é um filho, dois filhos, três filhos, quatro filhos, cinco filho… a fome ela é extremamente importante, temos que tentar erradicar com a fome, mas as coisas andam de um jeito e caminham numa direção de que nós temos consciência de que já é difícil criar um filho, dois, imagina três/quatro/cinco principalmente para famílias que não tem condições. Com relação a qual opinião do senhor com relação com a natalidade, o controle de natalidade dessas famílias. É claro que temos que incentivar elas, programas temos que ter programas de incentivo para que elas consigam se proteger né, mas isso na prática não acontece, então vai chegar no ponto que o país, ninguém consegue dar a volta de poder ajudar tanta gente assim, porque as famílias crescem; e não se vê muito nessas famílias uma preocupação em se cuidar, em não colocar tanto filho no mundo, porque vai sobrecarregar alguém. Nós temos preocupação um ou dois ou três já fica esgoelado né. Qual a opinião do senhor com relação a essa a esse fator que é a natalidade né que é tão linda, é tão maravilhosa, porém chega num ponto que tem que ser pensado nesse segmento também, porque senão não vai o Estado não vai suportar. Muito obrigado e parabéns pela sua explanação.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Felipe Maioli. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: É para ver como eu falava da complexidade né do tecido que vai para muitas coisas chega até um assunto extraordinária aqui agora. Enquanto você falava, eu gostaria de fazer só dois pequenos comentários. O primeiro deles não sei se vocês estão acompanhando, mas cada um tem as suas formas de acompanhar, tem uma estatística que mais ou menos 10 a 15 anos nós teremos no planeta 9 bilhões de pessoas, inclusive vocês devem ter visto eu me assustei, porque a gente de vez em quando desaparece né não lê tudo, a China sempre teve um bilhão e trezentos mil pessoas e era o maior país, a Índia estava aí com 700/750 e agora já empatou com a Índia; isso faz a gente pensar, porque nós temos dois panelões aí que precisam de comida que não sei como é que nós vamos saciar todo esses dois panelões, desculpa a palavra panelão é que todo mundo entendeu o sentido. Ao mesmo que nós tempo que nós temos esse crescimento demográfico, tem uma estatística que diz assim que nós por causa da tecnologia e assim por diante é sempre mais ou menos 20/25 anos teremos trabalho só para 20% das pessoas, ou seja, nós vamos ter mais ou menos 80% das pessoas 75% que não sabe se vão ter trabalho, ou seja, vamos ter aí uma realidade de um mundo com muita gente e que essa gente que não trabalha como é que vamos resolver a questão. É só para dizer assim que tem muitas estatísticas que nos fazem pensar. Mas sobre essa questão da natalidade vocês sabem que nós seguimos aquilo que é da igreja da teologia, eu até que achei que ele ia brincar comigo né já que padre não tem filho né, não pode falar muito sobre esse assunto, mas assim é ah eu ia falar o segundo. Vocês sabem que na Itália quando morava lá, mas não é só Itália também é a França, Espanha, esses países mais ricos, os italianos não tem filho e quando tem um é muita coisa; mas já vem os muçulmanos com 7/8 cada um. Até é um pouco a questão também que atinge a outros países, mas para nós é o seguinte eu não julgo quem tem filhos o que eu penso é que tem que dar condições para eles e educação para os pais para organizar; nós não falamos controle de natalidade, nós falamos planejamento familiar e o planejamento se faz só com educação. Então nós não temos o que fazer. Agora nós temos que acolher e dar o sustento, porque eles serão os trabalhadores do dia de amanhã.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra o vereador Tadeu.
VER. TADEU SALIB DOS SANTOS: Senhor presidente, quero saudá-lo, em saudá-lo também saudar as nossas vereadoras e os demais vereadores, também a este público que vem hoje para também saber algumas coisas. Sei que é pouco tempo que o senhor está aqui, estamos aí para fechar os três meses, a sua missão é uma missão nobre, mensageiro de Deus aonde o senhor terá que representar a simpatia do padre Paulo, aquela pessoa fantástica que ficou aqui um bom tempo e que deixa muita saudade. Também o senhor já vem com ideias de Bento Gonçalves, aqui do ladinho, quais estão programadas pelo senhor para colocar em prática também em Farroupilha o que deu certo em Bento Gonçalves; a imaginar a fome, a água, entre outros assuntos, Farroupilha até há bem pouco tempo não existia os pedintes de sinaleiras, mas agora está se tornando algo normal. Nós já tivemos até incentivo de uma campanha aonde onde foi dito que se tudo der moeda, eles ganham mais do que trabalhar. Como o senhor vê a diferença Farroupilha e Bento Gonçalves? Seja bem-vindo à nossa cidade, porque o seu currículo praticamente já correu além de Farroupilha a muitos outros lugares.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Tadeu. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Eu aproveito para dizer e concordar contigo; até expressar você recordou do padre Paulo, é claro ele trabalhou 13 anos aqui, é uma pessoa muito inteligente, muito comunicativo, simpático, relacional e como ele ficou também bastante tempo ele teve oportunidade de colocar mais em prática também certos projetos; e como eu digo, ele sempre ligeirinho né assim em todos os sentidos, então ele tem muitas méritos que vocês todos devem reconhecer e ele é meu colega, nós fizemos quando éramos seminaristas a gente fazia pastoral junto né a gente pegava o violão nas costas e íamos nos bairros. Então a gente já tem uma longa caminhada né de estarmos juntos nessa vida junto com o padre Paulo. Poderíamos até conversar mais né, mas fica isso por enquanto. Sobre a tua questão, eu vou dizer assim, em poucas palavras, porque mereceria muito mais do que isso. Bom, primeira coisa eu estou chegando e nesses três meses que eu estou aqui quase eu usei muito a palavra escutar; então eu estou escutando as equipes, o Leandro Adamatti, estou fazendo os conselhos aquilo que tem hoje para mim foi ótimo para escutar vocês, as pessoas que trabalham/animam. Claro teve coisas que eu tive que organizar e já trabalhando, mostrando, puxando; eu estou usando a palavra escutar em todos os sentidos. A segunda, nós vamos ter uma coisa muito boa que é bom que vocês saibam como Câmara de Vereadores nós vamos ter no dia 26 de agosto a jornada diocesana da juventude; vai ser no santuário, mas nós teremos do dia 11 a 25, mas cada paróquia vai ter a sua semana: lá em São Marcos, aqui no Primeiro de Maio, agora não vou dizer todas; mas tem e vocês aproveitem para fazer alguma coisa com os jovens também. Eu estou indo atrás do jovem fazendo um grupo grande, maior, para eles trabalharem/prepararem e fazer o que há de melhor pelos jovens; vamos tentar entrar nas escolas, na APAE, outras entidades que nos permitirem. Então a segunda questão que eu quero ajudar nesse ano é a questão da juventude e para mim já vou dizer, para mim nesse ano essas duas semanas serão as mais importantes do ano em termos de igreja. Depois todas as outras questões inclusive essa que nós estamos conversando hoje também.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Mais alguém quer fazer uso da palavra? Com a palavra o Vereador Juliano.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Senhor presidente, colegas vereadoras/vereadores. Quero cumprimentar o padre Gilmar, quero cumprimentar todos os cidadãos e cidadãs que fazem presentes aqui, TV Serra, Rádio Miriam, jornal Farroupilha, Benacchio sempre aqui presente nos acompanhando. Bom, eu acho que a tua fala ela é certeira, precisa, acho que é um assunto sim, padre, essencial para a gente debater e é triste que no ano de 2023 ainda a gente tem que discutir problemas milenares né. Se a gente for voltar lá para a história, cada contexto cada época cada período a gente vai ver que teve seus problemas que teve suas mazelas, mas muitos dos quais permaneceram; trocou um sistema, entrou outro e assim sucessivamente, mas ainda vemos a vulnerabilidade do ser humano quando se trata do próximo e acima de tudo trazendo próprios números do Brasil. Brasil um dos celeiros na produção agrícola e muitas vezes não consegue comportar a necessidade na qual precisaria. Eu ouvi muitas coisas e sem sombra de dúvidas é preciso a questão a gente ouvir fala muita políticas públicas. Primeiro para começar com as políticas públicas tem que ter o diagnóstico tem que ser certeiro, estar ali na ponta, qual que é e aí a fala do senhor lá o mapeamento. Depois eu digo que o senhor também falou o cadastro e depois o atendimento que é resolutividade. ao longo do mandato eu apresentei algumas proposições duas delas fazem quase dois anos que foram encaminhadas e até agora não houve êxito e não voltou que é a criação de programas: a marmita popular que seria o que? Trabalhar com as comunidades e inclusive utilizar os espaços da escola como uma espécie de cozinha solidária, Volnei, proporcionar isso; também as hortas comunitárias, nós temos muitas terras que elas poderiam ser produtivas em prol da coletividade e lá o que que a gente vê? Mato, enfim, e poderia ser levado adiante, mas claro tem que ter um incentivo tem que ter um estímulo por parte do poder público e também olhando aqui nesse documento o senhor trabalha também a tese da política da economia solidária que também eu apresentei uma proposição ainda no ano passado que é uma política municipal da economia solidária que são formas da gente manter viva essa redistribuição/essa organização. Então eu gostaria de perguntar, padre, como que programas como esse poderiam se diferenciar ser um diferencial no combate à fome e na construção que as pessoas tenham pelo menos o básico. E também quero aqui acolher a ideia da do Conselho de Segurança Alimentar, dizer que é muito profícuo, e eu estarei apresentando quero convidar os colegas vereadores todos que se sentirem à vontade quiserem assinar para que assim o Executivo avalie, para concluir, senhor presidente, para que assim o Executivo avalie e encaminhe como um projeto de lei e depois vire um órgão consultivo/deliberativo, mas afim de atender as questões do cidadãos. Obrigado, senhor presidente.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Juliano. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Só não captei o que seria essa última, é criou o quê? uma lei?
VER. JULIANO BAUMGARTEN: (INAUDÍVEL)
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Certo. Sim, só primeiro eu queria pelo respeito que tenho ao nobre radialista que de vez em quando me entrevistava lá na rádio Miriam, vocês sabem que a questão da esmola não é uma coisa fácil de fazer o discernimento; vai em comunhão com a pergunta sobre assistencialismo que foi feito antes. O que que nós orientamos? Olha, por exemplo, esses dias um senhor aí na praça ele me disse “bah, precisaria tanto de dinheiro para ir a Guaporé né”. Eu já sabia que não era, mas eu dei assim mesmo. Aí no dia seguinte eu disse: “bah, e não foste para Guaporé?” E aí ele deu uma escapadinha. Mas eu sei é assim, a esmola por um lado ela é boa e pode ser perigosa, é uma faca de dois gumes como a gente diz. Então o que que eu penso? Fazer aquilo que eu falei fazer a caridade organizada, assim a gente foge daquela esmola que não é assim pejorativa e nem a assistencialista. E para o vereador que colocou essas questões eu também não como eu disse eu peço perdão, porque eu também não estou acompanhando assim diretamente as questões, mas se vocês quiserem uma sugestão minha, independente de partidos, das tendências que vocês têm, vocês poderiam, eu imagino assim, ter uma coisa comum faria bem a Câmara de Vereadores a partir de uma conversa que tivemos sobre a campanha nós vamos assumir esse compromisso aqui né. Eu não sei como é que poderia ser se é a economia solidária, duas/três atividades importantes para fazer juntos. Penso assim olha para a sociedade né vocês que são mais trabalhadores no marketing, seria uma expressão muito legal dizer nessa questão não tem cor partidária, não tem religião, não tem raça, nós vamos afunilar por uma questão comum. Se quiserem essa humilde sugestão seria bom e eu serei apoiador. E olha tem mais 45 minutos, você falou da horta comunitária; alguém me fez uma pergunta antes uma das coisas que a igreja através da Cáritas e dessa campanha que foi feita domingo que é a campanha da solidariedade ela incentiva as hortas comunitárias. Duas coisas bem rápida: aqui pessoal não sei se vocês vão nas casas dos pobres assim é um povo que não come saladas né/não come legumes, é um povo que privilegia o pão tá, mas saladas não, então já começa por aí; e a segunda lá para cima como eu disse como tem outros biomas, outras coisas, tem muita horta comunitária que foi financiada de certa maneira com dinheirinho para começar através da igreja, da Cáritas no caso, através da campanha.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra pastor Davi.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Boa noite a todos vereadores, todos que estão aqui conosco, a imprensa. Quero cumprimentar padre Gilmar Marchesini dar as boas-vindas aqui na nossa cidade Farroupilha. E dizer que é esse tema é extremamente importante para nós quanto Brasil, mas quanto a nossa cidade, e dizer para o senhor que está a três meses aqui que sim nós temos bastante necessidades aqui; quando a gente entra nas áreas que são invadidas, nas pessoas que estão ali vulnerabilidade social a demanda ela é muito grande e crescente quem sabe pela inexistência de algumas políticas públicas que já temos falado muitas vezes aqui nessa Casa né. E eu tive privilégio de enviar para o Executivo um projeto de lei falando sobre o jovem empreendedor, a semana e então alguns vereadores também com algumas proposições muito importantes para que a gente possa reverter né esse quadro e trazer também um caminho para essas pessoas que é o que nós precisamos. Mas falando de compaixão e de fome nós vemos no evangelho de Mateus a qual também engloba que a Campanha da Fraternidade quando Jesus ele fala em Mateus 25:35 que “tive fome e vocês me deram de comer né, tive sede e vocês me deram de beber, fui estrangeiro e vocês me acolheram”. Então aqui Jesus está falando da importância de nós termos a compaixão, se colocar no lugar do outro na necessidade e desse assistencialismo necessário. A campanha a qual fala aqui o vereador Roque ele cita quando Jesus estava Jesus estava fazendo algumas coisas importantes ali ele estava ensinando as pessoas, ele estava dando um caminho para as pessoas, mas quando chegou ao final da tarde eles não tinham o que comer então eles pegam e distribuem aquilo que eles tinham né; e Jesus ele dá uma um exemplo de inclusão de todos para todos né. E quando nós trabalhamos aqui nós vemos que nós precisamos trabalhar com esse tocante ao que o senhor fala. Não temos aqui uma cor partidária, não temos aqui uma religião, a ideia de Cristo nunca foi criar uma religião, mas sim trazer a palavra do pai né e ele sempre recomendava, ele dizia “eu só posso fazer aquilo que vejo meu pai fazendo”. Então a manifestação do amor que é a fraternidade juntamente com essa compaixão maravilhosa que nós vemos então de Cristo sobre todos. E eu queria perguntar o seguinte: em tudo isso, quais são as ações importantes assim que o senhor poderia falar da igreja enquanto tem chegado, eu sei que é novo aqui na cidade, mas as ações importantes para nossa comunidade de Farroupilha aqui, a igreja. Muito obrigado.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, pastor Davi. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Então primeiramente para dizer que quando eu cheguei eu tentei identificar né eu saudei todas as igrejas, religiões, então saudação ao pastor, deve ter outros também eu não perguntei, não tive tempo. E dizer assim que claro eu fui falando mais da minha também, porque foram direcionadas a nossa igreja e a campanha, mas a cada cinco anos a nossa campanha é ecumênica então ela é feita com todas, com as igreja do CONIC das igrejas cristãs; então ela é uma campanha aberta também as outras igrejas. E que bom, pastor, que você lembrou porque os apóstolos eles disseram assim deixa eles irem para a cidade e nós não podemos ter essa tentação. Nós vamos ter que encontrar alguma coisinha tem que fazer. Eu recordo de Santa Teresa, da Madre Teresa de Calcutá que acho que a maioria de vocês já devem ter ouvido falar dela, ela cuidava dos pobres, ajuntava os mortos e lá fazia todo um trabalho lá na Índia e perguntaram e disseram assim para ela: “você ajunta um e satisfaz um e tem milhões e outros que não tem, quer dizer você faz isso aqui, mas não resolve o problema”. E ela disse assim “olha o mar é grande, mas se faltar uma gota só falta muita coisa”. Ou seja, aquilo que nós podemos fazer é a gota o resto se chega tudo bem se não chega tudo bem, mas não podemos deixar de fazer a gota. Então que bom que a gente tem essa sensibilidade juntos para fazer. Sobre a nossa igreja assim vou ter que dar mais ou menos em palavras-chaves né nós temos em primeiro lugar a Cáritas a nível nacional que faz um trabalho o primeiro assistencial, mas organiza muitas entidades/assistências e trabalhos da economia solidária assim a nível do Brasil que são fantásticas né, por exemplo, retomo a campanha que foi feita sábado ela vai para um grupo e ela ajuda os grupos conforme os projetos. São grupos sérios. Aquela reciclagem que eu falei antes da experiência a Cáritas, por exemplo, pagou as máquinas, a máquina de prensar, e eles iam devolvendo R$ 200,00/mês; então eles iam trabalhando ganhando salário e só retiravam R$ 200,00/mês o resto né foi três quatro anos cinco para pagar, enquanto isso eles trabalharam. Temos as pastorais sociais que são muito importantes e as muitas entidades, hospitais e casas de acolhida que são ligadas à igreja, mas finalizando por mais que a gente faça sempre é muito pouco, temos muito a fazer.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Com a palavra o vereador Calebe.
VER. CALEBE COELHO: Senhor Padre, me ocorre algumas dúvidas né ouvindo o senhor falar e é bom porque quando a gente vai ouvindo a mente funciona né. Eu não tenho conhecimento, mas eu gostaria de saber o que é transgênico e porque foi desenvolvido a semente transgênica? Essa não é uma pergunta que eu estou fazendo para o senhor é uma dúvida que eu tenho e no tempo correto eu gostaria de saber de uma pessoa que entenda sobre isso né, porque eu não entendo. Outra coisa que eu acho que é muito importante nós colocarmos em questão é que quando o meu carro tá com problema eu procuro um mecânico, quando o meu computador estraga eu levo num técnico, quando eu não tô bem eu vou no médico né, a gente fala em comida, mas a gente não fala, não falou até agora, justamente nas pessoas que mais entendem sobre nutrição e que poderia nos dizer até alternativas né que são os nutricionistas. Então nós temos, seria muito importante que cada restaurante tivesse um nutricionista né e que as pessoas tivessem informação nesse sentido. Outro assunto muito delicado que eu gostaria de ter informações mais sérias né, mais objetivas, é com relação às pegadas de carbono que isso tem um conceito mundial com relação a isso, porém por outro lado está acabando com agricultura do pequeno agricultor, está causando alguns malefícios ali. Então eu gostaria de esclarecer isso no devido tempo, não vai ser possível hoje né. E uma coisa que eu gostaria de perguntar para o senhor aí sim essa é a minha pergunta né: qual é o conceito da igreja com relação àquelas pessoas que não querem ajuda; eu me lembro de estar voltando de Porto Alegre na sinaleira do da Scharlau um rapaz/um mendigo com um cartaz escrito ‘quero dinheiro’. Porque tem pessoas que eu já perguntei aqui em Farroupilha “quer um emprego, vamos tentar ver o emprego, tem uma ONG aqui e eu te levo vamos lá ele te encaminha.” Tem pessoas que não querem ajuda. Por mais que a gente faça que tu tenta encaminhar né e como é que a gente faz. Porque tem pessoas que estão ali porque como o colega comentou vão receber muito mais do que a gente e quase que por dia né. Então eu sei também que existe um texto na bíblia que fala que o ímpio muitas vezes tu vai oferecer a salvação, tu vai oferecer o caminho né, mas ele não quer; então é muito difícil para gente, por exemplo, saber exatamente para quem a gente vai tá dando ajuda, porque às vezes tu tá usando o teu tempo, a tua doação para uma pessoa que não tá nem aí, que tá acostumada a receber ajuda né. Então eu queria saber qual o conceito da igreja para essas pessoas que só querem ajuda, não querem mais nada ela, só querem estar recebendo, mas não querem emprego, não querem curso, não querem nada. Obrigado.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Calebe. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Vocês viram quantas perguntas entrelaçadas que ele trouxe, mas sobre a transgenia eu não vou entrar muito, porque se não precisamos né, só uma delas eu quero entrar, porque ela implica na questão da comida; sobre o dióxido de carbono você sabe que o Brasil é um dos maiores produtores de carne, de proteína de carne que é ligada diretamente a nós, à questão da comida, mas a questão é que os animais produzem o dióxido de carbono, que é o gás deles. Então por um lado nós fazemos uma coisa boa e por outro lado, ecologicamente, poderíamos dizer que é incorreto. Claro que ninguém de nós vai deixar de comer um bom churrasco, uma carne, sempre é bom, mas sem essa implicância; só para, só você foi falando e eu fui lembrando, mas aí teria que ser gente mais técnica para esses assuntos. Agora você traz um assunto que é, e você lembra que eu dizia de tantos aspectos entrelaçados que é o cultural. Olha o sistema a questão da cultura é uma das questões mais difíceis da gente trabalhar e aqui eu não quero falar cultura no sentido de conhecer muitos livros como às vezes se fala no senso comum, mas a cultura como uma forma de viver, a forma de se expressar, a forma de estar no mundo, o jeito como eu me comporto diante das realidades, do símbolo, dos ritos, da educação e assim por diante. E de fato nós temos a cultura de quem trabalha, produz e assim por diante temos a cultura também de quem não trabalha, de quem tem um outro olhar sobre o modo de viver. Estão certo ou errados a gente não sabe, mas é um modo cultural diferente. Então eu no meu ponto de vista eu respeito todo mundo, eu entro eu tenho que acolher quem é. O problema mesmo é quando essa forma de viver ela já não é uma forma digna ou não traz dignidade, por exemplo, enquanto você falava me veio imediato uma imagem da Cracolândia né, da Cracolândia, vamos pegar um lugar distante para não falar de nós aqui. Como é que é aquelas pessoas daquela situação vão querer trabalhar, vão fazer o que, quem é que vai pegar de empregado, qual é o setor público que daria trabalho para essas pessoas. Eu tô falando em geral sem julgamentos. Aqui mesmo na cidade certos tipos de pessoas quem iria levar lá para tua empresa, na paróquia quem iria trabalhar. Quer dizer não é tão simples assim. Se me dá, só para não perder o pensamento, a gente fala muito né de dar de ensinar a pescar; esses dias alguém me falou padre tem que ensinar a pescar e eu disse, “mas eu rio tá com peixe?” Temos que ver as várias razões para entender as complicações sociais também.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Passo a palavra com vereador Marcelo Broilo
VER. MARCELO BROILO: Obrigado, senhor presidente. Boa noite a todos os presentes, colegas, obrigado padre Gilmar pela presença pelas explanações; colega Thiago, parabéns pela proposição/pelo requerimento da vinda do padre Gilmar. Eu gostei muito padre Gilmar quando você falou o senhor falou em gesto iluminador, perfeito; não, sobre a sua fala ‘gesto iluminador’ falando em termos a campanha né. E sejamos nós luz também diariamente. Então a gente fala de alimentos, da fome, mas também podemos destinar uma palavra, certo, algo que conseguimos transformar a vida das pessoas e praticar a empatia certo. Então eu digo sempre que tudo é energia e a gente está ligado por laços ou por fios invisíveis sabendo como você disse, o senhor disse também, que é a gente é responsável por tudo que chega até nós. A gente viu a briga viu a fome, o fato de observar/ver somos responsáveis. Então minha pergunta para o senhor é bastante singela, mas não menos importante: na questão campanha fraternidade a doação mesmo que a gente consiga levar até a paróquia, tem um local específico e um horário também para isso? E pôr fim a palavra julgar que está no escopo da Campanha da Fraternidade em nenhum momento causou assim embaraço, porque a gente não deve julgar certo então é ver, observar e julgar; só me chamou a atenção da palavra julgar, porque não podemos julgar né, não temos esse poder assim dizendo. Então só a questão de curiosidade mesmo se eu acredito que não que ela está muito bem colocada, mas o julgamento me refiro na questão que não devemos fazer. E só a questão de horário local para a gente poder ajudar também. Muito obrigado.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, vereador Marcelo Broilo. Com a palavra o padre Gilmar.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Muito obrigado. Só a palavra ver, julgar e agir é um método que vem do cardeal Cardjin que fundou a ação católica; então a gente continua com as três palavras. Aqui julgar não é no sentido de julgamento que Jesus disse “não julgueis para não ser julgados” aqui julgar é uma ação crítica a partir da palavra de Deus; é você ter a palavra de Deus e o que que ela te ilumina diante de uma situação, diante de uma realidade. Então, por exemplo, aqui no texto, agora não vou poder falar tudo, mas, por exemplo, ele começa lembrando lá no êxodo que o povo teve fome, depois as palavras de Jesus que foram citadas pelo pastor no capítulo 25 de Mateus, que são as obras de misericórdia, e outros textos de outras cartas de São Paulo. Mas é julgar como inteligência em cima de um texto; então não é julgamento no sentido de pré juízo sobre as outras pessoas. E assim, a pergunta dele é muito importante e aí se uma pessoa quer doar que que faz. Então se for na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no horário expediente, vem lá todos os dias tem alguém que traz comida/roupa alguma coisa que quer doar. É uma coisa que nós precisamos evoluir, como eu falei antes temos tudo a aprender, organizar melhor e a fazer de uma forma melhorada também. E nas outras paróquias eu não sei, mas provavelmente é sempre no horário de expediente. Provavelmente não somos só nós que recebemos eu sei que temos outras entidades/outras beneficentes, temos os pobres servos, as irmãs pobres servas também que que recebem e fazem um bom trabalho, provavelmente temos entidades aqui ligados à prefeitura também que devem receber. A igreja é muito importante, mas ela tem uma parte as outras também fazem a sua parte.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar. Agora peço para assumir a presidência o pastor Davi.
VICER-PRES. DAVI DE ALMEIDA: Boa noite a todos mais uma vez. Então com a palavra o vereador Maurício.
VER. MAURÍCIO BELLAVER: Padre Gilmar Paulo Marchesini, a primeira pergunta que lhe faço, o senhor é formado em quantas coisas? Depois o padre responde aí. Mas eu venho da agricultura familiar, moro no interior de São Marcos, e lá nós não foi citado aqui nós temos a tal da farmacinha. Tem umas par de senhoras que dão incentivo a farmacinha e é através da paróquia que ela funciona e funciona muito bem. Mas eu pergunto para você também qual é o incentivo que a agricultura familiar tem? Orgânica. Que é muito, tem muitas vendedores que vendem que sabe que tem que viver né e, mas essa orgânica não tem. E também sempre essa frase eu cito aqui: se a agricultura não planta, a cidade não janta. Então tem que se investir sim bastante na agricultura familiar. Então a pergunta é essa o incentivo orgânico e a formação do padre que não é só padre né. Muito obrigado.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Então sobre a formação eu tenho faculdade em filosofia, licenciatura em teologia, fiz um mestrado em filosofia sistemática em Roma, teologia espiritual em Roma e fiz todas as disciplinas do doutorado em filosofia só que como eu tive que voltar, porque o meu tempo tinha acabado e aí faltou um seminário e a tese; depois eu tentei voltar outras vezes, mas por causa dos trabalhos aqui eu não pude voltar, depois uma outra hora o bispo me convidou para ser coordenador de pastoral da diocese então eu tive que fazer esse trabalho. E depois aí quando eu saí da coordenação eu ainda estava com vontade de fazer o doutorado, mas eu tenho problema nesse olho aqui que você deve ter percebido e aí eu já tinha feito a oitava cirurgia nesse olho então eu achei melhor me cuidar um pouco na questão da visão e depois não voltei mais para fazer o doutorado, mas tenho um curso também que eu fiz que se chama CAJU que é uma especialização de trabalho com a juventude, quando eu era padre novo eu fiz também esse estudo. Você coloca, parabéns por ser agricultor familiar, isso engrandece a nossa vida é um trabalho que não é fácil de fazer e eu vejo lá, por exemplo, Nova Roma do Sul que é muito próximo do jeito de vocês, não é fácil ter a sucessão familiar; mas os jovens hoje eles querem, buscam um curso, uma faculdade e eu graças a Deus tenho vários sobrinhos que estão em casa, mas isso é coisa raríssima, que continuam inclusive tenho uma sobrinha ela já tinha feito o primeiro ano do segundo grau e ela voltou para o primeiro ano e foi fazer esse curso que tem aqui na terceira légua que é um técnico agrícola na verdade para trabalhar justamente em casa. Eu achei aquilo maravilhoso, mas nunca teria esperado assim por dizer. E a agricultura familiar tem dois dilemas de um lado aquilo que você já falou os colonos também se nós não botamos aquilo não vem, por outro lado a agricultura ecológica nem sempre dá o sustento necessário e nem sempre fica como a gente quer. É porque a gente tem os padrões também de como devem ser alimentação, talvez aquela que nós achamos que não está tão boa está melhor do que a outra mesmo com as dificuldades que ela tenha de não ser tão bonita, com algumas coisas alguma ruga mais no meio e assim por diante. Mas eu vou dizer para vocês o trabalho que a igreja fez que eu lembro quando a gente era coordenador de pastoral, foi com as cooperativas aqui da região, aurora; agora me escapa os nomes da Linha Jacinto e outras, um trabalho conjunto para ajudar os jovens a fazerem a sucessão familiar porque às vezes a família já tem o trator, a terra, o parreiral, tudo, mas ninguém fica para trabalhar lá no interior e acho que é uma coisa que vocês podem pensar também no futuro.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Se nenhum vereador mais quiser fazer uso da palavra, passo a palavra ao nosso convidado pelo tempo de 3 minutos para as suas considerações finais.
PADRE GILMAR PAULO MARCHESINI: Bom, eu quero agradecer o convite como eu disse no início eu fiquei meio receoso porque eu pensei: bah, na Câmara de Vereadores né eu não sou habituado a essas questões, a esse diálogo aqui. Mas penso que foi bom né assim eu me obriguei a estudar um pouquinho mais, a gente dialogou, tivemos ideias e eu pude aprender também de vocês e vai me ajudar certamente em muitos momentos aqui na cidade; a gente vai se encontrar em festas, celebrações, questões de iniciativas eventos da Prefeitura e só tende, tendemos a crescer nisso. Vocês acham que já viram que eu sou de um jeito bondoso, mas também sou crítico; crítico no sentido da palavra crítico né não da do crítico por crítico. Crítico daqueles que sonham que querem ajudar, participar, que pensam que dá para fazer algo a mais. Quem trabalha comigo geralmente ele nunca houve ela tá ótima, já tá tudo legal sempre digo, “mas daria para melhorar aqui dá para ser melhor lá”. um pouco o meu o jeito de ser, então se me encontrar e falarem comigo já devem saber que eu sou assim; fizeram bonito, mas olha tem aquela questão que pode ser melhor. Então vocês eu peço para não se incomodarem se eventualmente eu tiver essa atitude. Quero deixar ao presidente então o meu livro aqui que eu fiz quando era professor da universidade. Dei aula mais ou menos 20 anos na faculdade. Que é de filosofia; se alguém se interessar e dar uma olhada a conversa com ele pode ir passando, eu tenho inclusive outros eu só trouxe um se eventualmente alguém quiser eu posso doar também. Então fica esse meu apreço. Quando o papa em 1980 ele esteve aqui no Brasil lá em Piauí tinha um cartaz na frente dele que dizia assim “o nosso país passa fome’. E o papa polonês que vocês provavelmente devem recordar ele disse assim “fome de Deus sim, fome de pão não”. Eu acho que isso fica para todos nós o ensinamento para finalizar esse momento, essa partilha de ideias que a gente fez. Eu devo confessar a vocês que eu achei que era só meia hora depois eu saía eu nem sabia que tinha todas que ia ter esse espaço das perguntas e olha iniciamos às 6 horas, 18h, e ficamos com esse tempo aí juntos. Eu gostaria de finalizar aqui com um poema que todos nós ouvimos quando éramos estudantes, de Manoel Bandeira, para não dizer que eu venho aqui só para falar e poderia falar muita coisa da Bíblia, mas eu quero finalizar com o Manoel Bandeira quando ela escreveu um poema dizendo assim: ‘vi ontem um bicho na imundície do pátio, catando comida entre os detritos quando achava alguma coisa não examinava nem cheirava, engolia com voracidade; o bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato, o bicho, meu Deus, era um homem’. Então muito obrigado e finalizo assim com a frase de Jesus: “eu tive fome e deste de comer todas as vezes que fizerdes a um desses pequeninos é a mim que vocês estão fazendo”.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Obrigado, padre Gilmar, pelo livro; agradecemos ao nosso convidado padre Gilmar. Passamos ao espaço destinado ao grande expediente.
GRANDE EXPEDIENTE
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Convido o Partido Socialista Brasileiro – PSB para que faça o uso da tribuna; fará uso da tribuna o vereador Juliano Baumgarten.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Senhor presidente e colegas vereadoras/vereadores,
público aqui presente. Bom eu venho trazer alguns assuntos nessa noite também bem importante para a gente debater discutir achar proposições, acho que nós tivemos um espaço do convidado bem importante onde que ouvimos, aprendemos muito e agora cabe algumas questões nós colocarmos em prática e eu reitero vou estudar essa semana e vou propor como indicação a criação do Conselho de Segurança Alimentar que é uma prerrogativa do poder executivo a questão dos conselhos municipais então depois o vereador a vereadora que quiser assinar junto só dá um sinal que será bem-vindo. Bom eu acho que tem que falar sobre alguns assuntos, dentre eles nós estamos no mês de abril mês alusivo a conscientização do autismo; ontem foi o dia mundial da comemoração, da busca pelo entendimento, da busca da inclusão e nós tivemos uma notícia bem importante vinda do executivo que foi a ampliação do segundo turno para as pessoas com espectro autista junto a AMAFA; isso foi uma pauta que debatemos inúmeras vezes no ano que se passou tanto na comissão de infraestrutura tanto no plenário inclusive nós apresentamos um requerimento 146/2022 assinados por mim, vereador advogado Roque, vereador Amarante, tivemos uma discussão porque era de suma importância fazer aquele debate naquele referido o momento que sim foi propulsor juntamente com o interesse público e a consciência e a compreensão de que precisa sim investir nesse caso da AMAFA e atender, acolher essas famílias; porque se tu pega uma criança um adolescente já tem um trabalho já tem toda uma organização muitas vezes pensa por uma família que tem uma criança, um autista e todas as dificuldades que permeia a sociedade e como fora dito diversas vezes entre os movimentos graças ao avanço da medicina, graças ao avanço tecnológico os diagnósticos estão cada vez mais precoces e conforme os níveis de autismo tem feito o quê ajudado a mediar, a compreender, a viver, a conviver e o próprio símbolo que é o laço que vem com quebra-cabeça ele é o quê que são várias peças que muitas vezes o próprio autismo é complicado e a gente sabe da importância que o trabalho que AMAFA faz na cidade e que acolhe da melhor forma todos os munícipes, todos cidadãos e que bom que veio essa notícia, esse recurso com certeza fará a diferença principalmente para famílias e todo mundo que vive ao redor que vai conseguir ver os pequenos médios e longos avanços mas claro é uma questão de educação e ela é contínua. Então eu acho que é bem importante complementar eu faço diversas críticas diversas cobranças ao executivo mas quando as ações elas são importantes a gente tem que salientar e esse caso sem sombra de dúvida vem a parabenizar. Rose, coloca no telão algumas fotos por gentileza. No mês passado a edição do gabinete móvel foi no bairro Monte Verde onde que eu conversei com algumas pessoas e fiz algumas fotos e inclusive fiz um pedido de providência para que se fizesse uma roçada no entorno do bairro; pois bem, passou quase um mês até agora não foram tomadas as devidas providências da limpeza. Vai passando as fotos, Rose, que tem uma que eu quero destacar, vai passando pode passar, pode passar, vai, a que eu apareço que daí fica mais fácil de identificação, essa aí, para nessa, bom eu tenho 1,93 de altura o capim tá do meu tamanho e a foto foi feita no mesmo ângulo, não foi feita de um outro ângulo para equiparar ou fazer qualquer coisa que fosse para aumentar. então o que que acontece onde que eu quero chegar: manutenção da cidade talvez é o assunto que eu mais falo e é incansável repetir isso precisa sim limpeza hoje pela manhã me ligou um cidadão morador de lá agora me falha a memória com o nome e ele me disse: vereador, inclusive eu liguei na ECOFAR e me disseram sim vão limpar eu acho que é para ontem que precisa fazer essa limpeza. Pode passar nas outras fotos. Realmente além da questão da sensação e da sujeira ali posta do mato crescido tem alguns pontos para fazer a conversão do veículo que eles ficam complexos que fica difícil até a própria visão; então nós fomos lá eu e o Gilmar olhamos fizemos alguns registros fotográficos e estamos apresentando que precisa sim uma limpeza é algo que meio-dia nem isso resolve e dará a segurança também ali na rótula o que que a gente pode ver tem a carga de entulho que foi despejada provavelmente deve ser de construção muito próxima que fora colocado o que que precisa a fiscalização do município tem que ir lá em loco fazer averiguação, ver se tem provas e tem que notificar e se não resolver o problema lavra uma multa, porque não é porque eu faço uma reforma na minha casa que eu tenho que colocar os entulhos no canteiro central então não pode e inclusive existem duas placas e eu olhei junto ao pedido de informações que eu fiz no ano passado que nenhuma delas faz parte com aquela lista do PROMAP que é o programa municipal de adoção de áreas públicas que poderiam sim essas empresas coletivamente cuidar daquele entorno, explorar a marca, usar o espaço mais cuidar e o que que foi visto o mato tomado as placas lá e aquilo que eu volto a dizer quem expõe a placa tem o bônus, mas tem o ônus tem que sim adotar a área e cuidar então é uma demanda que eu trago que ela é muito simples de resolver, mas precisa resolver; então encaminho aqui para os meus colegas vereadores da base do governo já lhe cedo uma aparte base do governo para que assim encaminha essa demanda e que tem o resultado quanto antes para resolver esse problema no bairro Monte Verde. Uma aparte ao vereador advogado Roque.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte ao vereador Roque.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Obrigado pelo aparte. Eu acho que têm algumas coisas na ECOFAR que é problema de falta de gente, de alguma coisa do gênero, mas a maioria delas é problema de gestão e vou exemplificar um caso que há tempo acontece, acho que até na época da nossa gestão, quando eles passam recolher os lixos das lixeiras aonde não é containerizado eles recolhem eu vi hoje às 11:00 da manhã recolhendo o lixo colocando na esquina uma vez colocavam bem junto ao meio-fio agora coloca uns 2 metro para dentro da rua que os carros tem que desviar um monte de lixo colocaram às 11:00 da manhã e recolher a 5, 6 horas com aquele lixo ali, não vejo necessidade para fazer isso, para concluir, e além de expor aquilo ali porque vaza os cachorros rasgam fica o lixo escorrendo pelos calçamentos próximos das residências e ainda levam em volta esses lixos Então é falta de gestão isso aí, é incompetência de quem administra que deveria de ver esse tipo de coisa é só organizar o tempo gente. Obrigado pela parte.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Obrigado, vereador Roque, muito obrigado pela sua contribuição acho que é importante esses problemas serem linkados e também tentar achar uma alternativa que é isso que a gente espera que a ECOFAR vai fazer nos próximos dias atender, porque a gente sabe que essa questão do lixo tem que primeiro tem que parabenizar né o trabalho dos garis incansável que eles fazem mas há um problema na gestão eu concordo contigo se eles recolhem o lixo às 11 horas da manhã e fica ali armazenado e voltam depois, quem está no comando não deve estar passando informação correta e claro a própria questão que tem dias mais quentes que fica todo aquele cheiro quando os animais rasgam, espalha; então depois viram problema muito maior do que ali estava então é importante falar isso. Rose, pode tirar as fotos do telão. Então essa é uma manifestação sobre ECOFAR e limpeza. O terceiro assunto não menos importante mas precisa sim, eu tô assustado com o que tá acontecendo na cidade o número de acidentes, eu não consigo compreender o que está acontecendo na cidade, sério mesmo, é na área central é no interior, é em rodovias, em todos os lugares, mas eu nunca tinha visto algo tão desproporcional quanto agora e há uma necessidade de criar um mecanismo, seja por via municipal e tentar coibir isso. Ah, muitos vão dizer: ah mas a educação no trânsito; sim educação no trânsito a educação é um processo lento precisa ser feito algo pedagógico de curto prazo nem que seja blitz nem que seja multas precisa alguém tentar fazer algumas questões, por exemplo eu fiz um pedido de informações e na quarta-feira de noite em reunião no bairro Nova Vicenza e na qual os moradores os meus vizinhos me procuraram nós convidamos a brigada militar para discutir um problema da questão do perturbação do sossego público e depois entrou o problema da do excesso de velocidade. Então a brigada quero agradecer aqui prontamente atender o meu pedido fomos lá conversamos tentamos achar uma solução não é algo tão simplório e o capitão nos disse que agora a brigada está cuidando também da fiscalização do trânsito, eu acho que tá na hora de pegar a guarda municipal orientar treinar capacitar e colocar na rua mas onde que há a necessidade não sair multando adoidadamente como se não houvesse o dia da manhã mas acho que tem que ser nem que se for de forma educativa de chegar notificar, porque inclusive fazer um paralelo a isso muitas pessoas atravessam a rua, e eu já falava isso, não olham para o lado, principalmente pessoas idosas, eu quero te dizer que infelizmente uma hora dessas vai acontecer algo pior então nós precisamos usar as forças que nós temos ah, mas fulano agiu de forma indisciplinar, usa a lei, age conforme tem que agir a lei, há não cumpriu sindicância investigação punições que prevê o próprio estatuto do servidor todas as questões da legislações mas é preciso sim que volte a ter um controle. Olha só se eu não me engano ontem, se eu não me engano ontem deu um acidente na frente da Rádio Spaço sábado esquina da marechal esquina com a 13 de maio na sinaleira hoje de tarde aqui na aqui na esquina da câmara por pouco não foi atropelado um cidadão atravessando na faixa de segurança e por sinal muitos os pontos das faixas estão apagadas e até onde que eu soube de informações o Fernando e o Miguelzinho que são os responsáveis pela pintura eles estão acompanhando apenas as obras que estão acontecendo que bom que estão acontecendo as obras, mas a coberta é curta então tu cobra um santo tu descobre outro então nós precisamos urgentemente também pintar novamente as faixas de seguranças a gente sabe que é histórico o problema de não respeitar a sinalização de trânsito, mas precisa ter isso então volto a dizer que chegou a hora de analisar, discutir, precisamos achar uma solução para o trânsito de Farroupilha tá parecendo uma roleta russa então fica aqui a reflexão. Obrigado, senhor presidente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Juliano. Convidamos o partido o Republicanos para que faça o uso da tribuna. Fará o uso da tribuna Tiago Ilha.
VER. TIAGO ILHA: Senhor presidente, colegas vereadoras, vereadores, pessoas que nos acompanham na sua casa e as pessoas que estão aqui hoje. Eu gostaria de me deter é a nossa fala aliás muita oportuna na discussão inclusive já iniciada nessa casa e que permeia aqui o início da fala pela participação aqui do nosso pároco da cidade que fala sobre Campanha da Fraternidade, mas fala também é sobre uma questão de cidadania de poder olhar para a sociedade como um todo, não só questão do alimento, mas também principalmente com a questão do meio ambiente que a gente vive, nós falávamos aqui foi pauta também a preocupação que a gente tem que ter com a água; imagina só o que que a gente vai ter na nossa cidade no futuro se a gente não tiver essa preocupação imediata da questão da água e quando fala água a gente não pode falar dela só de forma isolada e sim a gente precisa ter um contexto sobre a questão da água e que futuro que a gente vai ter da nossa cidade né nos próximos meses e anos, queria falar hoje para você sobre essa esse projeto de lei que sou autor que tá tramitando nessa casa que fala sobre a questão das políticas públicas voltadas ao meio ambiente. Deixa eu trazer aqui ó. Então alguns impactos né sobre a falta da preservação ambiental, o nosso projeto ele fala muito sobre a questão da Educação Ambiental eu começo falando uma frase que parece que é tão antiga, mas é tão presente para mim porque falava que o vereador Juliano sobre o problema da do lixo né a questão aqui também é o Roque lembrou muito sobre a questão da separação né da forma adequada de tratamento desse resíduo e tudo tá voltado com a preocupação com a água do que lá hoje de quantos presidentes lixo clandestino nosso interior. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, nós precisamos ter um projeto permanente de educação ambiental então é prerrogativa do vereador fazer esse projeto sim; então a gente tá trazendo ele é porque tudo que nós estamos percebendo sobre principalmente as mudanças climáticas elas estão voltadas principalmente aqui ó trazendo alguns impactos disso que eu tô falando sobre tudo que está acontecendo não só aqui em Farroupilha como no mundo e a gente não tá olhando sobre isso né, por exemplo a questão a gente fizer um recorte aqui pro Rio Grande do Sul para o sul né sobre o problema que tá hoje a questão das mudanças climáticas e o impacto direto na vida do cidadão e impacto direto não é só incômodo “ah eu tô com o incômodo do problema do lixo, eu tô com o incômodo problema que vai faltar água, estou incômodo da questão do esgoto, eu tô com o incômodo como tratar o meu resíduo”. Não é só incômodo isso é a garantia de vida nós estamos falando em algo que é a garantia de vida da nossa cidade então como na nossa cidade com toda essa história né toda essa questão econômica tão presente né historicamente, politicamente bem administradan a gente até o presente momento não tem um programa uma lei de educação ambiental então nós ensaiamos esse projeto quando estive na condição de secretário municipal deixamos boa parte do projeto que foi protocolado aqui na câmara né que lá no executivo municipal e que infelizmente nessa agenda ambiental tem sido deixada de lado já há algum tempo desde quando foi extinta a secretaria do meio ambiente, pasmem, extinta secretaria do meio ambiente da cidade; então de lá para cá a gente teve muitos retrocessos e a secretaria do meio ambiente aliás o departamento de Meio Ambiente hoje na prefeitura serve simplesmente para dar licença ambientais só e hoje conversei muito com um funcionários de carreira da casa que me relataram isso não tem aliás o único projeto permanente na nossa cidade de educação ambiental é muito bem feito pelas escolas né vários projetos inclusive aí entra na antiga administração o projeto muito parceiro foi o plástico do bem outros que que é o espaço é também destinado a escolas trabalharem esse tema e muito bem feito então esses impactos todos eles versam e a gente chega aqui sobre qual a responsabilidade do poder público com o meio ambiente tá lá ó presente desde a constituição no art. 225 é total compromisso dever nosso como ente público e aí nós temos todas as obrigações que são divididas entre o ente federal, o ente estadual e municipal; então de novo a gente fala aqui, vereador Amarante, que a nossa cidade não tem um metro de esgoto tratado que a nossa cidade inclusive esse relato que eu acho que foi o vereador Roque que trouxe aqui eu mesmo já vi esses dias a nossa companhia ECOFAR misturando lixo seco com o lixo orgânico, colocando tudo no meio do caminhão e vamos embora eu mesmo vi isso inclusive no governo anterior que fiz parte que era secretário do meio ambiente por 4/5 vezes autuei a ECOFAR com o mesmo problema; então isso não é de hoje, isso aqui é antigo e aí talvez nós como entes políticos estamos pecando principalmente na hora de escolher os diretores e os organizadores coordenadores muitas vezes da nossa companhia por quê? Porque tem que ter compromisso com a causa. É mais fácil recolher junto? Obviamente que sim. É mais fácil na nossa casa misturar tudo? Obviamente que sim mas a gente vai estar fazendo o correto não quanto que nós se nós sairmos daqui agora olharmos aqui na Câmara de Vereadores entrarmos na prefeitura ou passarmos em qualquer repartição pública qual é o trabalho de educação ambiental que a gente está enxergando e aqui, gente, “ah, Tiago” além do projeto de educação ambiental por que que a prerrogativa nossa do vereador é limitada, nós gostaríamos de ter a caneta aqui dizer ó vamos fazer assim assim tal não podemos, mas a gente pode é uma prerrogativa importantíssima de criar um regramento, de criar um norte, uma raiz, um projeto que tenha começo, meio e fim; pois bem então nosso protocolamos para discutir com todos os nossos colegas vereadores este projeto que traz então aqui algumas iniciativas né de cidades que tiveram projetos voltados à questão ambiental que são ‘cases’ no Brasil né e que funcionam né inclusive no litoral catarinense na capital do Paraná Maringá tem um projeto também nesse sentido e o nosso projeto protocolado nessa casa nº 17/2023 que dispõe sobre a educação ambiental instituído, instituindo a política de Educação Ambiental no Município de Farroupilha eu convido a todos conhecerem esse projeto já vou ceder uma parte ao colega Amarante convido a todos para conhecer esse projeto, nós vamos discutir ele aqui inclusive devo a partir do dia de amanhã oficiar todos os entes ligados à parte ambiental, passar uma cópia do referido do projeto pedir a opinião de todos os entes e que participa muitas vezes a maioria das vezes né gratuitamente como voluntários na questão da política de educação ambiental né, devo me reunir também e fazer uma discussão com a comunidade porque como eu falei anteriormente do projeto aqui é do de reaproveitar o alimento, não vai adiantar nada a gente vem aqui fazer a lei e a lei aprovar, gente, não vai adiantar nada se a gente não tiver a coparticipação da sociedade como um todo né do município das entidades do cidadão né talvez nós começamos com exemplos aqui de parece que pequenos gestos um trabalho aqui inclusive na própria casa aqui né de reciclagem do que a gente gera de resíduo; então esteve aqui na Câmara alguns anos atrás você lembra o Instituto Lixo Zero trouxe aqui inclusive tá aqui ó até hoje né a canequinha aí. Então parece que são gestos simples mas aqui pelos entes né são simbólicos. Queria ceder uma parte ao Vereador Amarante.
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: Um aparte ao vereador Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Obrigado pelo aparte, vereador Tiago. Eu lembro que num período na prefeitura tinha uma organização do lixo com todas as classificações, aí se criou também aqueles container nos bairros também com todas as classificações até não vi mais isso foi retirado de repente o ecoponto também é até seria uma pergunta, porque às vezes nós temos que responder para nossas crianças lá na escola realmente é feito a educação ambiental crítica e eles levam isso para nossas casas aí responder o que para nossas crianças quando elas perguntam: mas por que que eles misturam todo o lixo o pai ali meio que sabe muito descontente vendo a mistura que é feito então eu acho que sim temos que trabalhar essa questão ambiental para trazer esse conhecimento de todos juntos a esses órgãos como tu mesmo citaste AFAPAN e outros é que hoje fazem um trabalho em nossa cidade também é meio que solitário meio que solitário e que temos que juntar todas os ausentes públicos vereadores e essas entidades para trabalhar juntos sim essa questão.
VER. TIAGO ILHA: Obrigado contribuiu muito, colega vereador. Uma parte a vereadora Clarice.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte a vereadora Clarice.
VER. CLARICE BAÚ: Obrigado, na verdade com estranheza né porque na outra sessão o colega Vereador disse que estaria desatualizada, porque já existia uma lei né na questão ambiental e que eu tinha proposto um projeto de lei na questão de educação ambiental no âmbito escolar e isso e foi então dito aqui que eu estaria ultrapassada e que estaria desatualizada sabe que o senhor também está desatualizado propondo, só isso.
VER. TIAGO ILHA: Contribuição é importante eu acho que toda ajuda é sempre necessária né nós precisamos nesse momento sim somarmos forças né nessa questão ambiental que ela é muito importante né, porque ela reflete né vereador sobre a vida cotidiano e a escola, a participação escolar é tão importante é que a minha filha de dois anos, Betina, chega em casa no dia mundial da água ela chega em casa e aí naquele momento tinha chegado direto para o banho ela bate lá e aí o que foi filha tá demorando demais no banho, porque vai acabar a água do planeta; então é um gesto né parece que é simples, Amarante, vereadora Clarice, mas que nós estamos falando em educar com o gesto eu sempre tento trazer à tona aqui o belíssimo aí iniciativa do vereador Broilo sobre o projeto me respeita gente tá na porta da Câmara né a pessoa chega olha isso tem uma semiótica envolvida sabe vamos lá vamos falar sobre né sobre a temática respeitar as mulheres vai para a imprensa aquilo né gruda no ouvido das pessoas; então eu acredito que a questão ambiental precisa ter uma lei para envolver todo mundo né seja a câmara municipal, seja secretariado, seja escola, seja empresa, seja os movimentos empresariais, né que geram são coisas grandes geradores né tenho certeza que hoje nós tivéssemos um projeto de cidade com um contexto maior nós como um empresários adoraríamos abrir a porta das nossas empresas né, Maioli, para receber o municipio vamos educar a população. O ecoponto era uma iniciativa que eu me lembro vereador Juliano que o pessoal falava do ecoponto assim ó ah não mas o pessoal vai lá e larga outras coisas que não deve no ecoponto mas então é que nem a gente dizer que na praça, porque gasta um papel higiênico de forma errado não vamos colocar papel higiênico né nós precisamos saber que nós temos que ter a obrigação do serviço público ser colocado e eu falo exemplo, porque já me deparei com dificuldades no banheiro da nossa praça, mas para que a gente possa entender que é dê um exemplo aqui se a gente não pode colocar todo mundo no mesmo cesto se o ecoponto servia e muitas vezes era utilizado de forma indevida, nós temos que fiscalizar, temos que colocar mais trabalho, temos que educar à população para que entenda que o ecoponto não é lugar para receber qualquer coisa tem uma seleção, mas que era bom claro que era dava serviço sim de novo vou voltar separar o lixo, falar da questão do resíduo, falar da questão do esgoto, falar da questão da importância da água. Vocês lembram a grande discussão da água aqui que a gente teve na cidade quando estava ali a situação da Corsan que infelizmente até hoje não foi resolvido privatizou a Corsan e ainda continua com a obra parada lá em cima aquele momento a discussão estava no mercado, na padaria, no açougue, em todo lugar a vai acontecer com o futuro da água não estava em todo que é lugar foram para os bairros foram para todo mundo então essa discussão ela é importante; então agora a gente então o projeto educacional é isso ele tem que entrar para dentro da comunidade em todas as oportunidades necessárias. Queria ceder uma parte ao vereador que pediu a palavra Arsego.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte ao vereador Arsego.
VER. VOLNEI ARSEGO: Eu queria te dizer, Tiago, que nada disso a gente pode ensinar às crianças lá e a gente fala muito nisso na reciclagem aqui né e eu fui uma pessoa que tive muita dificuldade no meu adestramento, eu digo adestramento, porque bem na verdade você é acostumado a jogar tudo ali né no mesmo saco e quando você é punido para achar os locais adequados né; então a gente demorou um tempinho, a gente aprendeu, mas eu só queria dizer o seguinte que nada disso nada disso vale se nós não temos um local final para isso, entende; não adianta a gente enxergar o pessoal carregando os dois container e indo tudo para o mesmo saco não resolve nada nós estamos ensinando os nossos pequenos, nós estamos educando e nós grandes pecamos né; então e sabendo-se que a reciclagem ela é uma maneira de sobrevivência né; então nós temos tudo a ganhar isso basta só esclarecer isso.
VER. TIAGO ILHA: Sabe que a gente não pode ter vergonha de reciclagem, porque a gente tem um projeto que historicamente funcionou e que depois do episódio, pastor Davi, que teve da reciclagem lá é o infeliz episódio vocês ouviram falar alguma questão da questão do apoio aos recicladores nós temos uma lei municipal de novo uma lei municipal que apoia a reciclagem isso é educação ambiental nós precisamos fazer com que o projeto educacional possa estar em conjunto com os entes da reciclagem e que a gente não torne ele menor, que a gente torne ele maior, que vários da cidade possam inclusive empreender nesse sentido, porque hoje o Brasil não recicla 3% do que poderia ter reciclado 3% do que poderia ser reciclado né apenas 3% hoje então nós temos um Gap gigante então na nossa cidade na época que estava com um secretário teve vezes que chegou a 2.5 que era muito pouco ainda falou aqui o Arsego 2.5 muito pouco. Então está aqui discutindo na casa, senhor presidente, para concluir o projeto de lei 17/23 e a gente com toda calma jeito e capacidade de diálogo é necessária nós vamos discutir com meus colegas vereadores e encontrar quem sabe tornar esse projeto lei e fazer acontecer. Muito obrigado.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Tiago Ilha. Convido o Partido Liberal – PL para fazer uso da tribuna; abre mão. Convido o partido do Movimento Democrático Brasileiro – MDB para que faça uso da tribuna; fará o uso da tribuna o vereador Marcelo Broilo.
VER. MARCELO BROILO: Obrigado novamente, senhor presidente, boa noite a todos, quero aqui destacar a presença do Jorge jornal Farroupilha Leandro nossos assessores seu Renato, Luiz; gostaria de agradecer a presença da Emília também seu esposo sejam bem-vindos a casa. Independente do que o nosso colega Juliano falou sobre AMAFA eu tinha me proposto a conversar sobre esse tema; então, Juliano, complementando o que o senhor falou, realmente no dia de ontem o dia mundial da conscientização do autismo o executivo municipal na presença na presença representando a prefeitura o nosso vice-prefeito Jonas Tomazini celebrou justamente o protocolo de intenções que através de subsídios de recursos vai viabilizar o atendimento em um segundo turno, ou seja, pela parte da manhã por volta de 50 crianças, alunos, usuários, vereador Tadeu, sendo inclusive essa demanda antiga vocês sabe disso não só pela AMAFA, comunidade, usuários e famílias. Eu quero fazer um contraponto na questão de justiça a gente sabe do movimento legítimo que houve nesta casa no final do ano com os pais e que bom a gente avança nisso e só fazer menção a votação daquele requerimento, se vocês voltarem um pouquinho sabe como eu me posicionei, justamente sabendo vibrando acompanhando o que o nosso executivo na pessoa do prefeito municipal Fabiano Feltrin e do nosso vice Jonas se reuniu com a presidência da AMAFA, Volnei, já anteriormente o requerimento não digo que não valeu, mas só quero deixar bem claro nessa questão do que vinha sendo feito as reuniões, a ida a Brasília e agora sensibilidade do executivo em fazer é tão grandiosa obra no sentido de para o segundo semestre já acontecer. Então a gente sabe que AMAFA existe a organização para receber esse segundo turno, mas vejam só que importante e agora vai dar um encontro do meu posicionamento por isso eu quis fazer a referência a isso e que bom AMAFA está contente a comunidade está contente; então, Juliano, queria fazer é justamente essa questão de. Tá bem, tá bem.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte ao Juliano.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Só uma pergunta, vereador, qual que vai ser o valor que vai ser aportado; é só uma pergunta bem simples. Obrigado pela parte.
VER. MARCELO BROILO: Olha a priori, Juliano, não tenho essa informação mas a gente sabe que a monta pelo que tem no contrato do primeiro as montas eu acredito 300.000 reais então o requerimento fora 600, eu não entrei em mérito de valor, mas eu queria dizer o seguinte a prorrogativa do executivo de já estar conversando e ao acompanhava por isso posicionamento por isso do que aconteceu e por isso estamos vibrantes; de novo, o movimento legítimo e que bom que bom pessoal e digo mais sorte nossa Doutora Eleonora de ter AMAFA aqui em nosso município foi a Brasília e vamos pensar a cidade né a sede e nada contra mas o atendimento era diferente do nosso aqui, então a gente tá anos luz na frente. Parabéns pela AMAFA, parabéns ao presidente Edson, a Aline que estava aqui conosco a todos que contribuíram então eu só queria ressaltar a questão de colocar mesmo essa questão da AMAFA que importante foi no dia de ontem. Rose, eu não sei se tu ficou,as fotos ficaram boas ou o vídeo, ou senão eu posso usar em outro momento também, um outro assunto, mas fica por ti senão eu continuo aqui na minha fala. Temos talvez não acho que não né, Rose, posso usar também no pequeno expediente Temos aqui pessoal sobre o pavilhão da agricultor. Obrigado, Rose, no primeiro momento vocês estão vendo as obras né seguem em passos largos justamente a primeira etapa temos aqui pode ir passando, Rose, olha como é que está ficando o pessoal no Largo Carlos Fetter o pavilhão da agricultor, pode ir passando, olha aqui outra foto mas aérea aqui nós temos nessa parte faltando revestimentos internos as calhas que dá para ver bem nessa terceira foto e pintura aliás pela grandiosidade do espaço vai ser um pavilhão multiuso, Roque. Então isso nos alegra muito eu quero só de novo fazer e contrapor a questão de justiça a gente sabe que tínhamos foram falado na imprensa aqui que o projeto o cego é semelhante a gente sabe, Roque, Roque, não desculpa, Rose, volta aquela primeira acho que você não passou a foto do que tínhamos como o projeto ali da acho que não são essas primeiras e fora o vídeo também o vídeo é o último o que fora, o que tínhamos de projeto do isto projeto recebido então da administração anterior, veja bem eu queria que você colocasse o projeto agora que estamos desenvolvendo como primeira segunda e terceira etapa na tela, por favor, para as pessoas acompanharem o que estamos; agora a próxima ali vamos ver olha aí, pessoal, 1.136 metros de área primeira etapa custando 994 mil reais a segunda orçada em um milhão trezentos e noventa e dois e a gente sabe que a terceira que vai ser licitada em breve por volta de um milhão e trezentos mais ou menos, ou seja, perfazendo três milhões e setecentos. Não é entrar no mérito mas é falar sim eu acredito que talvez a gestão anterior o que estava previsto numa emenda parlamentar do deputado Henrique Fontana de 240.000 mil para que ela situação a gente não perdeu a emenda, ela está nesse valor, está ajudando também mas eu quero dizer que desculpa falar mas não é o projeto, Tiago, igual não é o mesmo projeto tinha projeto sim mas nós melhoramos mudamos e reformulamos volta lá de novo, Rose, o que tínhamos com pavilhão como projeto da administração anterior era isso, pessoal, e o que está sendo feito; então de novo parabéns pelo empenho de todos. Só para finalizar aqui, oi, permite eu posso terminar o raciocínio aqui, colega Roque e colega Doutora Eleonora. Pessoal, promovendo um ambiente de integração e convivência para a cidade 24 box com 26 metros e meio cada um é importante o que eu quero dizer que está sendo feito, e de novo digo, não perdemos o recurso e colocamos três milhões e meio do executivo pela gestão pelas economias como é importante, como se priorizou aquele espaço lá no Carlos Fetter; não sou engenheiro, não sou nada, mas o projeto é muito diferente então só quero deixar bem claro tinha um projeto sim é o que vocês viram o que está sendo feito então não sei quem pediu primeiro Roque ou Dr. Eleonora.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte ao vereador Roque.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Parabéns pelo projeto, obviamente você escolheu a foto do projeto e dos dois e achou a melhor foto para cada projeto; o projeto inicialmente ele era um projeto de emendas parlamentar bem mais modesto, com certeza, e com certeza o projeto da atual administração é muito melhor no sentido de contemplar as necessidades das justas demandas dos agricultores; só para uma questão de justiça aí tem uma emenda do deputado federal Henrique Fontana de 250 mil e mais uma emenda de 250 mil do deputado Heitor Schuch que não era para essa finalidade, era para construir os galpões do CTGs e foi colocado junto então tem 500 mil pelo menos de dois deputados, mas parabéns de qualquer forma pelo projeto, vou fazer questão de conhecê-lo mais de perto.
VER. MARCELO BROILO: Obrigado, Roque, perfeito, porque eu tinha esse número de 468 então perfaz do Heitor então que bom; eu só quero dizer do que está sendo feito do que a gente tá priorizando na questão como agronegócio também que os feirantes vão expor e cada vez mais chamar mais para isso. Por favor, Dr. Eleonora.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte à vereadora Eleonora.
VER. ELEONORA BROILO: Obrigado, vereador Marcelo e presidente pelo aparte. Eu só tenho uma pergunta para fazer: poderia ter sido então seguido o projeto inicial da antiga administração poderia ter sido seguido assim como estava e neste caso o senhor acha que teria passado batido este projeto sendo mais simplório, teria passado batido pela nossa Câmara?
VER. MARCELO BROILO: Continua, Dr. Eleonora, eu tenho um posicionamento bem claro a respeito disso eu vejo que ele era muito singelo mesmo e não contemplava nenhum contingente de pessoas que lá eles tinham, se você olhar a foto eu acho que teríamos problema sim na Câmara até porque tinha a feira peixe vivo era ao lado dos banheiros, não funcionaria né. Então nessa questão acho que se corrigiu isso e vai ser importante. Também, Tiago.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Com aparte o vereador Tiago Ilha.
VER. TIAGO ILHA: É uma discussão importante, mas dá um aparte. Também é dar os parabéns ao projeto, mas veja bem como que a questão pública funciona né o primeiro passo foi dado, foi transformado um primeiro passo numa ideia melhor ainda e quem ganhou com isso? A cidade. Então todos estamos fazendo o quê? Nada mais que a nossa obrigação. Que bom parabéns para a nossa cidade.
VER. MARCELO BROILO: Obrigado, Tiago, obrigado, tô correndo um pouco pelo tempo e daí vai ao encontro que eu quero falar com uma mensagem aos senhores alusão AMAFA ao pavilhão do agricultor, Roque, Amarante, e você já me conhece um pouco e é assim que eu que eu sigo o sentimento que me conduz hoje nesse ato é o mesmo que me conduzem toda a minha história até aqui, o sentimento de otimismo de esperança e confiança, Tiago, justamente quem ganha a cidade tanto que não ofendi ninguém bem pelo contrário a gente tá agradecendo inclusive o que já chegou né e soma cada real que chega importante reitero aqui algumas convicções, pessoal, impregnadas de valores éticos humanos e sociais que norteiam todos os passos a serem percorridos, todas as decisões a serem adotadas e todas as realizações a serem empreendidas no interesse do cidadãos do nosso querido do município e é com essa mesma esperança que nos deparamos com vitórias como foi agora, com alegrias, acertos e também quando não formos bem a gente sabe tem a questão da humildade e busca rapidamente permitindo corrigi-los permitindo o que, Sandro, que a gente possa ver o todo nos impondo a humildade não nos considerarmos donos da verdade nem mágicos portadores de soluções instantâneas para os problemas, mas sabedores o que Farroupilha precisa e como eu digo sempre não é de qualquer modo, Renato, e sim com capricho dedicação e às vezes se demora um pouquinho também mais também mas eu quero dizer que a busca permanente de consenso de parcerias, Thiago Brunet, será e sempre foi a marca registrada do meu trabalho e digo também falando pelo executivo encontrar passo a passo soluções para os problemas que ainda não foram resolvidos, Amarante, num município como nosso em todo o país a arte governar não pode ser apenas um culto aos meios e bem administrar a máquina pública, Juliano, o administrar com rigor e austeridade a condição primeira, é condição básica, certo, não podemos ficar e nos conformar ficar acomodados por isso que me entristece muito quando comentários, não cito nomes, não é o não é o caso quando tenta desmerecer um trabalho legítimo macular um trabalho e para outras pessoas; eu falo no geral de tudo, é preciso ter sempre em mente que o verdadeiro desenvolvimento é medido pelo grau de satisfação das pessoas e a qualidade do serviço que eles são prestados nesse sentido e não em outro o trabalho de todos e até os que divergem é fundamental para a democracia acaba ajudando se a intenção for verdadeira. Então seguindo, pessoal, não vai dar tempo, mas vamos lá. Contudo se o intuito for mero detrimento ideológico simplesmente para se fazer existir para dizer um trabalho genuíno destituída de verdade não contem comigo não compactuo tem a inabalável convicção de que o sonho pode ser realizado se o caminho escolhido na encruzilhada histórica, senhores, que vivemos atender as expectativas dos nossos munícipes o caminho único que se configure em nossa sociedade é o da prática política sumida no seu conceito mais legítimo, vereador Calebe, na sua natureza mais verdadeira vale dizer a do entendimento civilizado que supera diferenças pessoais, vence divergências em nome de uma causa maior nascida da defesa dos interesses coletivos do cidadãos. Um grande filósofo francês define a política verdadeira como a maior invenção da humanidade, pastor Davi, e por meio dela que os antagonismos encontram harmonia e se põe a serviço de ações construtivas pacíficas que evitam confrontos e propiciam o progresso contínuo irreversível. Aqui que eu queria chegar, Tiago, quando eu falei disso. Permito-me me proclamar nessa casa essencialmente política cujo o dever é o de legislar em favor dos destinos de nossa gente, quase acabando, senhor presidente, que as ações de uma administração comprometida com a vontade popular e compartilhada politicamente com todos representantes da sociedade será a forma de colocar a maior invenção da humanidade essa política é verdadeira. Então vai ficar, mas então finalizando quando não se eu continuo no pequeno expediente, mas quando não se consegue o ideal se faz apenas o possível e quem desiste do ideal não se aprimora não evolui porque ele sempre existe alcançável basta perseguir lutar e sonhar por ele como eu digo sempre façamos o nosso melhor e não só o nosso possível. Muito obrigado.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado ao vereador Marcelo. Só para complementar, é só não dar o tempo o aparte e tratar-se do assunto que vai ter tempo para todo mundo. Se ele tem um assunto aí é regimental, mas se eu tenho um eu tenho 10 folhas para apresentar. O regimento depois nós vamos falar; é ele. Convidamos o partido Rede Sustentabilidade para fazer uso da tribuna; fará uso da tribuna o vereador pastor Davi.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Mais uma vez boa noite a todos. Eu trago aqui duas pautas nessa noite para nós falarmos e eu quero cumprimentar nessa noite o nosso executivo municipal na pessoa do nosso prefeito Fabiano Feltrin, do Jonas Tomazini, que atendem uma demanda extraordinária. Eu tive o privilégio de passar pela secretaria da saúde no ano de 2019/2020 e quando a gente entra para a área da saúde a gente se apaixona pela saúde ela é viciante, porque a gente vê a necessidade e a gente o sentimento que a gente tem de ajudar o próximo né e desde aquele tempo então eu visitei a AMAFA a gente vendo aquele trabalho a gente se apaixona então naquele tempo a gente já falava com, na época, o prefeito Pedrozo para gente poder assistir mais AMAFA em recursos né e com Aline também depois veio essa crescente e assim como os demais vereadores todos aqui atenderam eu creio que a Flávia do MOAB, a Josi e Aline e assim todos se envolveram e todos pediram um turno a mais e que agora então no dia dois eles vem trazer esse resultado que é uma vitória de toda a comunidade farroupilhense, é uma vitória das crianças, é uma vitória das famílias, das famílias que todos os dias lutam para atender melhor os seus filhos nas suas necessidades; em uma última visita que eu recebi no gabinete da Flávia, do esposo se eu não me engano Murilo, o nome dele não tenho certeza mais a Josi a gente falava sobre várias temáticas e uma das temáticas era de ter uma cartilha de poder fazer esta cartilha e porque às vezes quando uma mãe ou um pai recebe uma notícia dizendo olha você precisa fazer os exames, porque possivelmente o teu filho ele tem indícios de ser um autista para algumas pessoas eu tive essa semana presenciando isso, uma mãe me ligou dizendo Pastor eu preciso acessar o CAISME, eu preciso levar numa neuro, eu estou preocupada com meu filho e fui diagnosticada e ela estava desesperada precisando de uma orientação, porque quando nós estamos desorientados é isso que a gente reflete né um pavor um pânico, porque é uma notícia que vem e nos traz um certo espanto, mas depois de orientada depois de colocar ela em contato com a Josi que a mãe do Pedro todos conhecem tem uma larga experiência ela vem se acalmar veio entender e eu tive o acesso então a essa cartilha que, muito bacana, que diz né eu não eu não tenho no telão mas tem aqui no celular e depois vocês podem acessar que o autismo ele não tem cara né o autismo ele é algo especial e dessa cartilha que aqui tá dando direção tá dando aqui para as famílias quais são os sinais de alerta; eu quero destacar 10 coisas que qualquer criança com autismo gostaria que você soubessem, isso aqui é muito legal é muito importante em primeiro lugar: sou uma criança plena; em segundo: meus sentimentos estão desordenados; terceiro: procure distinguir entre não quero, escolho não fazer e não consigo, não sou capaz de fazer; em quarto: eu penso de forma concreta eu interpreto a linguagem literalmente; quinto: ouço todas as maneiras pelas quais eu tenho eu tento me comunicar; sexto: veja só, minha orientação é visual; sétimo: concentre-se naquilo que eu consigo fazer e não naquilo que eu não consigo fazer é extraordinário isso; oitavo: ajude-me a interagir socialmente; em nono lugar: identifique a causa dos meus descontroles e; em décimo: ame-me incondicionalmente. É fantástica essa cartilha e aqui no final para todos aqueles que querem né orientação ou já, enfim, buscar ajuda tem os contatos importantes aqui e aqui tem o registro do contato que é extraordinário que recebe mais 52 vagas para o turno da manhã que atende Farroupilha, a AMAFA e depois o Centro Integrado de Saúde Mental que é o CAISME. Pois não, Roque.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte ao vereador Roque.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Obrigado, vereador Davi. Na verdade, tem que sim se reconhecer o esforço do poder executivo municipal em alcançar esse recurso para AMAFA mas há de se fazer uma contextualização do como se chegou a isso né; eu acho que tem um esforço muito grande dessa casa independente de vereadores mas de das atitudes que essa casa tomou no sentido de pressionar e pressionar, ou melhor, e administrar é administrar muitas vezes sob pressão e essa foi uma pressão importante que foi exercida por esses vereadores desta casa e também pela AMAFA, porque inicialmente a intenção do governo não era atender, não era atender, mas se somou uma série de questões e o governo se sensibilizou e mesmo quando o governo não tinha intenção de atender, mas e se sensibilizando há de ter o reconhecimento de nossa parte de que foi capaz de sensibilizar então votos de louvor a essa iniciativa para atender uma demanda tão importante que é esse novo turno da AMAFA que tanto reivindicou e tão justo é. Obrigado, vereador Davi.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Obrigado, vereador Roque. O senhor deve ter ouvido no início da minha fala quando eu disse que era uma conquista de todos nós né, uma conquista dessa casa e uma conquista de Farroupilha. E eu quero te dizer que todas as conversas que eu tive com o prefeito Feltrin com Jonas ele sempre teve interesse de atender sempre teve porque é o interesse da comunidade e quem está lá possivelmente tem interesse de atender é claro que a gente precisa levar as demandas, mas eu registro aqui que ele sempre teve interesse de atender essa demanda desde antes de ser eleito prefeito quando nos encontrávamos e levava as temáticas eu falo isso, porque levei vários temas a ele assim como a traumato ortopedia que era investimento de mais de 1 milhão de reais, assim como ônibus da saúde e tantas demandas que nós levamos e a gente vê o envolvimento do governo com a saúde dessa casa que é muito importante. Então, senhoras e senhores, eu registro aqui e o que me traz muita alegria e ontem naquela ação ali no Parque dos Pinheiros a gente pode contemplar a alegria daquelas crianças ali com os seus familiares, ali com a saúde né, os profissionais e atendimento psicólogos, um, olha, um trabalho fantástico mesmo que só a gente estando lá presenciando então a gente pode ter esse sentimento e que bom que a gente pode ouvir a comunidade as entidades né o MOAB o pedido da AMAFA tudo isso foi muito relevante. Claro, pois não.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Um aparte à vereadora Eleonora.
VER. ELEONORA BROILO: Obrigado, vereador, por me conceder aparte. Obrigado, presidente. Só no intuito de completar algumas coisas, trabalhar com uma criança autista é extremamente compensatório; no momento eu sempre digo para os pais quando eles me procuram com diagnóstico recente, com ou até com a dúvida do diagnóstico, eu sempre digo para os pais uma coisa lembre-se sempre que não é criança que vai ter que crescer e chegar até vocês, são vocês que vão ter que se abaixar e chegar até criança, no momento em que vocês compreendem como trabalhar com esta criança é extremamente prazeroso para todos, para a família, para a criança e também para aqueles que trabalham com ele.
VER. DAVI DE ALMEIDA: Muito obrigado, vereadora e doutora né que tem conhecimento disso diariamente. Quero ressaltar aqui também o trabalho da secretaria de educação que tem treinado os seus profissionais que tem se envolvido nisso que também é um pedido do MOAB, um pedido que inclusive a AMAFA participou disso efetivamente eu acho que é um conjunto de todos né a secretária de educação também, os professores que estão no dia a dia parabéns aos professores que recebem as crianças e trabalham na inclusão dessas crianças é um trabalho muito importante e aqui fica o registro então e eu parabenizo a todos nós que conseguimos essa conquista em especial a quem teve a sensibilidade de conduzir os investimentos desse município investindo mais uma vez na área da saúde da nossa cidade e da educação. Em segundo lugar, conforme o início da fala, eu quero dizer para vocês que a gente tem a frente parlamentar da saúde e vocês sabem o quanto a gente tem se movido para buscar os interesses. Quero também dizer que a saúde mental dessa cidade ela tem se demonstrado em alguns momentos que precisa ser ampliada e a gente sabe que as demandas elas são infinitas, os recursos são finitos e a gente precisa cada um fazer um pouquinho; pensando nisso eu coloquei à disposição das escolas estive na reunião com os diretores de escolas municipais me coloquei à disposição para também fazer a minha parte na saúde mental e tenho agendado já com muitas escolas até o final deste ano para falar sobre a valorização à vida, não esperando chegar o setembro amarelo, não esperando chegar o janeiro branco, não esperando chegar só os dias em que a gente precisa falar e é necessário falar, mas também vamos começar eu e a minha assessora é um trabalho importante, já começamos quarta-feira com duas turmas falando de valorizar a vida, falando sobre a ansiedade né, falando sobre temas que tem atingido as nossas adolescentes, atingido as nossas crianças e às vezes nos passa despercebido, nós só vamos atentar para algo quando a gente vê um jovem adolescente entrando numa escola tirando a vida de um professor, tirando a própria vida, quando a gente vê aqui no Brasil ou nos Estados Unidos é crianças com armas nas mãos tirando a vida dos colegas e a gente para e toma um choques meu e diz meu Deus o que está acontecendo o que nós estamos fazendo então pensando em tudo isso nós vamos falar sobre a importância de valorizar a vida, vamos levar canções, vamos levar uma palavra, vamos levar um acolhimento, desse trabalho nós vamos ter uma página no Instagram sobre valorização à vida e desta página nós vamos ter um WhatsApp com psicólogos, com psicanalistas, com pessoas que vão poder ajudar essas pessoas que necessitam; nós estamos vivendo um tempo em que as pessoas elas estão intolerantes, elas estão nervosas, elas estão precisando; a família não senta mais a mesa nós demos uma ferramenta muito importante mas a gente dá essa ferramenta para educar os nossos filhos quando a criança não quer parar a gente não tem mais o tempo de pegar ela no colo e ver o que ela tem a gente dar um celular e diz te aquieta aí filho assisti um vídeo então nós precisamos começar a fazer um trabalho de inversão para a gente poder cuidar da nossa família a maior falta de comunicação das famílias que eu aconselho todos os dias e faço terapia familiar é que não se comunicam mais, ninguém sabe que o outro quer a gente tem a nossa própria vontade não olha mais o outro quando a gente vê que um dos maiores mandamentos é amar o seu próximo com a si mesmo e para isso a gente precisa se amar, a gente precisa estar resolvido, a gente vê que as pessoas não estão resolvidas as pessoas estão desorientadas e precisam de ajuda então eu registro aqui nessa casa vamos começar um trabalho de formiguinha quarta-feira, vamos começar nas escolas, vamos começar com as crianças, vamos começar com os adolescentes, mas eu quero dizer que a gente está aberto e cada um de vocês que quiserem colaborar com esse projeto são bem-vindos porque a gente não constrói, não faz nada sozinho; então eu abro aqui para esta casa para os doutores que estão aqui né para os advogados psicólogos para aqueles que quiseram de uma maneira tão singela a gente poder fazer alguma coisa pela nossa educação, pelas nossas crianças e pelas nossas famílias. Muito obrigado, senhor presidente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, pastor Davi. Convido para o Partido Democrático Trabalhista – PDT para que faça o uso da tribuna. Fará o uso da tribuna o vereador Gilberto do Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Boa noite, senhor presidente, demais vereadores, as pessoas que estão aqui nessa casa o Adamatti e as pessoas que nos assistem em suas casas. Quero até falar um pouquinho dos trabalhos dos vereadores aqui nessa casa como um todo, que muitas vezes sim somos oposição, situação é mais são levantadas diversas pautas das quais são tratadas; na grande maioria às vezes no primeiro momento o governo até entende como implicância e às vezes até para mudar uma rotina ou a rota de alguma coisa, mas na maioria das vezes é para nós buscarmos o apelo, a divulgação de muitas coisas, a exemplo da própria Pedro Grendene da qual quantas entrevistas quantas reuniões e quantas falas aonde nós investiria ali 20 milhões e hoje vai se investir ali próximo de 3 milhões, mas que esse dinheiro pode ser aplicado em diversas outras ruas de nossa cidade pelo próprio governo, pelo próprio prefeito, que pode ampliar esse olhar até político numa questão como um todo, a própria questão da AMAFA quantas entrevistas de rádio, quantas entrevistas na TV Serra, quantas reuniões com conselho escolar, com a secretária da educação aqui nesta sala foi inúmeras com a MOABE inúmeras reuniões sim foi dado o apelo, foi dado a divulgação foi dado a publicidade e talvez a comunidade não entendia que a AMAFA precisava de um segundo turno se não tivesse toda essa publicidade sim e que bom que ótimo que o governo municipal de repente entende que aquilo é uma necessidade de ser atendida de forma urgente como foi feito e tanta outras coisas que é feita por essa casa, por esses vereadores; eu acho que às vezes nós temos que valorizar o nosso trabalho também. Por exemplo, a própria, o cabeamento que hoje o executivo está fazendo mas começou através daqui foi fomentado e foi feito um trabalho de amplitude do qual hoje está se avançando muito bem porque as operadoras de telefone de telefonia também abraçaram essa causa até porque elas não são obrigado tanto é que se nós andar em Porto Alegre, Bento Gonçalves, qualquer outra cidade, isto é um caos e nós temos resolvendo aqui em Farroupilha e começou esse fomento nesta casa como a vereadora Clarice na semana passada fez aqui o movimento das mulheres trouxe pessoas anônimas lá em seus bairros e suas comunidades mas que não tem uma representatividade é nível de município mas de certa forma a comunidade enxergou essas pessoas e que até então eram invisíveis lá na sua comunidade mas que trabalham tanto para o desenvolvimento do seu entorno. Então acho que esta casa faz sim um trabalho muito bom e nós temos que nos valorizar por ajudar de forma de muitas vezes de formas diferentes o próprio executivo a tomar suas decisões. Hoje até tivemos eu e o vereador eu e o vereador pode ser sempre vereador Toffanin que é o presidente do partido PDT conversando com o vereador Jonas de diversas demandas das quais uma delas, como já falei nessa casa, a questão do passeio público dos passeios públicos de nossa cidade como nós fomentar para melhorar os passeios públicos em nossa cidade porque hoje numa grande parte não tem acessibilidade, muitas vezes não tem o próprio passeio público em nenhum dos lados das ruas para que as pessoas possam ir no mercado com segurança, ir na missa nos domingo, ou então no culto nas igrejas é porque os dois lados estão comprometidos tem mato tem situações que aonde precarizam o caminhar, não tem como circular e uma das conversas que eu tive com o prefeito que está vigente é que possamos criar um fomento que no passado até teve um período aí que foi criado esse fomento para que nós, junto com o morador, crie este hábito ou uma forma de fazer o passeio público, porque a gente sabe que o morador tem que fazer a sua parte também hoje até tem uma lei aí que permite que o executivo coloque a brita, o pó de brita e faça lá a cancha do passeio público para então o morador executar, para ficar uma forma mais barata para que ele faça isso por questões até de segurança, porque quando se faz um asfalto até eu sei que o povo pede muito asfalto, mas quando é feito o asfalto de certa forma dá mais fluidez no trânsito com mais velocidade, convida-se um para andar um pouco mais e quando não tem passeio público as pessoas tornam-se caminhando no meio da rua que aí enfrenta-se a segurança. Aqui é rua Veneto aonde vai ser pavimentada de asfalto aí nos próximos dias conforme o próprio executivo já anunciou, mas nós temos tudo bem que aqui é uma precariação, é só questão de limpeza tá mais fácil, mas nós temos situação que não tem passeio público em nenhum dos lados e ali a gente sabe que circula caminhões de grande porte, carros, enfim e vai aumentar a velocidade. Aqui é um bairro também para quem conhece o São Vicente um bairro de pessoas, um bairro antigo de pessoas mais idosas que costumam ir na missa aos domingos e vão ter que sim circular no meio da rua junto com os carros, porque o passeio público não dá essa condição conforme tem a constituição federal passeio público é um é um bem do poder público municipal, ele tem gerência, ele tem gestão sobre esse bem público tanto que ele pode fazer não cobrar do município ou fazer cobrar ou então até hoje existe multas para que se caso não venha fazer, mas eu acho que não precisa de nada disso, precisa sim de um fomento, de uma negociação, de uma conversação com o morador para que seja feito até, porque quando a isso as coisas acontecem a mesma coisa nos calçamentos no passado as nossas grandes partes dos loteamentos que aconteceram no passado eles não tinham é calçada de paralelepípedo na rua era sem o calçamento, era sem, era a estrada de chão, era buraco, era barro e muitos dos loteamento nem sequer tinha drenagem porque era feito de forma precária e às vezes não era fiscalizado e foi e aí com o passar do tempo hoje estamos com quase todas as ruas pavimentada de paralelepípedo ou de outros materiais e tem essa questão que eu acho que voltamos a discutir a questão então do passeio público até para deixar uma cidade mais bonita, uma cidade turística, uma cidade aconchegante, uma cidade segura para todos nós. Uma outra situação que eu defendo e continuo defendendo que também trata-se de passeio público que é o passeio público do Caravaggio que é uma construção que nós eu vou convidar os colegas aqui para a gente fazer de buscar verbas federais, de repente, no governo do estado o governo federal para a conclusão daquela obra mas aqui também tratando-se de passeio público lá no bairro Bela Vista a gente vê que o mato o mato, além de invadir o passeio público, ele invade a rua então o motorista e eu circulo por lá eu tenho que entrar lá no meio da rua para ver se está se está vindo veículo ou não para daí eu fazer a ultrapassagem. Aqui nós temos um outro passeio público também no bairro Bela Vista que essas demandas veio por moradores, cobrança aqui primeiro não tem circulação no passei público mas a questão é de visibilidade aqui eu estou falando já de visibilidade do próprio motorista que não tem então aqui cabe sim uma roçada cabe uma limpeza, cabe cobrar se for o caso do morador mas aqui nitidamente não tem nem um metro ali que tem que estar limpo de forma como morador mesmo paga a taxa do lixo para fazer aquele trecho, aquele espaço ali é que hoje o mato tomou conta. Então era hoje essa questão que eu queria falar um pouquinho dessas coisas todas e como vários vereadores aqui já citaram diferentes questões o Thiago Brunet que traz aqui uma lei ambiental que é o fomento da educação ambiental que acho que é importantíssima em nossa cidade, eu acho que hoje não existe mais como promover uma cidade se nós não tivermos o fomento da segurança do lixo, do cuidado com a água, o cuidado da educação com nossas escolas e essas crianças nos educando, porque muitas vezes nós que já não temos mais é muitos nós como falou vereador Arsego talvez fomos ensinado ou era daquela forma até porque a população naquela época quase não existia né, Arsego, na época que nós era criança era em pouquíssimas pessoas, a tecnologia não existia, era um outro era uma outra realidade dos dias de hoje; então eu acho que sim é uma forma dos nossos filhos hoje nos educarem, porque nós não estamos indo na aula, mas também esta fala, este fomento das quais nós podemos fazer, como o Tiago, até o Tiago Ilha falou, que teve uma ocasião que a gente discutiu muito a questão da Corsan da questão do reservatório e outras questões mas teve uma coisa que nós avançamos muito, vereador Tiago, que é a questão dos reservatórios tu pode ter certeza que se nós não tivesse feito toda aquela fala toda aquela ampla de discussão naquele momento hoje nós estávamos com falta de água como muitos municípios, por quê? Porque nós não tínhamos reservatório em nossa cidade os reservatórios eram micros então com aquela conversa se aumentou imensamente os reservatórios em nossa cidade então sim talvez não alcançamos o êxito na questão do tratamento de esgoto que ainda continuamos precário, mas a questão de falta d’água nós podemos ver que nosso município hoje não se fala mais e era diariamente, chegava o verão ou mesmo inverno é estourou um cano da Corsan não tinha água então esses reservatório garante água no hospital quantas vezes nós correndo atrás da Defesa Civil para buscar água que não tinha para o hospital por uma questão às vezes ou quebrou um cano até uma queda de energia; hoje não, hoje se tem reservatório para manter-se a nossa cidade abastecida de água aí não sei precisar se é um ou dois ou três dias mas com certeza aquela falta constante nós não temos mais. Muito obrigado, senhor presidente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Muito obrigado, vereador Amarante. Convido o partido progressista – PP para que faça uso da tribuna; abre mão. Encerrado o espaço destinado ao grande expediente. Passamos ao espaço destinado ao pequeno expediente.
PEQUENO EXPEDIENTE
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: A palavra está à disposição dos senhores vereadores.
Com a palavra o vereador Roque.
VER. ROQUE SEVERGNINI: Eu gostaria de passar uma informação que no dia de sexta-feira a gente recebeu uma informação do gabinete do deputado federal Heitor Schuch que destinou uma emenda de 300.000 para Farroupilha, um trabalho feito que juntamente com o professor vereador Juliano, com o ex-prefeito Pedro Pedrozo e demais nosso assessor Gilmar Paulos aqui é essa verba é para destinado inicialmente claro que depois cabe ao prefeito fazer a execução para asfaltamento rural nossa ideia é asfaltar, Maurício, tu conhece bem lá, a estrada lá da linha da Capela São Luiz da linha Jacinto no trecho que vai para o Gamba Longa ali naquele morro inicialmente com 300.000 reais mais alguma contrapartida da prefeitura dá para a gente fazer aquele trecho ali do morro. Estamos aguardando solicitei no dia de hoje até falei por telefone com o vice-prefeito prefeito em exercício Jonas e também conversei com o ex-vereador Arielson Arsego, estamos aguardando uma agenda com o prefeito para tratar desse assunto da emenda parlamentar que é pouco perante as necessidades que tem a nossa agricultura, mas creio que é importante; a gente conseguiu o ano passado uma emenda para ajudar asfaltar o trecho que vai ali de Santo André a Santo Antônio também na linha Jacinto e aos poucos dentro da nossa capacidade e dos recursos que temos até porque o PSB tem um único deputado, então não tem muito recurso para buscar, mas estamos trabalhando e buscando. Eu quero dizer que a emenda parlamentar ela não é aquela que precisa passar pela Caixa Econômica Federal que tem toda aquela tramitação, tanto essa do deputado Heitor desse ano e também do deputado Heitor do ano passado ambas vem diretamente do Governo Federal de um recurso especial que vem direto para o caixa da prefeitura autorizando independentemente de autorização da Caixa, porque não passa pela Caixa a fazer o projeto e fazer a licitação e executar a obra. As emendas não são a forma mais ideal, não são a maneira mais correta de se distribuir o recurso público, a maneira mais correta seria o governo enxergar as dificuldades de cada município, mas nós estamos aqui e somos, de certa forma, somos os representantes das comunidades e buscamos tentar atender alguma necessidade que elas tenham através desse mecanismo da emenda parlamentar que não é novo, não é de agora, para que todos saibam a emenda parlamentar ela surgiu na reeleição do Fernando Henrique Cardoso foi ali que surgiram as emendas parlamentares, porque precisava fazer passar o projeto da reeleição, certo ou errado foi ali que surgiu. Eu vendo essa casa muitos discurso poucos dias atrás com relação a emendas de deputados e muitos discursos contrários e tal eu quero já antemão dizer que não votarei a favor de nenhuma ida de vereadores para Brasília, porque se faz discurso aqui na Câmara que tem que ir para Brasília buscar emendas mas depois se diz que é contra as emendas aqui na casa então eu vou quando tiver necessidade de autorização do plenário para que vereadores viagem a Brasília, eu votarei contra, porque entendo que pode ser resolvido daqui; nós temos várias ferramentas de conversas com os deputados, com os gabinetes. O meu deputado tem o gabinete aqui em Porto Alegre eu posso ir ali conversar com ele sexta, sábado, domingo, segunda são os tempos que os deputados ficam aqui na base agora quando tiver outros assuntos em Brasília para discutir com os ministérios que tem que ser lá que precisa ir a Brasília para discutir tudo bem mas quando é para dizer que vai passar o pires ou chapéu enfim nos gabinete dá para a gente fazer aqui no Rio Grande do Sul até porque eu trabalhei lá e eu sei que tem essa possibilidade da gente fazer aqui pelo Rio Grande do Sul. Respeito a opinião de todos mas por uma questão de coerência e aliás também vou dizer mais uma coisa aqui toda e qualquer emoção de repúdio eu votarei contra nessa casa seja para quem for seja de repúdio para o governo Lula, para o governo Leite, para o governo Feltrin, seja por deputado A, B ou C seja para João ou para Maria com o perdão do João e da Maria aqui votarei contra qualquer moção de repúdio.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Roque. Mais alguém quer fazer uso da palavra, mais alguém quer fazer o uso da palavra? Se nenhum vereador quiser mais fazer uso da palavra está encerrado o espaço do pequeno expediente. Espaço de comunicação importante de dois minutos.
ESPAÇO DE COMUNICAÇÃO IMPORTANTE
PRES. MAURÍCIO BELLAVER: A palavra está à disposição do senhores vereadores. Com a palavra vereador Juliano.
VER. JULIANO BAUMGARTEN: Senhor presidente e colegas vereadores, vou usar esse espaço para registrar depois de um período na casa tramitando o projeto de resolução 14/2023 se juntou então os cinco vereadores para comissão especial então eu gostaria de convidar os vereadores advogado Roque Gilberto do Amarante, pastor Davi e vereador Sandro para amanhã às 17:40hrs aqui na sala de reuniões para a gente discutir a questão da comissão o projeto e resolução, porque tem que dar o andamento; então já passou um período então acredito que podemos amanhã resolver essa pauta importante. Obrigado, esse é o meu recado.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Juliano. Com a palavra o vereador Gilberto do Amarante.
VER. GILBERTO DO AMARANTE: Senhor presidente, eu quero pedir uma reunião secreta amanhã depois do final do expediente.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Sim. Mais alguém quer fazer o uso da palavra? Com a palavra o vereador Marcelo Broilo.
VER. MARCELO BROILO: Obrigado, senhor presidente. Só comentar rapidamente que estive na linha Boêmios e que felicidade em participar dos jogos do Entrai na comunidade, as pessoas felizes, o tempo ajudou que bom o nosso Entrai chegando, Thiago, fantástico. Só falar rapidamente, Amarante, tu lembra bem sinalizei seu nome né com bandeira sua que tinha dos cabeamentos a gente avançou com executivo da RGE e o grupo você acompanha você vê as ações temos duas para abril e o pessoal interagindo com as concessionárias né uma informação de um fio caído corre risco de vida prontamente então acho que foi avanço a gente segue junto que bom você e o colega Toffanin sendo recebidos pelo Jonas a exemplo também da ligação do Roque com o nosso vice-prefeito então vai na linha do que eu estava tentando falar e não consegui não ia continuar fazendo grande expediente aqui no pequeno aliás na comunicação, mas é a gente fica feliz por isso como projeto de várias mãos também a gente segue juntos nessa casa.
PRES. MAURICIO BELLAVER: Obrigado, vereador Marcelo. Se nenhum Vereador quiser mais fazer o uso da palavra está encerado o espaço de comunicação importante. Espaço do presidente por 5 minutos para avisos informais ou sobre assuntos importantes do legislativo.
ESPAÇO DO PRESIDENTE
PRES. MAURICIO BELLAVER: Não haverá. Nada mais a ser tratado nessa sessão declaro encerrado os trabalhos da presente sessão ordinária. Boa noite a todos.
Maurício Bellaver
Vereador Presidente
Calebe Coelho
Vereador 1ª Secretário
OBS: Gravação, digitação e revisão de atas: Assessoria Legislativa e Apoio Administrativo.